SBB

segunda-feira, 30 de março de 2020

PREOCUPAÇÕES

É possível que em muitos momentos, nessa época de apreensão, tenhamos esse sentimento:
   "Eu grito bem alto para Deus; grito, e ele me ouve. Nas horas de aflição eu oro ao Senhor; durante a noite, levanto as mãos em oração, porém não encontro consolo. Penso em Deus e começo a gemer; começo a pensar e fico desanimado".
     Deus não me deixa dormir. Estou tão preocupado, que não posso falar. Penso nos dias que já passaram e nos anos que se foram há muito tempo. Gasto as noites em pensamentos profundos, começo a meditar e a mim mesmo faço estas perguntas: Será que o Senhor vai nos rejeitar para sempre? Será que ele nunca mais vai ficar contente conosco? Será que deixou de nos amar? Será que a sua promessa não tem mais valor? Será que Deus esqueceu de ser bondoso? Será que a ira tomou o lugar da sua compaixão? ” Então eu disse assim: “O pior de tudo é que o Deus Altíssimo não quer nos ajudar mais como antes." (Sl 77.1-10)

   Mas, depois de refletir melhor sobre o amor de Deus, o Salmo continua, e nosso sentimento pode ser assim:
   "Ó SENHOR Deus, eu lembrarei dos teus feitos maravilhosos! Recordarei as maravilhas que fizeste no passado. Pensarei em tudo o que tens feito, meditarei em todos os teus atos poderosos. Ó Deus, tudo o que fazes é santo. Não há deus que seja tão grande como o nosso Deus." (Sl 77.11-13)
Valdir Klasener

domingo, 29 de março de 2020

SE EM LENHO VERDE FAZEM ISTO...


Porque, se isto é feito com a madeira verde, o que será da madeira seca? (Lucas 23.31).
     Esta palavra Jesus proferiu às mulheres, que choravam por ele. O que Jesus queria dizer com esta advertência? Lenho seco, quando cai no fogo queima logo e é consumido rapidamente. Lenho verde quando cai no fogo, custa a queimar e demora mais. O lenho verde é Jesus. Ele nunca pecou. Está intato. Lenho seco, corroído pelo pecado somos todos nós, são todos os seres humanos, réus da ira divina, do fogo do inferno. Ora, se Deus Pai está derramando um juízo tão severo sobre seu próprio Filho que não tem pecado nenhum, mas carrega os pecados alheios, o que será do lenho seco, dos pecadores que por sua incredulidade rejeitam o amor de Deus, quando eles caírem sob o juízo de Deus. Diz o escritor aos hebreus: Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo (Hebreus 10.31).
     Lenho seco. A esse respeito o profeta Isaías escreve: Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça (Isaías 59.2). O apóstolo Paulo afirma: Estando nós mortos em nossos delitos (Efésios 2.5).
Chorai por vós. Olhando para os sofrimentos de Cristo, devemos reconhecer nossa culpa e quão grande é a ira de Deus sobre o pecador. Bem-aventurados os que pela iluminação do Espírito Santo chegam ao arrependimento e à fé na graça de Cristo.
     E sobre vossos filhos. Jesus sabe que a grande maioria em Jerusalém, mesmo após a Páscoa e Pentecostes, rejeitará a Jesus e sofrerão o castigo divino. No ano 70, os romanos cercaram Jerusalém por três anos e então conquistaram a cidade e a queimaram a fogo. O horror deste cerco de três anos, a entrada dos romanos em Jerusalém, os saques, as mortes, os incêndios foram descritos pelo historiados Flávio Josefo (Flávio Josefo, História dos Hebreus. Casa Publicadora das Assembleias de Deus, Rio de Janeiro, RJ. 1999).
     Jubilosos podemos dizer: Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor (Romanos 7.25 RA). Pelo batismo fomos enxertados na árvore da vida, e enquanto na fé estamos sob a graça de Cristo. Recebemos perdão dos pecados, vida e eterna salvação. Como filhos de Deus, produzimos os frutos da justiça. Mas se desleixarmos a palavra, vindo a cair da fé, nós perderemos a vida e voltaremos à morte e escravidão de Satanás. Que Deus nos guarde disso.
     Sinceramente me arrependo / de minha grande transgressão. / À tua graça é que eu rendo / em verdadeira confissão. / Tem compaixão, tem compaixão / de mim na minha perdição (HL 356.2).
Rev. Horst Kuchenbecker

sábado, 28 de março de 2020

CULTO DOMÉSTICO - 29/03/2020


Contatos (Sugestões e colaborações) com: Pastor Martinho Sonntag martinho@ielb.org.br - (51) 99644-0761 ou (51) 3332-2111 (IELB)

Culto Doméstico - 03/2020 – 29/março/2020  - Para o tempo da Quaresma

1. Saudação e acolhimento (líder)
2. Oração
Amado Deus Pai, estamos reunidos em família para o Culto Doméstico.
Agradecemos porque nos fizeste teus filhos. Foi através dos meios da graça, Batismo e Palavra, que teu Espírito Santo nos levou à fé em Jesus Cristo. Agora fazemos parte da tua grande família de salvos e protegidos por ti. Obrigado pela obra de teu Filho Jesus Cristo, nosso Deus Salvador, que pagou a nossa culpa com o seu sacrifício e morte na cruz, conquistando para todos nós o perdão gratuito de nossos pecados. Perdoa todos os nossos pecados, por amor de Jesus. Te louvamos por todos os bens que temos. Tudo vem de tua bondosa mão abençoadora. Pedimos que nos orientes e inspires ao meditarmos na tua santa Palavra neste encontro de hoje.
Hoje pedimos de maneira especial para que tenhas misericórdia da humanidade. Protege a todos contra o Coronavírus. Confiamos em tua graça e amor. Por Jesus Cristo. Amém.
3. Canto - Hino 426 – HL: “Eu creio em ti”
a. Eu creio em ti, Senhor / pois tu sofreste a dor/ por mim na cruz. / Vem, ouve meu orar, / a culpa vem tirar / e faze-me fica / só teu, Jesus.
        b. Vem rica graça dar, /e força para amar / com zelo e ardor. / Por mim foi teu         morrer. / Vem, faze o amor arder, fiel e puro ser / por ti, Senhor.
c. E quando eu percorrer / o vale do sofrer, / vem me guiar. / As trevas torna em luz, bem leve a minha cruz. Só junto a ti, Jesus, / eu quero andar.
        d. Meu sonho vai findar, / a vida irá mudar, / a morte vem. / Oh! Tira o medo         então; / do céu me dá visão e toma a minha mão, / Jesus. Amém.
4. Leitura Bíblica: João 11.1-45 (Evangelho do 5º Domingo na Quaresma, para o dia 29/03/2020)
5. Reflexão
Texto: João 11.1-45 (Evangelho do 5º domingo da Quaresma).
Tema: Da morte para a vida!
Queridos irmãos
        Acabamos de ler uma história fantástica, consoladora e instrutiva, registrada pelo apóstolo João em que relata o episódio da ressurreição de Lázaro. Conhecemos a história. Ela relata doença, morte, desespero, choro e VITÓRIA!
        Este registro histórico parte de um grande problema - a morte - e culmina numa magnífica solução que somente Deus pode realizar – a ressurreição!
        Este episódio nos ilumina e oferece orientação, consolo e tranquilidade.
        As duas irmãs, Maria e Marta, não imaginavam que elas, como amigas de Jesus, teriam que passar por esta situação, por este problema que elas não podiam solucionar.
        Conheciam Jesus e tinham absoluta certeza de que Ele as amava e que Ele tinha poder para impedir a morte de Lázaro. Esta certeza fica evidente na afirmação categórica de Marta: “Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido” (v.32). Por esta expressão de Marta, percebemos que reconhecia Jesus como alguém que tinha poderes especiais.
        Por que, então, a insatisfação de Marta devido à chegada tardia de Jesus ao sepultamento, tardia de acordo com o entendimento de Marta?
        Parece que ela não tinha clareza sobre os planos e propósitos da vinda de Jesus ao mundo e que estes planos não estavam limitados à cura de uma doença física ou à vida terrena das pessoas. O projeto de Jesus era muito maior e mais abrangente do que cuidar apenas da vida terrena da humanidade.
        Ao ser abordado pelos discípulos sobre o que acontecera a Lázaro, Jesus diz: “Lázaro morreu; e por vossa causa me alegro que lá não estivesse, para que possais crer; mas vamos ter com ele” (v.14 e 15). Aqui começa a ficar clara a intenção de Jesus: “... para que possais crer”.
        Crer que Ele era Deus encarnado, o Salvador. E no v. 45 este objetivo foi alcançado: “Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo visitar Maria , vendo o que fizera Jesus, CRERAM NELE” (v. 45).
        Todo o episódio serviu de ensinamento aos discípulos, à Maria e Marta e ao povo.         Jesus queria que as pessoas o reconhecessem como o Messias prometido por Deus no Antigo Testamento, e confiassem Nele e o seguissem!
        Ao chegar à sepultura, Jesus se comoveu e chorou. Chorou, lamentando o mal que o pecado fez e faz à humanidade. A morte é consequência do pecado. Mas, Ele, que amava Lázaro, também chorou porque seu amigo tinha falecido. Os judeus, ao verem o choro de Jesus, disseram: “Vede quanto o amava” (v.35). O choro era uma clara manifestação da compaixão de Jesus pelos seres humanos.
        Ele não apenas chorou. Ele agiu! Foi até perto da sepultura, deu graças ao Pai e “ ... clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora”. E Lázaro, que já estava morto há 4 dias e cheirava mal, saiu vivo da sepultura: “Saiu aquele que estivera morto” (v.44).
        A glória de Deus se manifestou! O grande problema (doença e morte) foi vencido e Jesus foi glorificado, conforme Ele dissera aos discípulos que aconteceria. Que abençoado “Happy End “ (Final feliz)!
        Jesus dissera a Marta: “Não te disse eu que se creres verás a glória de Deus”? (v.40). Esta é a questão: não apenas conhecer, mas CRER Nele!
        Nós, cristãos, também enfrentamos dificuldades. Um dos sofrimentos atuais é a pandemia (Coronavírus), que já contagiou milhares e matou muitas pessoas. É uma tragédia que se abateu sobre a humanidade.
        Diante dos sofrimentos e morte, também podemos ser tentados a dizer a Deus: “Se estiveras aqui...”. Mas, precisamos lembrar que Ele sempre está presente na vida dos cristãos.
        Jesus resolveu o nosso maior problema. Venceu, em nosso lugar, a morte e o inferno, as consequências do pecado, e nos dá de graça a vida, conforme diz o apóstolo Paulo: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados” (Ef 2.1)
        Jesus garante ressurreição. Para Marta Ele disse: “Teu irmão há de ressurgir ...” (v.23). Para todos nós ele afirma: “Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo que vive e crê em mim, não morrerá, eternamente” (v.25 e 26). Jesus diz também para nós: “Não te disse eu que se creres verás a glória de Deus”? (v.40).
        Vamos desesperar por causa de pandemia ou outro problema qualquer? Vamos nos apavorar quando a morte se aproximar de nós?
        Não! Jesus é todo-poderoso Deus, que tem um amor indescritível, que morreu em nosso lugar, pagando a culpa do pecado de todos com a Sua morte e trinfou sobre a morte, o pecado e o inferno com a sua gloriosa ressurreição.
        Jesus tirou Lázaro da morte para a vida! Jesus também nos tirou da morte eterna para a vida eterna! Isto Ele fez por graça, sem nenhum merecimento nosso! Todos os que, nesta vida, crerem e seguirem o Senhor, serão ressuscitados para a VIDA ETERNA e estarão para sempre com Jesus. Graças a Jesus – passamos da morte para a VIDA! Amém.
6. Oração – feita por um dos presentes
7. Hino: 189 (LS) – Eu só confio no Senhor
        1. Eu só confio no Senhor, que não vai falhar. Eu só confio no Senhor, sigo a cantar. Se o sol chegar a escurecer, e o céu nublar, eu só confio no Senhor, que não vai falhar.
:: Posso confiar. Posso confiar. Que um lar no céu Cristo vai me dar.
Se o sol chegar a escurecer, e o céu nublar, eu só confio no Senhor que não vai falhar.
        2. Confiando no meu Senhor, eu não temo o mal. Confiando no meu Senhor, tenho paz real. Se o mal vier me perturbar, N'ele confiarei, pois a Jesus me entreguei. Ele é meu Rei!
:: Agora sou feliz! Como sou feliz! Cristo me salvou. Vencedor eu sou.
Se o mal me vier perturbar, N'ele confiarei, pois a Jesus me entreguei. Ele é meu Rei!
8. Pai Nosso – em conjunto
9. Bênção em conjunto
O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre nós e tenha misericórdia de nós. O Senhor sobre nós levante o seu rosto e nos dê a paz. Amém.
Martinho Sonntag

SILÊNCIO NO MUNDO


A terceira guerra mundial será com a bomba atômica e a próxima com paus e pedras, como no tempo das cavernas. Nos enganamos redondamente, ou melhor, “coronamente”! Mas, uma coisa acertamos, voltamos para as cavernas, cada um escondido no seu refúgio. E agora não adianta buscar culpados. Aliás, esta história é antiga. “A mulher que me deste me fez comer a fruta”, desculpou-se Adão ao Criador. “A cobra me enganou, e eu comi”, desconversou a Eva diante de Deus. Por isto, antes que alguém ouse apontar o dedo para cima e dizer que Deus é o culpado deste vírus e de todas as desgraças, é preciso ouvir um incrível (crível para muita gente) decreto dos céus: “Tudo bem! Eu assumo a culpa de todos vocês, eu mesmo vou pagar por todas as maldades de vocês, e farei isto através do meu sacrifício na cruz. Pronto, está resolvido!”.
E nestas horas, bem naquele dia quando lembramos que “o sol parou de brilhar, e uma escuridão cobriu toda a terra” e que “Jesus gritou bem alto: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lucas 23.44-46), exatamente nesta sexta-feira chamada santa, vamos ter muito tempo para refletir que “Deus amou o MUNDO de tal maneira” (João 3.16). E, se não pudermos nos presentear com ovos de chocolate, pouco importa. Ao menos poderemos fazer o que interessa, trancados dentro de casa, sozinhos ou com a família – festejar que alguém ressuscitou e que todas as coisas estão debaixo do domínio de Deus (1 Coríntios 15.28).
Esta fé, no entanto, não autoriza entrar na cova dos leões. É preciso aceitar que o perigo é grande e obedecer às recomendações sanitárias. Se alguém acredita que Deus nos livrará de doenças mortais (Salmo 91.3) e basta a fé para estar protegido contra este vírus, é bom lembrar que o Diabo usou este mesmo Salmo quando tentou Jesus para ele se jogar de cima do Templo. Não é por nada que as igrejas também estão fechadas, no entendimento da resposta do Salvador ao pai da mentira, que não devemos colocar à prova o Senhor Deus (Mateus 4.7).
Diante disto, se as notícias são alarmantes e o futuro é incerto, o pavor só piora as coisas. Quando o pânico tomou conta do coração dos discípulos naquele barco quase afundando no meio da tempestade, Jesus se levantou, falou duro com o vento e disse ao lago: – Silêncio! Fique quieto! (Marcos 4.39). Hoje o mundo está em silêncio pela mesma razão.
Marcos Schmidt
98162-1824
pastor luterano
marcos.ielb@gmail.com

sexta-feira, 27 de março de 2020

ORIENTAÇÕES DA IELB

INFORMAÇÕES PARA CRISTÃOS LUTERANOS- IELB

Porto Alegre, RS, 27 de março de 2020
Orientação da presidência da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB)sobre culto e oferta cristã na quarentena.
Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus!
A humanidade está vivendo um período de muita tensão, angústia e medo por causa da proliferação do novo coronavírus, a COVID 19. Por causa do risco de contágio e da vulnerabilidade de alguns grupos da sociedade, chamados grupos de risco (pessoas com mais de 60 anos e pessoas com doenças crônicas), os governantes têm decretado o isolamento social, isto é, estão determinando que as pessoas permaneçam em suas casas e não se reúnam em grupos a fins de trabalho, lazer, culto e outros.
As igrejas, inclusive a IELB, antes mesmo dos decretos estaduais e municipais, por amor às pessoas, para ajudar a humanidade na luta contra a proliferação do vírus, já recomendaram aos seus membros que evitassem frequentar ambientes com grandes concentrações de pessoas, inclusive os templos cristãos.
Com isto, em alguns lugares e por algum tempo, tornou-se inviável que nós, povo de Deus, nos reunamos em nossos templos, como o fizemos ao longo dos anos, para sermos edificados e fortalecidos na fé pelo nosso bondoso Deus e também para cultuá-lo por suas infindáveis misericórdias.
Para apascentar o rebanho de Cristo neste período em que as reuniões nos templos estão com restrições, a IELB, através da sua direção e de seus pastores, está empreendendo grande esforço para levar o doce Evangelho a todos de forma online oferecendo cultos, estudos bíblicos, devoções, instrução de confirmandos e adultos, visitas e outros serviços.
Mas a pergunta que tem surgido com frequência é esta: Como os filhos de Deus poderão ofertar neste período, visto que não estão podendo reunir-se nos templos? E esta é uma justa preocupação, pois o ato de ofertar faz parte do culto do povo de Deus. Vemos isto, por exemplo quando o apóstolo Paulo orienta os cristãos de Corinto sobre a oferta cristã e escreve: “Agora vou tratar do dinheiro para ajudar o povo de Deus da Judéia. Façam o que eu disse às igrejas da província da Galácia. Todos os domingos cada um de vocês separe e guarde algum dinheiro, de acordo com o que cada um ganhou. Assim não haverá necessidade de recolher ofertas quando eu chegar. Depois que chegar, eu enviarei, com cartas de apresentação, aqueles que vocês escolherem para levarem a oferta até Jerusalém” (1Co 16.1-3). O domingo, o primeiro dia da semana, o dia da ressurreição de nosso Salvador Jesus, também chamado de Dia do Senhor, já era o dia dedicado ao culto e, quando eles se reuniam em culto, quase sempre em casas de família, eram aconselhados a ofertar. A oferta, portanto, fazia parte do seu culto.
Também no Antigo Testamento, em Deuteronômio 16.16 e 17, através do seu servo Moisés, Deus orienta o seu povo sobre o culto, dizendo: “São estas as três ocasiões em que todo homem israelita deverá apresentar-se na presença de Deus, no lugar que ele tiver escolhido para nele ser adorado: a Festa da Páscoa, a Festa da Colheita e a Festa das Barracas.
Que ninguém vá sem levar alguma coisa para oferecer a Deus; porém cada um deve fazer a sua oferta de acordo com as bênçãos que o SENHOR, nosso Deus, lhe tiver dado”.
Reafirmamos que é justa a preocupação dos filhos de Deus que neste momento se perguntam: como poderemos ofertar ao Senhor se a nossa congregação não está realizando cultos no templo? Ou, mesmo que ela esteja realizando cultos, mas eu não me sinto seguro em participar por causa do risco de contágio, como posso cultuar o meu Deus com as minhas ofertas?
É importante lembrar que os filhos de Deus no tempo de Moisés e de Paulo não dispunham de um templo para cultuar a Deus, mesmo assim exerciam o privilégio de cultuálo através das suas ofertas. E neste tempo em que a humanidade luta contra o coronavírus, nós também podemos fazer nossas ofertas. Algumas sugestões:
1) Aproveite este período para olhar mais para as pessoas ao seu redor, para as suas necessidades, e procure ajudá-las da melhor forma possível.
2) A sua congregação possivelmente tem uma conta bancária. Faça contato com o tesoureiro, ou com o seu pastor, e faça uma transferência bancária ou depósito, no valor da sua oferta, para a sua congregação. Se o prazo de dificuldades se estender por algum tempo, faça outras transferências ou depósitos com regularidade.
3) Caso você não disponha de uma conta bancária, peça para algum parente ou amigo fazer a transferência ou o depósito e entregue a ele o valor correspondente à sua oferta.
4) Cada congregação, através do seu pastor e da sua liderança, pode organizar um plantão de atendimento às pessoas nos templos ou em outro local apropriado para dialogar com elas e, caso queiram ofertar, receber, documentar e encaminhar suas ofertas para a tesouraria da congregação.
Enfim, cada congregação, em seu contexto, dentro da sua realidade, pode se organizar para viabilizar o atendimento pastoral e as ofertas do povo de Deus, como algumas já estão fazendo.
Lembramos que a sua congregação e paróquia também tem necessidades e responsabilidades. Os compromissos assumidos com o seu pastor, com os seus projetos, o pagamento de contas corriqueiras como luz e água precisam ser honrados.
É importante lembrar também que a congregação precisa honrar seu compromisso regimental com o sínodo, com a IELB, pois esta tem a sua responsabilidade na manutenção dos seus projetos missionários (mais de 90 congregações ou projetos subsidiados pela IELB recebem auxílio financeiro mensal que é oriundo das contribuições das congregações). A formação de novos pastores, no Seminário Concórdia, e a administração da igreja também precisam ser mantidas para o bem da igreja no presente e no futuro.
O decreto publicado pela Presidência da República (Decreto nº 10.292, de 25 de março de 2020), estabelece que as atividades religiosas, de qualquer natureza, são essenciais para a nossa sociedade. Isto significa que a igreja pode realizar atividades religiosas, desde que sejam “obedecidas as determinações do Ministério da Saúde” e observadas as recomendações das autoridades locais. Portanto, pastores e lideranças das congregações continuem dialogando para encontrar a melhor maneira de realizar o trabalho em sua congregação e paróquia, observando o contexto local. O atendimento pastoral e congregacional pode ser realizado, inclusive presencial, com as devidas precauções divulgadas pelos órgãos da saúde.
É bom lembrar, todavia, que o decreto acima citado permite a realização de atividades religiosas, mas os riscos de proliferação do vírus continuam existindo, e muitas pessoas, por medo da contaminação, possivelmente não irão aos templos enquanto os riscos persistirem.
E a igreja precisa agir com muito amor, compreensão e cuidado com todas as pessoas. De acordo com a praxe da IELB, as congregações são autônomas para tomar suas decisões, desde que observem as recomendações e orientações das autoridades civis constituídas, e, assim, as congregações deverão decidir o melhor momento para reiniciar os cultos em seus templos.
Quando isto ocorrer, recomendamos:
1) Que as congregações, principalmente em regiões onde há maior risco de contágio, analisem a possibilidade de realizar cultos em diferentes horários (quantos forem necessários) para que as pessoas possam participar em grupos menores. Que seja criada uma equipe de comunicação e recepção para que a participação em grupos menores seja organizada e viabilizada.
2) Que sejam realizados cultos específicos para pessoas dos grupos de risco, especialmente para pessoas acima de 60 anos.
3) Que os bancos ou cadeiras nos templos sejam dispostos de tal maneira que as pessoas possam sentar-se numa distância segura umas das outras, conforme recomendação das autoridades de saúde.
4) Que ao entrar no templo, as pessoas tenham a possibilidade de higienizar suas mãos com produtos apropriados.
5) Que durante o culto sejam tomados todos os cuidados necessários para evitar o contato das pessoas e um possível contágio: usar o cálice individual na Santa Ceia, solicitar que as pessoas não deem as mãos ou se abracem, manter distância umas das outras na fila da Santa Ceia e na saída do templo, o pastor despede-se das pessoas do altar, sem aquele tradicional aperto de mãos e abraço na saída do templo, enquanto o risco persistir. Nos banheiros da congregação não deve haver toalhas de pano, de uso comum das pessoas, mas toalhas de papel descartáveis.
6) Que seja disponibilizado transporte seguro para as pessoas pertencentes aos grupos de risco, especialmente aos idosos, caso não tenham seu próprio carro, pois o transporte coletivo pode impedi-los de vir ao culto.
7) Que pessoas enfermas sejam recomendadas a permanecerem em casa e sejam visitadas e atendidas de forma individualizada pelo pastor. Pede-se ao pastor que tome as devidas precauções para si e para o paciente.
8) Que a congregação tome todos os cuidados e dê os encaminhamentos possíveis para que não haja nenhuma forma de preconceito ou discriminação em relação a todas as pessoas, inclusive para com aquelas que já contraíram o coronavírus ou são suspeitas de estarem contaminadas.
9) Que a congregação esteja em constante diálogo com as autoridades locais para verificar se há a necessidade de implementar outras medidas de segurança para garantir o bem-estar de todos os seus membros e visitantes.
10) Pela excelente experiência com as atividades online em levar Cristo para Todos, incentivamos que elas sejam mantidas quando cessar a ameaça do coronavírus.
11) Que este período também seja de grande proveito para nos ensinar a olhar mais para o semelhante, para as suas necessidades, procurando ajudar da melhor forma possível. Certamente há muitas pessoas que, por causa do impacto do novo coronavírus, estão perdendo sua fonte de renda e precisarão da caridade cristã para superar a crise.
E para sepultamentos, como agir? É preciso ouvir e praticar as orientações das autoridades locais, pois pode haver diferenças na legislação local. Aplicar os critérios de culto aqui expressos e, dentro do possível, em comum acordo com a família, realizar apenas um ato, ao ar livre, junto à sepultura. Se o motivo de óbito for o coronavírus, vale o mesmo, obedecendo a ordem de não abrir a urna.
Tomando os devidos cuidados para evitar a proliferação do novo coronavírus, os filhos e filhas de Deus, que são sal e luz do mundo, estão cheios de amor, ânimo, motivação, determinação e esperança para fazer deste período um marco na história da humanidade e na história do cristianismo. Por isso, recomendamos que, com os olhos fixos em Cristo,lembrando e celebrando a sua morte e ressurreição em nosso favor e de toda a humanidade, na certeza de que Nele e com Ele vivemos e viveremos eternamente, sejamos firmes, inabaláveis, e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o nosso trabalho não é e nunca será vão (1Co 15.58).
Firmados em Cristo, vivemos e compartilhamos o amor cristão.
Rev. Geraldo Walmir Schüler
Presidente da IELB

quinta-feira, 26 de março de 2020

TEMPO DE AFLIÇÃO

AJUDA NO TEMPO DA AFLIÇÃO
Não é a primeira vez que as igrejas são forçadas a fechar as portas.
Não é a primeira vez que a humanidade é forçada a enfrentar um inimigo tão grande.
E também não é a primeira vez que as pessoas perguntam onde está Deus em meio a tudo isso.
A dor e o medo têm esta força: a de fazer crescer as dúvidas em nossa mente e coação. Estamos todos incertos sobre o que acontecerá nos próximos dias e estas dúvidas são como adagas no coração do ser humano. A ANGÚSTIA ganha cada vez mais espaço.
“Será que Deus não está agindo? Ele nos esqueceu? Ou isto que vivemos é um castigo dele por causa dos nossos pecados”
Sabe, é natural que as perguntas façam parte dos nossos dias diante das tribulações. Isso é natural do ser humano. E a mesma angústia que nos fere quer nos fazer duvidar daquilo que temos por certo: o amor de Deus. E se você está dando mais ouvidos à angústia do que ao Senhor, quero lhe propor uma reflexão sincera:
Quem está banhando você de luz do sol nesta manhã? Quem está dando forças para levantar e continuar em frente? Quem é que continua dando esperança de dias melhores?
Certamente não é o ser humano, com suas brigas e discussões.
Deus ainda é o seu socorro em meio à aflição. Ele é quem lhe defende e sustenta. Não permita que a angústia e o medo sufoquem a sua fé, mas agarre-se naquele que pode lhe dar vida eterna. Ele morreu por você. E não foi de nenhum vírus; foi morte de CRUZ.
Este tempo vai passar. Esta angústia vai terminar. Da dor nem vamos nos lembrar, mas do amor de Cristo... ah, este sim, vamos levar junto conosco para a eternidade.
Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. João 16.33

terça-feira, 24 de março de 2020

REFLEXÃO EM DIAS DE ANGÚSTIA

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REFLEXÃO EM DIAS DE ANGÚSTIA

Estamos vivendo dias preocupantes. O ataque do coronavírus Covid-19 já matou milhares de pessoas pelo mundo afora.
As consequências da vida em pecado, trazem para a humanidade muitos sofrimentos, muita dor e, por fim, a própria morte.
Li hoje pela manhã, que no Brasil morrem mais de 100 pessoas por dia de forma violenta, sem contar aquelas que morrem por doenças, idade avançada e outros motivos.
Assim, o aparecimento deste novo vírus da gripe, nos faz ficarmos alerta, sabendo que a nossa vida neste mundo é finita. Estamos todos nas mãos do Criador.
Convém lembrar que nosso Criador nos ama, e por isso enviou seu Filho Jesus Cristo para nos dar nova vida, e não morrermos eternamente. Cristo morreu em nosso lugar apagando a ira de Deus, e se tornou nosso advogado junto ao Pai Celeste. - 1 João 2. “1. Caros filhinhos, estas palavras vos escrevo para que não pequeis. Se, entretanto, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; 2 e Ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente por nossas ofensas pessoais, mas pelos pecados de todo o mundo”.
Crendo nestas palavras das Escrituras, podemos ficar calmos, sabendo que Deus cuida de nós. Porém, alerta e cuidadosos para não sermos portadores deste vírus e contaminarmos a nós, alguém da família ou outros. Isso chama-se “amor ao próximo” e não falta de fé.
Cuide-se e cuide do outro. Faça sua parte. Evite aglomerações. Evite visitar alguém por estes dias. Obedecer as autoridades também é obedecer a Deus (explicação do 4º Mandamento no Catecismo Menor).
Oremos:
Senhor, tu sabes muito melhor do que nós quantas afrontas a humanidade levantou contra ti e continua levantando. A zombaria contra teu Filho Jesus Cristo e contra ti, ó Pai, tem crescido. Sabes melhor do que nós, de quantas vezes negligenciamos a tua palavra e a pregação. Quantas vezes andamos caminhos tortuosos, longe da tua vontade.
Chegamos a tua presença para suplicar a tua misericórdia, o teu perdão. Tem compaixão da tua criatura que fizeste a tua imagem e semelhança, mas que por causa do pecado ficou toda corrompida. Derrama sobre nós o teu perdão. Envia sobre nós o teu Espírito Santo e santifica nosso viver.
Sabemos pelas profecias do próprio Cristo e também dos santos profetas, apóstolos e evangelistas, que nos últimos tempos surgirão dias difíceis. Se estes dias se cumprirem durante a nossa peregrinação nesta terra, mantém-nos firmes na fé em Cristo, derrama sobre nós a tua paz, para finalmente alcançarmos a coroa da vida eterna. Oramos em nome de Jesus, teu Filho, nosso Salvador. Amém

domingo, 22 de março de 2020

CULTO DOMÉSTICO ( 22/03/2020)

Contatos (Sugestões e colaborações) com: Pastor Martinho Sonntag
martinho@ielb.org.br - (51) 99644-0761 ou (51) 3332-2111 (IELB)

Culto Doméstico - 02/2020 - março/2020
Para o tempo da Quaresma

1. Saudação e acolhimento (líder)
2. Oração (todos)
Amado Pai Celestial, graças te damos por mais esta oportunidade de estar na tua presença. Abençoa este Culto Doméstico, fazendo-te presente com a tua bênção. Especialmente neste período da Quaresma, lembra-nos que
somos pecadores e que nada merecemos de ti. Lembra-nos também do sofrimento e morte de teu Filho Jesus Cristo em nosso favor, conquistando para nós o teu perdão, a paz, vida e salvação. Agradecemos e te louvamos por este teu imenso amor. Perdoa os nossos pecados e ajuda-nos a viver como teus filhos resgatados da morte e da condenação por graça de Jesus.
Ajuda-nos a sermos bons cidadãos, conscientes de nossos deveres e responsabilidades, para ajudar a promover o amor ao próximo em todos os lugares. Assim, sendo luzeiros neste mundo de trevas. Por Jesus Cristo, nosso Salvador. Amém.
3. Canto - Hino 205 (HL) – “Digno és, ó Cordeiro”
1. Digno és, ó Cordeiro, de todo o louvor, graças nós rendemos por teu amor.
2. Tua seja a glória e o domínio também, para todo o sempre. Amém. Amém.
3. Teus são os poderes e os tronos também, hoje e para sempre. Amém. Amém.
4. Glória nas alturas, na terra também, glórias, aleluia! Amém. Amém.
4. Leitura Bíblica: Jo 9.1-17 (Parte do Evangelho do 4º Domingo na Quaresma indicado para o dia 22/03/2020)
5. Reflexão – Jo 9.1-17 – "Jesus e o sofrimento humano"
Caros irmãos
O Coronavírus está causando sofrimento e morte em muitos países. A humanidade está assustada, perplexa e com medo por causa da proliferação deste vírus e suas consequências. Pessoas de muitos países já foram infectadas, muitas já morreram e muitas outras ainda serão contagiadas por este vírus.
Este fato do Coronavírus e a história do texto de hoje nos levam a refletir sobre o sofrimento dos cristãos e da humanidade em geral.
Na história que lemos (Jo 9.1-17), os discípulos perguntaram a Jesus: “Mestre, quem pecou, este ou os seus pais, para que nascesse cego”? A resposta de Jesus foi: “Nem ele pecou, nem os seus pais, mas foi para que se manifestassem nele as obras de Deus”.
Na sua resposta, Jesus não discute a opinião de que a cegueira do homem é a punição por um pecado específico do cego ou de seus pais, mas enfatiza de que ali estava a oportunidade de se manifestar a obra de Deus!
Será que assim também podemos considerar a questão do CORONAVÍRUS presente na humanidade? Será que é uma punição por um pecado específico da atual humanidade, como alguns acreditam e divulgam?
Nestes últimos dias, ouvi algumas pregações e afirmações de que as intempéries (enchentes e seca em diversas regiões do país) e a pandemia são punições porque “Vocês não vão ao culto”, insistia um pastor.
Antes de qualquer posicionamento, precisamos entender que todo o sofrimento humano não é necessariamente consequência de um pecado específico, como muitos talvez acreditem, mas porque são pecadores.
É fato de que temos episódios registrados na Bíblia que relatam punições devido a um pecado específico. Por exemplo, a história de Acã (Josué 7 – ler).
Outro exemplo é o de Ananias e Safira, além de vários outros exemplos.
Porém, a Palavra de Deus deixa bem claro que o sofrimento na vida de qualquer pessoa, também na vida do cristão, é uma consequência da queda de Adão e Eva. Em Gn 3.16-19 estão registradas estas palavras: “E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te
governará. E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste
formado; porque tu és pó e ao pó tornarás”.
E agora?
Deus não nos deu o direito de julgar as pessoas, muito menos de condená-las (Lc 6.37). Por isso, não podemos afirmar que o CORONAVÍRUS é uma punição de Deus por este ou aquele pecado (por um determinado pecado).
Não sabemos os propósitos de Deus ao permitir esta pandemia.
Mas, graças a Deus, há um “outro lado da moeda”.
A Palavra de Deus expõe com muita clareza o “outro lado da moeda”. Revela a maravilhosa intervenção de Jesus Cristo na vida da humanidade. Ele veio para resgatar a humanidade da maldição do pecado. Ele pagou a nossa culpa com o derramamento de seu santo e precioso sangue ao morrer na cruz. Ele nos substituiu diante da justiça de Deus. E Deus, por seu imenso amor, perdoa e declara justos a todos aqueles que creem em Jesus Cristo
como seu Salvador. Este é o nosso consolo e que nos dá forças para continuarmos caminhando com Ele aqui neste mundo, mesmo em meio a dores.
Por sermos “simultaneamente justos e pecadores” nesta vida, não estamos livres das consequências e sofrimentos temporais causados pelo pecado.
Nosso Salvador Jesus Cristo está presente na vida de seu povo para amparar, consolar, orientar e livrar de sofrimentos, de acordo com a sua santa vontade. E tudo o que ele permite na vida dos cristãos serve para nos fortalecer na fé e confiança Nele e também para aprendermos a depender menos de nós mesmos e mais de Deus e da Sua graça. Deus tem um bom propósito em tudo que permite na vida do seu povo.
Creiamos que Deus pode curar as pessoas, como o fez com o cego de nascença. Submetamos toda a nossa vida aos cuidados de Deus e digamos com Jó, que falou no final do seu longo e forte sofrimento: “Eu reconheço que para ti nada é impossível e que nenhum dos teus planos pode ser impedido” (Jó 42.2 – NTLH).
Não basta dizer “eu creio em Deus e deixo Deus cuidar da minha vida” e viver de maneira desleixada, sem tomar cuidado com o possível contágio do vírus físico e do vírus espiritual, que é o pecado. Como bons administradores da vida que Ele nos deu, devemos zelar em preservar a nossa vida e de nossos semelhantes da melhor forma possível.
Jesus venceu e anulou o poder do “vírus do pecado” na vida do cristão e derrotou a morte com a obra de Jesus Cristo em nosso favor. O apóstolo Pedro consola a todos os que sofrem neste mundo, dizendo: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois coparticipantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus. Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de
outrem; mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome” (1Pe 4.12-16).
Sigamos em frente, sob a graça e proteção de Deus. Amém. Martinho Sonntag
6. Oração
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Graças te damos, nosso bom Deus e Senhor, pela tua graça e amparo sempre presente em nossa vida. Aprendemos de tua Palavra que, por nossa própria capacidade, jamais poderíamos apagar a culpa do nosso pecado, mas que o Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador, pagou toda a nossa culpa com a sua obra
em nosso favor, com o seu sofrimento, morte e ressurreição. Tudo isto ele faz por amor a todos nós que estávamos “mortos em ofensas e pecados”. Agora temos a fé, o perdão e a esperança da vida eterna, unicamente pelo teu favor. Louvamos-te por esta obra de amor. Hoje pedimos de maneira especial para que tenhas misericórdia da humanidade. Protege a todos contra o Coronavírus. Cura, se for da tua vontade, aqueles que já foram contaminados. Confiamos em tua graça e amor. Por Jesus
Cristo. Amém.
7. Hino: Guia-nos, Jesus (322 – HL).
a) Guia-nos, Jesus, teu caminho é luz. Vacilar nós não queremos, Sempre a ti fiéis seremos. Toma a mão dos teus, leva-os para os céus.
b) Em aperto e dor mostra o teu favor. Quando vem a desventura, O teu filho não murmura. Pelas aflições vamos às mansões.
c) Quando a provação fere o coração, sob o peso da inclemência, dá-nos sempre paciência. Faze-nos fitar o celeste lar.
d) Vem-nos conduzir ao feliz porvir. Não nos deixes sem amparo no caminho agreste e amaro. Finda a vida aqui, leva-nos a Ti.
8. Pai Nosso – em conjunto
9. Bênção em conjunto
O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre nós e tenha misericórdia de nós. O Senhor sobre nós levante o seu rosto e nos dê a paz. Amém.