SBB

domingo, 28 de abril de 2019

BEM-AVENTURADOS OS QUE NÃO VIRAM...


TEXTO: Jo 20.25
TEMA: Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei.
Tomé, um dos discípulos, esteve ausente quando Jesus se manifestou. Mais tarde, os outros discípulos lhe contaram o que havia visto, ao receber o testemunho unânime dos seus colegas: “Vimos o Senhor”. (v.25a). Ele não quis acreditar, se manteve céptico. Nada o irá convencer: “Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei.” (v.25b). A reação de Tomé era compreensível. Ele afinal, vira o Salvador pendurado na cruz. Estava morto e não poderia sair de sua sepultura. Por isso, queria ver para crer. Ao que tudo indica, Tomé endureceu o seu coração. Fechou-se em sua incredulidade. Enquanto todos os discípulos estavam alegres com a comunhão de Cristo, Tomé estava imerso em tristeza por causa da sua falta de fé. A reação de Tomé mostra o ceticismo natural do ser humano diante da inédita vitória sobre a morte: queria sinais concretos do ressurreto.
Para Tomé era necessário um testemunho mais claro e mais eloquente do que apenas palavras dos discípulos. Ele teve este testemunho quando, oito dias mais tarde, Jesus novamente, em condições semelhantes, apareceu aos discípulos, Chamou o incrédulo Tomé ao arrependimento. Jesus o convida para ver mais de perto a sua presença, os ferimentos: “Jesus disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente”. (v.27). Para Tomé não era suficiente ver Jesus, ele era diferente dos outros, todos viram e creram, mas ele precisava tocar, era uma necessidade dele e o Senhor Jesus atendeu. Da mesma forma, Tomé precisava sentir as mãos de Jesus, tocar aquelas marcas, para acreditar que Jesus estava vivo.
A realidade de Tomé não é tão diferente dos demais discípulos. Eles também duvidaram diante do sepulcro vazio (Jo 20.3; Lc 24.12); não creram nos testemunhos das mulheres (Lc 24.10-11). Não creram nem quando os dois discípulos no caminho de Emaús testificaram que estiveram com Ele (Mc 16.13). E o que é mais grave ainda: não acreditaram nem mesmo quando O viram pessoalmente: pensaram que era o Seu espírito (Lc 24.41). Se pessoas que andaram com Ele, e contemplaram os seus milagres e sinais, duvidaram quanto mais as que nunca O viram! Na verdade, esta é a reação do ser humano diante das Escrituras. Como é difícil aceitar as Escrituras assim como ela se apresenta. Já no passado, como no presente, o homem sempre colou dúvida em torno da Palavra de Deus. As diversas teorias sobre a ressurreição nos causam tristezas. Por que duvidar de algo maravilhoso que Deus realizou? Por que duvidar da ressurreição?
Por isso, estimados irmãos! Abandonem a dúvida. Não há razão para a incerteza quanto à ressurreição de Jesus. As Escrituras mostram claramente. O próprio Jesus transmite a mensagem pascoal: Paz seja convosco! Mensagem que alegra os discípulos e a todos nós; que leva o incrédulo Tomé à fé verdadeira. Que o Senhor nos abençoe.
Um ótimo dia!

Alcemar Cabreira

quarta-feira, 24 de abril de 2019

REFLEXÃO - PLANTAR E COLHER

Agronegócio e paz no campo

O Brasil é uma potência no agronegócio. 
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No entanto, por maiores as safras que colhamos, por melhores que sejam os grãos e frutos produzidos, por mais impressionante que seja a tecnologia nas lavouras, ainda enfrentamos a desigualdade, a miséria, a violência e até mesmo a instabilidade climática. 
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Ao vencer a morte por nós e ressuscitar, Jesus nos garante um futuro em que “haverá semeadura em paz, as videiras darão o seu fruto, a terra, as suas colheitas, e os céus, o seu orvalho” (Zc 8.12). Um futuro em que a morte não existirá, e que a nossa incapacidade de promover justiça não mais impedirá que repartamos o pão. Afinal, haverá semeadura em paz.

Oração: Pai, mantém-me na fé em Jesus para que eu desfrute da nova realidade que tu tens preparado para nós. Amém.

Leia em sua Bíblia Zacarias 8.13 
HoraLuterana

terça-feira, 23 de abril de 2019

REFLEXÃO - "NÃO SOMOS DO MUNDO"

"ESTAMOS NO MUNDO MAS DELE NÃO SOMOS"
    "Os cristãos não se diferem das outras pessoas por sua nacionalidade, pela língua que falam ou pelos seus costumes. Não moram em cidades à parte, construídas apenas para eles, não falam uma língua estranha, e também não tem um modo de vida peculiar. A doutrina deles não se baseia em conjeturas inspiradas na curiosidade dos homens.[...] Quanto a vestuário, alimentação e modo de vida em geral, seguem os costumes da cidade em que moram, seja ela grega ou bárbara. 
     No entanto, existe algo de singular na vida deles. Vivem no país em que se encontram como se estivessem apenas de passagem. Cumprem plenamente seu papel de cidadãos, mas atuam sob todas as restrições típicas de estrangeiros. Qualquer país pode ser a pátria deles, mas para eles essa pátria, qualquer que seja, é um país estrangeiro. Como as outras pessoas, casam e tem filhos, mas não deixam os filhos morrer a míngua. Fazem refeições em comum, mas cada qual tem seu próprio cônjuge. Vivem neste mundo, mas não são governados pelos desejos da carne. Moram na terra, Mas são cidadãos do céu. Obedecem as leis, mas vivem num nível que transcende a lei..."
"Carta a Diogneto"
Autor desconhecido*
Aprox. 200 a.D.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

MENSAGEM PARA SEXTA-FEIRA SANTA

Ler - Mt 27.54; Mc 15.39; Lc 23.47. 
Introdução
     Temos o privilégio de contemplar hoje o grande mistério do amor de Deus, revelado em Cristo. Não podemos compreender o mistério, mas importa crer. Para o incrédulos ele é “escândalo e loucura”, para nós, que cremos (1 Co.1.118) , a maior fonte de consolo, paz e esperança. 
     Alguém disse certa vez: “Na Sexta-feira Santa não se deveria pregar, tão somente ler os trechos da Bíblia que falam sobre a paixão de Cristo”. Por isso, em muitas comunidades no passado, não havia cultos com pregação, na Sexta-feira santa, só cultos de leitura dos evangelhos. 
     Ao pregar hoje, queremos colocar-nos ao pé da cruz, ao lado do centurião romano que comandou a crucificação e observar o que aconteceu ali. 
     A Bíblia não nos revela o seu nome. Sem dúvida o encontraremos no lar celestial. Alguns historiadores o chamaram de Sicardus.
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1. Preliminares
     O centurião (comandante de cem soldados) foi cedo ao palácio de Pôncio Pilatos. Chegando lá, seu colegas lhe disseram: Temos tumulto. Você recorda aquele Jesus que foi festejado como rei, no início da semana, ao entrar em Jerusalém? Hoje os judeus o trouxeram aqui. Querem que Pilatos dê a ordem para crucificá-lo. 
     Sicardus acompanhou o processo com atenção. Ele havia ouvido muito a respeito de Jesus. Notou como a inocência de Jesus resplandecia cada vez mais. Ouviu as acusações dos fariseus: Ele se diz rei e filho de Deus. Sicardus ficou admirado com a vacilação de Pilatos que, reconhecendo a inocência de Jesus, cedeu à pressão dos fariseus. Temia por sua honra e seu posto. Isto não era próprio das autoridades romanas, que primavam por sua justiça. Pilatos, mesmo reconhecendo a inocência de Jesus, mandou açoitá-lo. 
     [Sicardus conhecia essa realidade. Ele era soldado germânico (conforme historiadores). Foi preso. Tornou-se soldado romano e chegou ao posto de centurião.] Não há pessoa, por mais forte que seja, que resista aos açoites sem gemer e gritar de dor. Jesus guardou silêncio. Que homem é esse? Indagou-se Sicardus. Não demorou, ele recebeu a ordem de, com seus homens, crucificar Jesus e mais dois condenados. 
     Chegados ao Gólgota, mandou preparar as cruzes. Antes de os condenados serem pregados nas cruzes recebiam vinagre com fel para beber, isso amainava um pouco as dores. Sicardus notou que Jesus não bebeu. As cruzes foram erguidas. Sicardus parou à pequena distância.
      Ele ouviu como a multidão, liderada pelos fariseus, escarnecia e zombava de Jesus. De repente a oração de Jesus: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Essas palavras penetraram fundo na alma de Sicardus. Ele se sentiu incluído na oração. Como era possível, alguém que sofre tantas injustiças, orar por seus inimigos? Ele, Sicardus sofreu injustiças quando prisioneiro de guerra. Até hoje não conseguia perdoar a seus algozes. Orar pelos inimigos, amar os inimigos, isso era algo nunca visto. Disso o coração do ser humano não é capaz. Novamente se viu diante da pergunta: Quem é esse homem? 
     De repente viu uma senhora, já de certa idade, se aproximar à cruz. Um soldado queria impedi-la, mas Sicardus lhe gritou: Deixe-a! Ela se aproximou e abraçou os pés de Jesus. Em breve um homem de meia idade se aproximou de Jesus. E Jesus disse: Mulher, eis ai o teu filho. E ao discípulos amado: Eis aí a tua mãe. Então, essa era a mãe de Jesus? O discípulo João, a tomou pelo braço e a conduziu para casa (Jo 19.26,27). Sicardus não conseguiu evitar algumas lágrimas.Resultado de imagem para Imagens do centurião na crucificação 
      Então ouviu o pedido de um dos malfeitores: Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu reino. Jesus lhes respondeu: Em verdade, te digo que hoje estarás comigo no paraíso (Lc 23.42,43). Estava aqui a resposta que Sicardus tanto procurou na vida: Qual é a razão da vida? O que será após a morte? Nenhum filósofo sabia dar a resposta. Mas aqui, esta resposta soou claramente. Sicardus, desejou no íntimo, trocar sua posição com o malfeitor a quem Jesus dirigiu a resposta. “Estarás comigo no paraíso”, só isso dá sentido á vida. De repente ouviu gritos da multidão em seu derredor. Ele acordou de seus pensamentos e viu que o sol se escureceu. A natureza escondeu seu rosto diante do sofrimento do Filho de Deus. As trevas duraram três horas, que pareciam uma eternidade. (Mt 27.45-46)
     Então Jesus exclamou: Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste. Pouco depois, Jesus clamou em alta voz: Está consumado (Jo 19.30). E: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E tendo dito isso, expirou. Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto abaixo: tremeu a terra... O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor. Após tudo o que Sicardus ouviu e viu, as coisas começaram a clarear-se em sua mente, o que o levou à exclamação: Verdadeiramente este era o Filho de Deus (Mt 27.51-54). 
     Ele que conhecia os Dez Mandamentos e vários trechos do Antigo Testamento, bem como a esperança dos judeus por um Messias. Compreendeu agora o que estava acontecendo aqui na cruz. Aqui o verdadeira Filho de Deus estava, como substituo de toda a humanidade, lutando pela salvação da mesma. A saber, em Cristo Deus estava reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões (2 Co 5.19). Em Cristo há salvação para a humanidade e para mim. 
      Isto foi sua profissão de fé. Ele não se envergonhou disso. Ele nem notou que - muitos, quando começaram as trevas, voltaram para casa apavorados – os poucos que ali ficaram, soldados, fariseus e povo – chegaram à mesma conclusão: Este era o Filho de Deus. O seu exemplo inspirou a muitos. Mais tarde, no ano 303 d.C., quando outro centurião, Gordius de Cesareia, foi intimidado a negar a sua fé em Cristo, este respondeu: “Lembro-me do primeiro centurião que estava ao pé da cruz, ele não temeu confessar sua fé diante dos judeus enfurecidos; assim eu confesso: Jesus é o verdadeiro Filho de Deus”. Devido à sua confissão, o centurião Gordius foi morto. 
     Neste propósito: de arrependimento, de fé, e de confissão estamos hoje ao pé da cruz em adoração. Também nós queremos crescer na fé, no confessar Jesus e ser fiéis até ao fim. Dizemos com o poeta sacro:
As feridas tão cruentas / são vertentes que nos dão
água viva, com que alentas / o sedento coração.
Teu amor divino e eterno / nos conduz ao lar paterno,
Oh! Não seja em vão, Senhor, / teu martírio expiador! (HL 81.4) 

Horst R. Kuchenbecker

quinta-feira, 18 de abril de 2019

BÍBLIAS PARA CRIANÇAS HOSPITALIZADAS

2.019 Bíblias para Crianças Hospitalizadas
Participe da Campanha da Hora Luterana

2.019 Bíblias para Crianças Hospitalizadas
Em abril, mês de aniversário da Hora Luterana, foi lançada a campanha “2.019 Bíblias para Crianças Hospitalizadas”. A Hora Luterana convida toda a IELB e, em especial, as Escolas Bíblicas Dominicais, a participarem dessa campanha.
A meta é conseguir recursos para a distribuição de 2.019 Bíblias Infantis em hospitais de todo o Brasil, além de criar uma oportunidade para envolver as crianças e suas famílias em uma ação missionária.
As Bíblias serão entregues no mês de Outubro para crianças hospitalizadas em cerca de 100 hospitais parceiros da Hora Luterana.
Assista ao convite da Eliane Sabka:
Saiba como fazer parte desse projeto clicando aqui

segunda-feira, 15 de abril de 2019

8º SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE LUTERO

Veja quem são os palestrantes do 8º Simpósio Internacional de Lutero
Programação acontecerá de 02 a 05 de julho, no Seminário Concórdia, em São Leopoldo, RS
Veja quem são os palestrantes do 8º Simpósio Internacional de Lutero
De 02 a 05 de julho acontece o 8º Simpósio Internacional de Lutero, no Seminário Concórdia, em São Leopoldo, RS. O evento terá como tema “O Deus da Ira e o Deus do amor: Lei e Evangelho em Lutero”. Veja mais informações aqui.
Confira os dois primeiros palestrantes:
 Dr. Joel P. Okamoto. Okamoto: professor de Teologia Sistemática no Concordia   Seminary, St. Louis, Estados Unidos desde 1998. Antes de lecionar no Seminário,   Okamoto serviu como pastor na Abiding Savior Lutheran Church em St. Louis de 1996  a 1998. Formou-se no Concordia Seminary nos programas de Master of Divinity,   Master of Sacred Theology e Doctor of Theology nos anos de 1993, 1996 e 1997,   depois de formar-se bacharel no Massachusetts Institute of Technology em 1982. É   autor de diversas publicações e inclui como objeto de interesse em suas pesquisas o   conceito de verdade para a vida cristã e o testemunho, um relato contemporâneo da   teologia de Lutero e do Luteranismo e o relacionamento entre ciência e teologia. Ele   e  sua esposa, Ruth, são pais de três filhos: Jacob, Peter e Thomas.

 Dr. John T. Pless. Pless: nasceu em Hickory, Carolina do Norte, fez o seu   bacharelado em Teologia e Filosofia no Texas Lutheran College in Seguin, Texas e   cursou o seu programa de Mestrado no Trinity Lutheran Seminary em Columbus,   Ohio. O Dr Pless foi recebido na Igreja Luterana – Sínodo de Missouri em 1983. Fez   parte da equipe pastoral da Capela da Universidade Resurrection de Valparaiso.   Serviu também como pastor do Campus na Universidade Luterana em Minneapolis   de 1983 a 2000 quando foi chamado para a Faculdade de Teologia do Concordia   Theological Seminary em Fort Wayne onde ele serve como professor de Ministério   Pastoral e Missões. Ele recebeu um doutorado honorario (D.Litt.) pela Concordia   University de Chicago em 2018. Além de seu trabalho em Fort Wayne, o Professor   Pless tem servido como professor visitante de Teologia prática no Lutheran Theological Seminary em Pretoria, África do Sul. Ele frequentemente leciona nos seminários e conferências pastorais em Madagascar, nas Filipinas, na Índia, no Japão, na Suécia, Noruega e na Indonésia. Ele também faz parte da Academia de Lutero de Madagascar, está envolvido na produção de muito material teológico. Pless é o autor ou editor de doze livros, muitos deles foram traduzidos para o Alemão, Espanhol, Dinamarquês, Finlandês, Turco, Português e Chinês. Ao longo dos anos ele tem servido em diversos conselhos e comitês da Igreja Luterana - Sínodo de Missouri, atualmente é o presidente da comissão sinodal de revisão doutrinária. O Professor Pless representa o sínodo nos diálogos oficiais com a Igreja Luterana Norte-Americana e foi presidente por dois mandatos da porção de fala inglesa da Sociedade Internacional Wilhelm Loehe. Em 2013, seus ex-alunos lhe honraram por ocasião do seu sexagésimo aniversário com uma coletânea de escritos publicada em sua homenagem, que tem como título “Teologia é Eminentemente Prática: Ensaios em honra a John T. Pless”, editado por Jacob Corzine e Bryan Wolfmueller.
Em breve, serão divulgados os próximos palestrantes do Simpósio

domingo, 14 de abril de 2019

REFLEXÃO PARA O PERÍODO DA QUARESMA


O FRUTO DO PENOSO TRABALHO
Mt 27.54-61
Mc 15.39-47
Lc 23.47-50
Jo 19.31-42
Is 53; At 2
     Pelas três horas da tarde, “Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” E, dito isto, expirou.” (Lc 23.46). Tendo Jesus falecido, houve um forte terremoto. O véu do santuário no templo, “rasgou-se pelo meio” (Lc 23.45). Agora o caminho para o Pai estava aberto. “Abriram-se os sepulcros e muitos corpos de santos, que dormiam ressuscitaram; e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passara, ficaram possuídos de grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era o Filho de Deus” (Mt 27.52-54). “E todas as multidões reunidas para este espetáculo, vendo o que havia acontecido, retiraram-se a lamentar, batendo nos peitos (Lc 23.47).” 
     O profeta Isaías escreveu: “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito” (Is 53.11). Na explicação do segundo Artigo do Credo Apostólico, confessamos: “Pois me remiu a mim, homem perdido e condenado, me resgatou e salvou de todos os pecados, da morte e do poder do diabo; não com ouro ou prata, mas com seu santo e precioso sangue sua inocente paixão e morte, para que eu lhe pertença e viva submisso a ele, em seu reino, e o sirva em eterna justiça, inocência e bem-aventurança.” (Cat. Menor, 2° Artigo). Que palavras cheias de vida, consolo e poder. Deus nos oferece este precioso fruto da salvação: perdão dos pecados, vida e eterna salvação em sua palavra e seus sacramentos. Quem se apega a esta graça de Cristo pela fé, não se cansa de ler e meditar nestas palavras de dia e de noite (Sl 1.2), para delas receber consolo, paz, força e esperança.
     “Para que eu lhe pertença.” Este é o fruto do seu penoso trabalho, “para que eu lhe pertença.” Quando? Agora! Aquele que confia na graça de Cristo, Deus lhe concede o poder de ser filho de Deus (Jo 1.13,14). O pertencer a Deus é descrito na Bíblia de muitas formas. Confira os seguintes versículos: membros do corpo de Cristo (1 Co 12.13), filhos de Deus (Rm 8.16), herdeiros do céu (Tt 3.17), templos do Espírito (1 Co 6.19), sacerdotes reais (1 Pe 2.9). Ser propriedade de Cristo inclui em primeiro lugar o consolo.  
     A lei não pode mais nos acusar, Cristo a cumpriu por nós. Satanás não tem mais poder sobre nós, Cristo o venceu. A morte eterna não tem mais poder sobre nós e a morte temporal, pela qual ainda teremos que passar - exceto se o juízo final nos colher em vida, então seremos imediatamente transformados, 1 Co 15.51,52) - Jesus a transformou em porta para o céu. Sim, Jesus nos libertou: a) do pecado, isto é: da dívida, do castigo e do domínio do pecado (1 Pe 2.24; Cl 3.13; 1 Pe 1.18,19); b) da morte, isto é, não preciso temer a morte temporal, porque a morte eterna não tem mais poder sobre mim (Hb 2.14,15; 2 Co 1.10; 1 Co 15.55,57); c) do poder de Satanás, isto é, Satanás não pode mais me acusar e eu posso resistir-lhe vitoriosamente (Gl 3.15; l Co 3.8).
Oração: “As feridas tão cruentas são vertentes que nos dão água viva, com que alentas o sedento coração. Teu amor divino e terno nos conduz ao lar paterno. Oh! Não seja em vão, Senhor, teu martírio expiador!” (HL 81.4).
      Viva submisso a ele
    "E viva submisso a ele, em seu reino, e o sirva em eterna justiça, inocência e bem-aventurança.” Somos, pela fé na graça de Cristo, filhos de Deus. Somos novas criaturas e templos do Espírito Santo. Temos uma mente nova, uma nova visão da vida, e novas forças. Temos alegria em servir a Cristo (Sl 199.77). Vivemos “em novidade de vida” (Rm 6.4; 7.6). Isto se expressa pelo apego à Palavra de Deus e aos cultos, pelo orar sem cessar (1 Ts 5.17), bem como na luta diária contra o pecado (Gl 5.16-26). 
     Jesus nos governa. No seu reino impera a graça, o perdão dos pecados. “Para que eu o sirva em eterna justiça, inocência e bem-aventurança.” O sirva sem medo, sem coerção da lei, voluntariamente e com alegria. Não com minha justiça própria, porque esta é imperfeita, mas vestidos com a justiça de Cristo. A graça de Cristo cobre nossas imperfeições “abundante e diariamente”. O seu sangue nos lava continua e completamente de nossos pecados. Assim servimos vestidos com a justiça de Cristo. A tônica da teologia bíblica está no “Cristo por nós”. Este é o consolo e a força, e não o “Cristo em nós”. O Cristo “em nós” é o resultado do Cristo “por nós”. A partir disto, Lutero mostrou que a vida santificada do cristão não é exercida em ações na igreja, mas no exercício dos deveres na vida diária (Tábua dos Deveres). Na igreja e nos departamentos nos reunimos para o estudo da palavra de Deus e para planejarmos juntos o trabalho de levar a palavra de Deus a todas as nações e somar forças para tanto.
     A vida sob a cruz ...
    Esta vida, enquanto aqui na terra, envolve luta diária. A imagem divina foi parcialmente restituída em nós. “E vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef 4.24). Temos ainda nossa natureza carnal, que “milita contra o Espírito, e o Espírito contra a carne, porque são opostos entre si” (Ef 5.17).
     Assim somos “simul justos et peccator, totaliter” (Somos simultânea e totalmente justos e pecadores). Este “simultaneamente” precisa ser lembrado e compreendido. Não é assim que na hora do culto sou mais santo e na hora do meu trabalho sou mais pecador. Não! Somos, pela fé na graça de Cristo, e enquanto na fé, diante dos olhos de Deus totalmente santos, porque Deus nos perdoa abundante e diariamente todos os pecados. E ao mesmo tempo, conforme nossa natureza carnal, que não muda, somos totalmente pecadores. 
     Tudo o que fazemos, sim, nossas melhores obras são ainda imperfeitas, manchadas de pecado e precisam ser purificadas e lavadas pelo sangue de Cristo. Assim servimos a Deus jubilando em sua graça e ao mesmo tempo chorando sobre nossas fraquezas, imperfeições e pecados diários. Assim servimos a Deus em “eterna justiça, inocência e bem-aventurança.” Isto é, vestidos com a eterna justiça e inocência de Cristo que nos é atribuída por fé, temos acesso ao Pai e somos agradáveis a ele. Esta eterna justiça e inocência é que purifica todos os nossos atos e nos torna agradáveis a Deus. Esta eterna justiça e inocência é nossa permanente vestimenta. É dela que temos toda a alegria e bem-aventurança, a certeza do perdão e a esperança da vida eterna. Dela nos advém também, diariamente, a força para a luta e o servir a Cristo, bem como toda a saudade de estar com Cristo.
     Ansiamos por ser transformados e estar com Cristo. Não simplesmente libertos da matéria. Não. A simples libertação da matéria, é uma ideia espírita. Nosso corpo material é um dom precioso. E Deus não nos criou para a morte, mas para a vida. Em breve o pecado será totalmente afastado de nosso corpo, pois aguardamos a ressurreição. Então viveremos de corpo e de alma, pela graça de Cristo com o nosso Senhor e Salvador Jesus, no seu reino, eternamente. Mas enquanto Deus nos deixar aqui, nosso principal propósito de vida é aquele que confessamos ao sairmos da mesa da santa ceia, quando o pastor nos diz: Todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice: - Anunciais a morte do Senhor até que ele venha.
     Oração: “Jesus, Senhor amado, fizemos-te sofrer; tu foste condenado, sem mal algum fazer. Pois tudo suportaste, pensando sempre em mim. Por mim à cruz levaste o meu pecado assim. ... Perder não quero agora a minha salvação; arrependida,
implora minha alma o teu perdão. Pecado, inferno e morte não podem me magoar; em ti, bendita sorte terei no eterno lar” (HL 98.1,4).
Horst Kuchenbecker

sábado, 13 de abril de 2019

UM GRANDE AMIGO!


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“Eu sou o Deus todo-poderoso. Viva uma vida de comunhão comigo…” (Gn 17.1)
     Você já se sentiu só? Sem ninguém com quem contar e poder compartilhar as suas alegrias e problemas?
     Vivemos dias em que todos afirmam que existem poucas pessoas confiáveis e amigas. É difícil abrir o coração e ter a certeza de que seremos bem compreendidos. Mas saiba que você pode contar com um grande amigo: Deus. Ele ama você e quer viver em comunhão com você. Confie sua vida a Deus! Ele ama você tanto que deu a vida de Jesus para que você tivesse o perdão e a vida eterna.
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Oração: Gracioso Deus, muito obrigado por seres meu amigo. Ajuda-me a confiar em ti e a viver todos os meus dias em comunhão contigo e com a tua palavra. Amém.
#HoraLuterana

sexta-feira, 12 de abril de 2019

REFLEXÃO

   
No fim de sua Primeira Carta aos Coríntios, Paulo pede: “Cumprimentem uns aos outros com um beijo de irmão” (1Co 16.20), um beijo “santo”. Não um beijo pelo beijo, mas um cumprimento que demonstrasse cuidado, amor, mesmo com tantas dificuldades na vida e entre eles. “Que tudo o que vocês fizerem seja feito com amor” (1Co 16.14), ele aconselha. Afinal, Jesus nos mostrou e ofereceu o seu amor, o amor que muda quem somos, nosso olhar para o outro e seus pecados e falhas. Talvez você não se sinta tão à vontade com um beijo para cumprimentar, mas aproveite este dia para fazer tudo com amor, começando com um cumprimento amoroso e sincero às pessoas que encontrar.
Oração: Jesus, tira do meu coração o amargor e a indiferença. Ajuda-me a entregar o teu amor às pessoas no dia de hoje. Em teu nome. Amém.
Leia em sua Bíblia 1Coríntios 16.13-20
 #HoraLuterana

quinta-feira, 4 de abril de 2019

PAIXÃO DE CRISTO


V - O CALVÁRIO
Mateus 27.33-53
Marcos 15.22-38;
Lucas 23.32-46
João 19.18-30

     Chegando ao Gólgota, os três condenados foram pregados na cruz e erguidos. Não vale a pena dar ouvidos às muitas especulações humanas sobre a crucificação. Os textos bíblicos são claros. A crucificação era algo horrível. 
Holy Week Processions Are Held Across Spain : Fotografia de notícias
Os crucificados ficavam, por vezes, horas berrando de dor. Amaldiçoavam a Deus, a si próprios e a seus algozes. Jesus, o Filho de Deus, sofreu calado. E, ao abrir de repente sua boca, eis que dela brotou uma oração: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem (Lc 23.34).” Isto é, não castigues a meus inimigos agora. Concede-lhes, graciosamente, mais um tempo para arrependimento. Estão cegos pelo ódio. Não sabem o que fazem. Talvez, mais tarde, reconheçam seus erros, se arrependam e vivam. 
     Ainda hoje essa oração nos beneficia. O que seria de nós, se Deus nos castigasse de imediato toda vez em que nos surpreende em pecados. “Ó Senhor, tem compaixão de nós.”

      Densas trevas...
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    Ao meio dia, densa escuridão envolveu toda a terra. A natureza encobriu seu rosto diante do profundo sofrimento de seu Criador. No fim das três horas de trevas, Jesus exclamou: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste (Mt 27.46)?” Um brado terrível das profundezas do inferno! Mesmo assim, não é uma exclamação de desespero, nem de queixa, antes uma confissão daquilo que estava lhe acontecendo. Esta frase é profundo consolo para todos nós. “Por que me desamparaste?” Quantas vezes exclamações idênticas subiram aos céus e ecoam ainda hoje neste mundo. A causa de tudo isto é uma só: O pecado. Os homens abandonaram a Deus e não Deus aos homens. Deus diz pelo profeta: “A mão de nosso Deus ... e a sua ira é contra todos os que o abandonam” (Ed 8.22; Is 59.2). 
     E para nos abrir o caminho de volta para o Pai e remover o pecado, Jesus, o Filho de Deus, como substituto de toda a humanidade, sofreu a ira de Deus e reconciliou o mundo com Deus (2 Co 5.19,20; Jo 3.16). Aqui ele sofre o que palavras humanas não podem expressar. Ele sofre em sua alma santa os horrores do inferno. Tão cruel é o pecado. Tão santa a justiça de Deus. Tão imenso o amor de Deus em seu Filho Jesus. Lutero, ao meditar sobre estas palavras, exclamou: “Deus por Deus desamparado, quem o compreenderá?” Sim, “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). O significado do verbo “deu”, aqui é: Deus o entregou por nós aos sofrimentos do inferno.
      Jesus sofreu voluntariamente para que ninguém mais fosse abandonado por Deus (Ez 18.32; Jo 3.16-19), exceto aqueles que rejeitam o amor de Cristo. Porque “o que não crê, já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3.18). Os cristãos, mesmo enfrentando situações de dor, exclamam por vezes: Meu Deus, por quê? Mas são confortados pelo Espírito Santo e se consolam com a graça de Cristo. Dizemos com o apóstolo Paulo: “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? ... Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Rm 8.35-37). Sabemos que Deus Pai está ao nosso lado com todo o consolo e poder.

Está consumado...
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      Finalmente soou na cruz o brado de vitória. Vendo Jesus que tudo já estava consumado, exclamou em alta voz: “Está consumado!” O grande plano da salvação da humanidade, planejado na eternidade (Ef 1), anunciado a Adão e Eva logo após a queda destes em pecado, proclamado por boca de muitos profetas (Hb 1.1,2) e executado pelo próprio Filho de Deus estava consumado. Jesus bebeu o amargo cálice até à última gota. A lei foi cumprida. A culpa da humanidade foi paga. Os inimigos: pecado, morte e Satanás vencidos. Esta salvação só poderia ser executada pelo unigênito Filho de Deus e por mais ninguém. Pois, o salmista afirma: “Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate (pois a redenção da alma deles é caríssima, e cessará a tentativa para sempre)” (Sl 49.7,8). Na cruz morreu o Filho de Deus. Se ali só morresse um homem, não teríamos salvação. Mas Deus morreu ali por nós, Não o Deus Pai, mas Deus Filho. 
     Em profunda adoração, inclinamos nossa cabeça, com o centurião ao pé da cruz, para confessar: “Verdadeiramente este é o Filho de Deus.” 
Oração: “Devo agradecer-te tanto, ó Jesus, tamanha dor: chagas, agonia, pranto, penas e mortal horror. Vivo e morro consolado, por teu sangue perdoado. Grato sou por tanto amor, meu bendito Redentor” (HL 93.5)

Horst Reinhold Kuchenbecker

terça-feira, 2 de abril de 2019

DESASTRE NATURAL NA ÁFRICA

Luteranos na África sofrem com Ciclone Idai.
Igreja Cristã da Concórdia em Moçambique pede orações pelos irmãos e irmãs que foram atingidos pela tragédia.

Luteranos na África sofrem com Ciclone Idai
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Congregações da Igreja Cristã da Concórdia em Moçambique (ICCM) têm sofrido, nos últimos dias com a passagem do ciclone Idai. Na região central do país, onde há igrejas luteranas, o ciclone deixou centenas de vítimas fatais e um enorme rastro de destruição. O ciclone atingiu também os países vizinhos Malawi e Zimbábue.
Em Beira, segunda maior cidade de Moçambique, o principal hospital local teve 40% do teto arrancado. As ruas ficaram destruídas com a força dos ventos, que chegaram até 220km por hora.
A ICCM pede a todos que em seus momentos de devoção lembrem de orar pelo povo da região.
Se você quer contribuir para a Resposta a Desastres a favor dos irmãos de Moçambique, deposite sua oferta para o Fundo de Apoio a Projetos da IELB (FAPI) na conta abaixo.
BANCO DO BRASIL - Agência 0010-8 / Conta 5213-2

segunda-feira, 1 de abril de 2019

A AJUDA DO PAI CELESTE

O PAI ESTÁ ATENTO
     O mundo de hoje, chamado de pós-modernista, tem uma população cada vez maior, sempre mais gente agitada em todo o canto, e, mesmo assim, vivemos isolados. Podemos afirmar que poucas pessoas conhecem os seus vizinhos. Entramos e saímos como se fôssemos os únicos moradores da rua ou do edifício. Colegas de trabalho e de escola não passam de estranhos. 
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     E quando surgem os problemas, as dúvidas e o sofrimento, sentimos falta de uma palavra amiga, alguém que nos possa estender a mão. 
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     E como sentimos a falta de alguém com quem conversar e mesmo desabafar! Lembremos, entretanto, que o nosso Pai Celestial está sempre atento e jamais nos abandona. Pela fé em Cristo, nosso Salvador, somos seus filhos e filhas, e como tais, ele quer que o busquemos e promete sempre nos ouvir em oração e nos ajudar.
     Oremos: Senhor, muitas vezes sentimo-nos fracos e desanimados no meio dos problemas desta vida. Confiamos apenas em ti e derramamos perante a tua graça o nosso coração. Ajuda-nos, por amor a Jesus Cristo. Amém.
“Feliz aquele que recebe ajuda do Deus de Jacó, aquele que põe a sua esperança no Senhor, seu Deus.” (Salmo 146.5)
 #Horaluterana