SBB

quarta-feira, 1 de março de 2023

MENSAGEM DE ESPERANÇA

O que mais esperar?

    Pode até soar como uma frase pronta, mas é sabedoria. Sabedoria em três palavras: orar, esperar e confiar.
    Ao Senhor dirigimos as nossas orações e orar, como diz a clássica definição, é falar com Deus. Orar é dizer a ele o que, incrivelmente, ele já sabe, mas pede que falemos.


    Nada de determinar as coisas para Deus. Determinar não é uma teologia bíblica. Nada de impor coisa alguma ao Senhor, mas esperar com paciência. Assim disse o salmista: “Esperei com paciência pela ajuda de Deus, o Senhor. Ele me escutou e ouviu o meu pedido de socorro” (Salmo 40.1). E com o rei Davi, podemos dizer: "Em tempos difíceis, ele me esconderá no seu abrigo" (Sl 27.5). Diante das lutas da vida ore, espere e confie.


    Oração: Pai querido muito obrigado porque o Senhor tem tens paciência para nos ouvir. Ajuda-nos, segundo a tua boa vontade e sabedoria. Em nome de Jesus. Amém.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

REFLEXÃO

 Epístola aos Romanos 5.6-8.

“Deus nos mostrou o quanto nos ama: Cristo morreu por nós quando ainda vivíamos no pecado.” V.8.
Nenhum amor humano é perfeito. O amor humano que mais se aproxima da perfeição é o amor materno – e, não o esqueçamos, também o amor conjugal. Ainda assim, vale também para estes a triste verdade, que o pecado os maculou. Como acontece tantas vezes, o pecado se esforça para transformar, até, este amor em desprezo e ódio.     Deus, por isso, nos deu os seus ensinos para que nos sirvam de norma para ver e medir nossas falhas no amor, e também a sinceridade de nosso amor, para que seja permanente. – O amor de Deus sempre é sincero e fiel. Para que não percamos a confiança no amor de Deus, o apóstolo nos mostra a enormidade e a força do amor de Deus. “Deus nos mostrou o quanto nos ama: Cristo morreu por nós quando nós ainda vivíamos no pecado.” Ou seja, Deus sofreu nossa infidelidade a ele, mas isto não o levou a nos abandonar na sujeira do erro em que estávamos.   
     Porém ele nos amou “tanto”, que fez Cristo morrer por nós, a fim de Ele nos abraçar como filhos. – Contudo, aqui nos surge a imagem de tantos, que, apesar de tudo que o Deus de amor fez – e continua fazendo – por eles, duvidam da sinceridade e da pureza do amor de Deus. Muitos, até, julgam dispensável o amor de Deus, porque preferem as lisonjas do mundo corrupto, e os prazeres do pecado, do vício e da imoralidade. Só, tarde demais, como aconteceu com Judas, enxergam o abismo em que seus “amores infames” os afundaram. Muitos outros, que já haviam sido iluminados pelo amor de Deus, mas que dele apostaram, tornaram a se envolver em paixões imorais e gentias e, como aconteceu com Esaú, nunca mais encontraram lugar para arrependimento (Hb 12.17).
    – Deus nunca deseja que eu e você caiamos nesta desgraça. Por isso, no Evangelho ele nos mostra “o quanto nos ama”. Ele nos envolve em seu amor. Desde então o amor de Deus nos limpou e nos envolveu na justiça de Cristo. Confiemos sempre neste Deus de amor, e vivamos em sua comunhão.
    PRECE: Salvador Jesus, “quando a provação fere o coração, sob o peso da inclemência, dá-nos sempre paciência. Faze-nos fitar o celeste lar. Vem-nos conduzir ao feliz porvir. Não nos deixes sem amparo no caminho agreste e amaro. Finda a vida aqui, leva-nos a ti” (HL 322). Amém.
Pastor Eugenio Dauernheimer

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

MENSAGEM PARA REFLEXÃO

 Quarto Domingo após Epifania - Ano A

Salmo 15 
Miqueias 6.1-8 
 1 Coríntios 1.18-31 
 Mateus 5.1-12
    Enquanto a sabedoria deste mundo promove a prosperidade, Jesus promove a humildade. As características que o mundo menospreza, Jesus chama de bem-aventuradas. Embora possamos ser perseguidos, Deus nos lembra que nossa recompensa está no céu (Mt 5.1-12). Pois o que pode parecer sabedoria para o mundo é na verdade loucura, e o que parece loucura para o mundo - Cristo crucificado - é sabedoria de Deus (1Co 1.18-31). Assim como o Senhor redimiu os israelitas no passado e os chamou de seu próprio povo, assim também ele faz conosco ao nos resgatar de nossos pecados (Mq 6.1-8).
    Lutero escreveu: “Exteriormente pode-se identificar o santo povo cristão pelo santuário da santa cruz. Em outras palavras: esse povo tem de passar por desgraças e perseguição; lutar contra toda sorte de tentações e mal (conforme reza o Pai-nosso), trazidos pelo diabo, o mundo e a nossa carne; prantear, revelar mansidão, viver atemorizado; ser materialmente pobre, desprezado, doente, fraco e sofrer para se tornar semelhante a seu Cabeça, Cristo. E a razão de tudo isso só pode ser uma: esse povo apega-se firmemente a Cristo e à palavra de Deus, sofrendo por causa de Cristo. Os membros desse povo devem ser piedosos, pacíficos, obedientes, e estar dispostos a servir às autoridades e pessoas em geral com seus corpos e bens, bem como não fazer mal a ninguém. Agora, nenhum povo da terra será odiado como este. […]
    E todo esse sofrimento não se deve ao fato de serem adúlteros, assassinos, ladrões ou malandros. Deve-se ao fato de não desejarem ter outro Deus a não ser Cristo.
    Pois, bem, sempre que você testemunhar ou ouvir falar de coisas semelhantes, saiba que ali se encontra a santa Igreja cristã, como Cristo diz: “Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus”. Pois, através desse símbolo (a saber, a cruz), o Espírito Santo não somente santifica esse povo, mas também lhe dá bem-aventurança.” (Castelo Forte 2017: Textos de Lutero, 22/12)
🖼 Sermão do Monte, Igreja de São Wolfgang (Oberwinkling, Baixa Baviera, Alemanha)