SBB

domingo, 30 de setembro de 2012

REFLEXÃO

Além das tradições
Marcos Schmidt - Novo Hamburgo (artigo para jornal NH)
      A Guerra dos Farrapos deveria evocar outros valores além das tradições gaúchas. Ela ceifou a vida de 50 mil pessoas e semeou aflição e tristeza. A maioria nem sabe que boa parte da sociedade rio-grandense ficou ao lado do Império, entre eles os imigrantes alemães, os comerciantes portugueses, a classe média urbana, parte dos charqueadores e a própria cidade de Porto Alegre. É de se perguntar: se a revolução fosse hoje, com quem nós, gaúchos, ficaríamos? Com o revolucionário Bento Gonçalves ou com o governador imperialista Fernandes Braga? É fácil hoje estufar o peito e cantar que “não basta pra ser livre ser forte, aguerrido e bravo”. Mas, e na hora do “vamos ver”? As armas hoje, felizmente, são as ordens democráticas no meio de outras guerras que continuam tirando a vida de tanta gente e que obrigam em decisões corajosas. A maior delas é contra a corrupção ética, política e moral.
      No início do cristianismo muitos também sofreram por seguirem uma posição.
      Milhares de cristãos perderam a vida pelo simples fato de professar a fé em Jesus Cristo. Tornaram-se mártires. “Mártir” vem de uma palavra grega que literalmente significa testemunhar. Devido o testemunho cristão sempre resultar em perseguição e morte pelo império romano, o termo assumiu este significado – morrer por uma causa.
      Em alguns países hoje muitos ainda morrem por serem cristãos, o que graças a Deus não é o nosso caso. Mas isto não livra os cristãos das dificuldades, da cruz, do martírio. Por isto, igual às evocações farroupilhas quando se estufa o peito e cantam-se hinos que falam de lutas e vitórias por Cristo, há igual disposição pelo sacrifício pessoal? “Peço que vocês se ofereçam completamente a Deus em sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele” (Rm 12.1), convida o apóstolo. Evidentemente que isto requer as armas que Deus oferece (Efésios 6.13) num empenho que vai além de versos e tradições.

sábado, 29 de setembro de 2012

Conheça a Bíblia - DANIEL

Tema do livro: Daniel se manteve fiel a Deus, mesmo enfrentando muitas pressões quando cativo na Babilônia. Este livro inclui as visões proféticas de Daniel.

No terreno histórico, tanto o Judaísmo como o Cristianismo têm incorporado o livro de Daniel no cânon (lista dos livros inspirados por Deus), considerando-o obra autêntica do período acerca do qual afirma falar, isto é, do sexto século antes de Cristo, escrito por Daniel. Não existe base científica de nenhuma natureza que justifique afastar-se da aceita tradição judaico-cristã, no sentido de que o livro foi escrito no século VI a.C., por Daniel.
O livro de Daniel jamais deixou de despertar interesse e de provocar controvérsia nos círculos teológicos. Ao mesmo tempo, cativa os leitores com relatos de heroísmo em tempos de grande perigo e tem servido de consolo a multidão de fiéis seguidores de Deus quando leem comoventes narrativas de sua presença e bênção.
Os primeiros capítulos de Daniel narram certas experiências dos jovens judeus - Daniel e seus três companheiros - que fazem parte dos cativos judeus na Babilônia no século sexto antes de Cristo. A recusa de serem atraídos pelo mundo pagão em que viviam e os perigos que os ameaçavam por causa de sua fidelidade constituem a essência do drama. Seus livramentos - Daniel da cova dos leões, e Sadraque, Mesaque e Abdnego da fornalha ardente - demonstram o poder e o amor de Deus. Nabucodonosor, orgulhoso e seguro de sua conduta arbitrária, é humilhado até que reconheça que a providência de Deus governa inclusive a vida do rei. O drama da escritura na parede fez que esta frase fosse parte proverbial de nosso idioma hoje. O terrível pecado da arrogância diante de Deus, do qual Belsazar se fez culpado, traz com certeza a derrota e a morte. As seções narrativas do livro, entre as mais famosas da literatura, mantêm nosso interesse não somente pelo drama, mas também por sua vigência toda vez que o materialismo e o paganismo ameaçam envolver os filhos de Deus.
As visões que o livro de Daniel proporciona, quer sejam dadas a governantes pagãos ou ao próprio Daniel, são consideradas por sinceros estudiosos da Bíblia como uma visão prévia do mundo através da história até aos últimos dias. As profecias relativas aos quatro reinos e ao quinto grande reino, o Reino de Deus, constituem um quadro da marcha do império. Os quatro reinos formaram-se de acordo com a profecia; o quinto reino espera seu cumprimento por ocasião da segunda vinda de nosso Senhor.
Os grandes temas da profecia de Daniel são assunto de vital solicitude para a igreja na atualidade: a apostasia do povo de Deus, a revelação do homem da iniquidade, a tribulação, a segunda vinda, o milênio e o dia do juízo. Ao abrir o livro de Daniel, percebemos uma interpretação da história que não somente se cumpriu em grande parte, mas que se cumprirá totalmente. Esta certeza é que faz que o livro de Daniel seja de vital e significativa importância na presente época.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

FRASE DA SEMANA

Sem dúvida, nossa geração é uma geração da crise da ética.
Largas escalas da sociedade vivem sem referenciais,
o que não é sustentável por muito tempo sem prejuízos,
se não irreversíveis, no mínimo, altíssimos.”
(Werner Wiese. “Ètica Fundamental”, Edit. União Cristã e FLT, 2008, p.147)

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

UMA IMAGEM PARA REFLEXÃO

Levar as crianças aos cultos para ensiná-las o caminho do Senhor. Esse é um dos deveres de pais cristãos.
 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

ARTIGO - REFLEXÃO

Quem manda nessa favela?


“Quem manda nessa favela somos nós.” Foi exatamente isso que queriam dizer os traficantes da favela da Chatuba no Rio de Janeiro ao executar seis jovens pelo simples fato de morarem em uma favela vizinha.
     Não é diferente com os atentados terroristas, como também não é diferente da violência dentro dos lares, ou ao apelo pela aprovação do aborto. Tudo gira em torno do: “quem manda aqui sou eu!”
     Na Bíblia lemos que Pilatos mandou matar alguns galileus que estavam no templo. A chacina foi tão violenta que o sangue dos galileus se misturou com o sangue dos sacrifícios (Lc 13.1).
     Pilatos, assim como os traficantes, quis mostrar força, porém revelou fraqueza. Afinal, quando falta argumento o jeito é gritar. Quando falta domínio natural, apela-se a violência.
     Cada um de nós é um pouco de Pilatos. Cada um gosta de se fazer deusinho de algum lugar.
     Os discípulos de Jesus, seguindo a natureza pecaminosa presente em todo ser humano, igualmente queriam marcar território. Cada um queria ser mais importante do que outro. Porém Jesus os ensinou que nem mesmo Ele veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em favor dos outros (Mc 10.45).
     Diante de Pilatos, Jesus afirmou que seu Reino não é desse mundo (Jo 18.36). Enquanto autoridades e facções buscam poder e exigem que outros se curvem, Cristo lava os pés dos discípulos em humildade (Jo 13) e ensina a oferecer a outra face. Ensina que é ignorante o caminho daquele que quer ganhar e dominar as coisas – pois de que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mc 8.36).
 
Por último, para vencer as forças do mal, Jesus não convoca um exército de anjos dispostos a uma chacina, mas antes, oferece seu próprio sangue, sofrendo sobre si a condenação pelos pecados do mundo inteiro – inclusive os pecados de violência. Ele ressuscitou e quer conceder vida em abundância a todos os que nele creem, reconhecendo que há um único Deus e Senhor de tudo e de todos.
Pastor Ismar L. Pinz
ismarpinz@yahoo.com.br

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ESTUDOS DO PEM

Grupo nº 5 do PEM da Paróquia de Prudentópolis. Este é o Grupo com maior número de universitários que estudam a noite, portanto não participam dos estudos. Ainda assim tem uma frequência média de 60%.
 
 
CONGREGAÇÃO EVANGÉLICA LUTERANA PAIXÃO.
BARRA MANSA, GUAMIRANGA, PR
NO PRÓXIMO DIA 21 DE OUTUBRO CELEBRAREMOS 90 ANOS DE EXISTÊNCIA DESTA CONGREGAÇÃO.
O culto especial de aniversário será as 10 h. Ao meio dia será oferecido almoço com churrasco.
Você é nosso convidado!

domingo, 23 de setembro de 2012

REFLEXÃO

Pastor Capelão – Lucas Albrecht – Capelão Geral - Ulbra – Canoas, RS
Imagine a cena.
Você em um lugar estranho. Centenas de pessoas estão ao seu redor, mas você não conhece ninguém.
Nesta hora, o que lhe traria conforto: um arquiteto passando ao lado, a quem você pudesse chamar? Pode ser que sentir alguma espécie de energia poderia lhe fazer sentir-se melhor? Ou então, outra alternativa, ver um cara lá em cima do viaduto próximo e poder chamá-lo?
Pode existir alguma chance de algum deles poder trazer alguma coisa. Mas, certamente, nenhum deles traria o conforto, segurança e auxilio que o seu pai, ou a sua mãe, poderiam trazer.
Quando os discípulos de Jesus Cristo pediram que Ele os ensinasse a orar, o Mestre começou dizendo: “Pai Nosso...”. Numa sociedade em que o nome de Deus nem era pronunciado, Jesus não apenas diz que podemos falar direto com Ele, como ainda estimula a chamar da forma mais intima possível: Pai.
Hoje, em nossa sociedade, parece que ainda não se pronuncia o nome do Deus da Bíblia em certos ambientes, ao menos não com naturalidade. Mas a oração de Jesus Cristo permanece modelo.”Pai”. É assim que podemos chamar Aquele que, por amor, nos fez ser quem somos, nos tirando do erro e nos adotando como seus filhos.
Ainda que haja a objeção sobre a figura paterna em nossos tempos, por muitas vezes ser ausente e irresponsável. Não precisamos mirar nos maus, mas nos bons exemplos dos pais que fazem o seu melhor. E, principalmente, lembrar que Ele é o Pai por excelência, que jamais nos abandona nem nos rejeita como filhos.

sábado, 22 de setembro de 2012

Conheça a Bíblia - Ezequiel

TEMA DO LIVRO: A mensagem de Ezequiel foi dada aos judeus cativos na Babilônia. Ezequiel usou histórias e parábolas para falar do juízo, da esperança e da restauração de Israel.

A pessoa de Ezequiel se acha tão imersa na mensagem, que além de seu nome, pouco sabemos com referência a ele. Somente dois fatos de caráter biográfico podem deduzir-se do livro: que era filho de Buzi, o sacerdote, e, diferentemente de seu contemporâneo Jeremias, Ezequiel era casado. Ezequiel foi levado para a Babilônia no ano de 597 a.C., e foi chamado para o ministério profético cinco anos mais tarde. Exerceu tal ministério ativamente durante um período de vinte e dois anos, pelo menos.
O Livro de Ezequiel relata a atividade de um profeta durante o exílio na Babilônia. O profeta dirige suas mensagens a seus compatriotas cativos e também ao povo hebreu que ainda reside na Palestina. Ambos os grupos permaneceram obstinados e impenitentes, mesmo depois da captura de Jerusalém levada a cabo pelo rei babilônio Nabucodonosor, e do exílio de Joaquim, rei de Judá, juntamente com uma considerável parte da população no ano de 597 a.C. Portanto, Deus atribuiu a Ezequiel a tarefa de denunciar a casa rebelde de Israel e predizer a destruição de Jerusalém e a deportação de um número ainda maior. Seis anos depois de Ezequiel haver começado a pregar, suas palavras se cumpriram. No ano de 586 a.C., Nabucodonosor destruiu Jerusalém e levou cativos para a Babilônia quase todos os sobreviventes. Mas, a despeito da infidelidade de Israel, Deus mostrou-se misericordioso. Ezequiel recebeu instruções no sentido de proclamar as boas-novas de que o exílio terminaria e Israel recuperaria sua posição de instrumento da salvação de Deus para todos os homens.
A forma pela qual o livro de Ezequiel apresenta esta mensagem de juízo e de promessa distingue-o dos outros livros proféticos do Antigo Testamento. A organização sistemática do conteúdo constitui seu primeiro traço característico. Os primeiros vinte e quatro capítulos representam a acusação e condenação de Israel, com aterradora consequência. Esta perspectiva de juízo fica compensada na última parte (capítulos 33 a 48) com uma apresentação também procedente com o brilhante futuro que Deus tem reservado para seu povo. Estas seções compactas de ameaças e promessas a Israel são separadas por uma série de discursos endereçados às nações estrangeiras, discursos que têm duplo aspecto: pronunciam juízo e castigo sobre os perversos vizinhos de Israel, mas a destruição dos inimigos de Israel constitui também segurança de que não poderão criar obstáculos no cumprimento da promessa de Deus de redimir e restaurar seu povo escolhido.
Outro traço característico do livro de Ezequiel é a forma pela qual expressa não somente a ameaça, mas também a promessa. O livro é abundante em visões misteriosas, alegorias ousadas e estranhos atos simbólicos. Estas formas de revelação divina ocorrem aqui com maior frequência do que em qualquer outro livro profético, e se acham representadas por uma riqueza de pormenores descritivos. Todavia, o significado fundamental do livro de Ezequiel não escapará ao leitor se levar em conta que a glória de Deus e suas ações de juízo e salvação se acham apresentadas em linguagem e forma simbólicas. Aquilo que Ezequiel vê em visões, que descreve em alegorias e põe em prática numa forma que se assemelha a charadas, tem por objetivo contribuir para a certeza de que Deus leva avante seu plano de salvação para todos os homens aos quais ele havia iniciado neste pacto com Israel séculos antes. Purificado pelos juízos de Deus no exílio babilônio, o povo de Israel se tornaria de novo o veículo das promessas que se cumprirão no novo pacto e no final dos tempos. Tudo isto Ezequiel vê em perspectiva profética, na qual se sobrepõem no mesmo quadro relativo ao reino de Deus futuro e permanente algumas cenas de um futuro imediato e de um futuro distante.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

FRASE DA SEMANA

"... é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que promovem a paz.
 (Tiago 3.18)

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

IMAGEM DA SEMANA

Campos da região de Ponta Grossa, PR.
(foto de Martinho F. Voss)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

ELEIÇÕES. ELEIÇÕES??


Artigo: Corrupto eu? Nunca!
Alexandre Borella Monteiro*

       Estamos vivenciando uma época em que a política passou a fazer mais parte de nosso cotidiano, por dois motivos: o primeiro, e mais óbvio, por causa das eleições municipais; o segundo, o julgamento dos envolvidos no escândalo do Mensalão. O eleitor, acompanhando os noticiários e a propaganda eleitoral, chega à seguinte conclusão: todos os políticos são ladrões, corruptos, enfim, não prestam. Pensando dessa maneira, acaba muitas vezes nem pensando direito ou nem refletindo melhor na hora de depositar seu voto na urna eletrônica. E assim coloca todos os candidatos em um mesmo patamar e quem agradece, são os ruins. O que pretendo dizer nesse texto é a seguinte mensagem: Sabem quem é que tem o poder de mudar a política, de começar a torná-la mais limpa? É você que está lendo. A tese que pretendo desenvolver vai incomodar um pouco, mas é verdade e vai concordar comigo. O político é corrupto porque o povo é corrupto. E para explanar melhor essa ideia, usarei alguns crimes, os mais conhecidos: o peculato, a corrupção e o tráfico de influência. E vou mostrar como são praticados por gente que nem imaginamos. Gente como... você.

       Encabeça a nossa lista de crimes contra a administração pública o Peculato. Ele se consuma quando um funcionário público, fazendo-se valer do cargo, se apropria de dinheiro, valor, bem móvel ou imóvel em proveito próprio ou alheio. Em nossa mente vem a condenação de João Paulo Cunha por este crime. Mas ele pode ter sido praticado em outro lugar. Na sua cidade. Se concebemos a ideia que quando um funcionário se aproveita do cargo para se apropriar ou desviar qualquer bem, valor ou serviço da prefeitura em proveito próprio de outra pessoa como Peculato, podemos tirar algumas conclusões até meio incômodas. Uma delas: pegar a máquina de cortar grama da prefeitura para aparar o jardim de casa; sair com o carro oficial para um passeio particular; pedir que um funcionário público preste um serviço particular durante o seu horário de expediente. Não podemos nos esquecer que a gasolina do carro oficial, bem como o salário do servidor, são pagos com o dinheiro dos impostos, de todo mundo, logo, devem ser utilizados para o bem coletivo, nunca para servir a uma só pessoa.

       O segundo crime da minha lista é o de Corrupção. Este é dividido em: Corrupção Ativa e Passiva. O primeiro caso é quando alguém oferece vantagem, dinheiro ou qualquer outro benefício para que outra pessoa faça ou deixe de fazer algo. O segundo, é quando alguém solicita ou aceita vantagem, dinheiro ou qualquer outro benefício para fazer ou deixar de fazer algo. Grosso modo, o Mensalão foi basicamente um crime de Corrupção. Foi um esquema montado em que se pagava parlamentares para que votassem a favor dos projetos do governo. Mas esse é um crime praticado por todos desde a mais tenra idade. Quando um candidato a presidente de sala de aula promete deixar os amigos jogarem no seu vídeo game em troca do voto, está praticando a Corrupção Ativa. Já aconteceu de votar em algum político por causa de uma promessa de ganhar, em troca do voto, alguma vantagem, como emprego, um reparo na rua onde mora, tijolos para construir sua casa, alguma facilidade com o poder público ou qualquer coisa parecida? Se já exigiu ou aceitou essas vantagens? Se já decidiu seu voto baseado nelas, então parabéns, você acabou de entrar para um seleto grupo, ao qual pertencem pessoas ilustres, como José Dirceu, João Paulo Cunha, Marcos Valério, José Genuíno... e sabe do melhor? Não poderá mais criticar nenhum outro político, pois é tão corrupto quanto eles.

       O terceiro, é o Tráfico de Influência. Este se dá quando um funcionário público, usando sua posição, consegue para si ou para terceiros; vantagens, contratos, empregos, em detrimento da igualdade de condições. Trocando em miúdos: quando um candidato a prefeito ou a vereador promete que se eleito, vai conseguir um contrato ou mesmo um emprego, usando sua influência para frustrar a licitude de um Concurso Público, ou de uma Licitação. Nesse caso ele incorre em Tráfico de Influência e ainda comete Crime de Improbidade Administrativa que fere aos Princípios da Administração Pública, podendo perder seu mandato, ter seus direitos políticos suspensos e fica sujeito ao pagamento de multa.

       Agora pense: você nunca votou com o intuito de levar alguma vantagem? Nunca deixou de votar por não ter recebido tal vantagem? Nunca mudou de voto em virtude de ter recebido uma proposta melhor de “compra”? Se sim, apenas corrobora a tese de que o político é corrupto porque o povo também é. Se não quer fazer parte desse seleto grupo, quando souber de alguém que pretende ganhar votos oferecendo vantagens, denuncie. Esse candidato poderá ser impugnado e você poderá dizer que ajudou a limpar a política. Se um produto não é comprado, acaba saindo de circulação. E mais, um político que oferece vantagens pra ser votado, já está cometendo crimes antes de ser eleito. Se votar nele, irá ajudar a eleger alguém que sabidamente não presta. Como poderá reclamar? O jeito é denunciar, é aconselhar os outros a não depositar sua confiança em candidatos que compram votos, que oferecem empregos em troca de sua eleição. Agora, se você exigiu algo para votar, mesmo que seja um emprego, merece tanto ser punido, quanto os corruptos do Mensalão.

*Técnico em Assuntos Educadionais - Universidade Federal de Santa Maria/CESNORS

domingo, 16 de setembro de 2012

REFLEXÃO PARA DOMINGO

ALEGRIA É A SATISFAÇÃO DA ALMA
Prof. Felipe Aquino – Canção Nova
 
      Precisamos ser alegres; o cristão é alegre. A alegria faz bem para a alma. A Bíblia diz que “a alegria do coração é a vida do homem, e um inesgotável tesouro de santidade. A alegria do homem torna mais longa a sua vida” (Eclo 30,22-26).
      São Francisco de Sales dizia que “um cristão triste é um triste cristão”.
      A alegria verdadeira brota de um coração puro, que ama a Deus e ao próximo, tem a consciência tranquila, e sabe que está nas mãos de Deus.
      Mas o mundo confunde alegria com prazer; não é a mesma coisa. Prazer é a satisfação do corpo; alegria é a satisfação da alma. Há prazeres justos e até necessários, como o sabor que Deus colocou nos alimentos, o prazer do ato sexual do casal unido pelo matrimônio… Mas há também prazeres injustos, e por isso pecaminosos, quando se busca a satisfação do corpo apenas como um fim: a bebida, o sexo fora ou antes do casamento, as drogas, as aventuras que põem a vida em risco, etc.. Isso acontece quando se abusa da liberdade e se usa mal as coisas boas. Isso tem nome: libertinagem. Por exemplo, pode ser um gesto de alegria beber um copo de vinho com os amigos, mas pode se tornar num gesto de prazer desordenado se houver o abuso da bebida e se chegar a embriaguez. O mal quase sempre é o mau uso, o abuso, das coisas boas. Quantos crime e acidentes acontecem por causa dessas libertinagens!
Pense nisso!

sábado, 15 de setembro de 2012

Conheça a Bíblia - Lamentações

TEMA DO LIVRO: Tal qual Jeremias havia predito, Jerusalém caiu cativa da Babilônia. Este livro registra cinco “lamentos” pela cidade caída.


Desde época antiquíssima, tanto os judeus como os cristãos têm atribuído a Jeremias o livro das Lamentações. A Versão dos Setenta (Septuaginta) atribui a autoria do livro a esse profeta, desde o segundo século antes de Cristo, e a Vulgata o faz desde o quarto século de nossa era. Se dermos por definida a paternidade literária de Jeremias, o livro das Lamentações converte-se em "suplemento do livro de Jeremias", que com tanta frequência profetizou uma catástrofe como a que o livro das Lamentações descreve. Jeremias não adota um tom de censura em seu lamento, como quem diz: "Eu o avisei." Sente a dor das aflições de Jerusalém, e roga a Deus que não a rejeite para sempre.

O livro de Lamentações contém um tema principal. Os sofrimentos que recaíram sobre Jerusalém quando o rei Nabucodonosor capturou a cidade no ano de 586 a.C. Em uma série de lamentos, o autor expressa seu inconsolável pesar pela agonia e angústia da cidade.

O primeiro lamento descreve e explica as aflições de Jerusalém em termos gerais. O segundo descreve o desastre em maiores minúcias. Ressalta que a destruição da cidade é um juízo divino sobre o pecado. Alguns fatores fundamentais deste juízo se esclarecem no terceiro lamento. O quarto sublinha algumas lições que Jerusalém aprendeu por meio do juízo. O quinto e último lamento (poderíamos dizer mais acertadamente oração) descreve como Jerusalém, por causa de seus sofrimentos, lançou-se à misericórdia divina, esperando que Deus novamente se mostre misericordioso para com Israel, agora purificada e provada no sofrimento. Considerando-se que as Lamentações de Jeremias tratam o sofrimento como castigo sobre o pecado do povo, o cristão afligido tem no referido livro a linguagem de sua confissão, auto humilhação e invocação.  

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

FRASE DA SEMANA

"NÃO REPREENDAS O ESCARNECEDOR, PARA QUE TE NÃO ABORREÇA; REPREENDE O SÁBIO, E ELE TE AMARÁ". Provérbios 9.8

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

IMAGEM DA SEMANA

 
Nunca tinha visto uma flor assim. Um caule central e na ponta flores em formato retangular. Simplesmente FANTÁSTICA, essa obra de Deus. (Foto de Martinho F. Voss - Tirada em Witmarsum, durante o Congresso da LLLB-Paranaense.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

ARTIGO

Uma grande descoberta – (Mc 8.27-30)
     A vida é uma caixinha de surpresas. Todos os dias, descobrimos algo novo. Há descobertas agradáveis e descobertas desagradáveis. Tem gente que descobre a cura de uma doença, outro que tem uma doença. Tem gente que descobre uma maneira de ganhar muito dinheiro, outro que perdeu tudo o que tinha. Tem gente que descobre uma oportunidade de emprego, outro que perdeu o emprego; tem gente que descobre que a família irá aumentar outro que ela diminuiu; Tem gente que descobre um grande amor, outro que perdeu o grande amor.
     É correto afirmar que a vida é feita de descobertas. Há descobertas que fazemos querendo ou não. Por outro lado, há coisas que só descobrimos se corrermos atrás. Quem está vivo sempre terá oportunidade de fazer muitas descobertas. Você está aberto ou fechado às descobertas?
      “Quem é Jesus? Eu preciso saber. Quem é Jesus eu quero muito conhecer.... Tanta gente fala de Jesus, tanta gente diz o nome dele. Deve ser alguém muito importante.” (Esta é uma parte de uma música infantil, do grupo Diante do Trono)
     A letra desta música infantil retrata muito bem a realidade da maioria das pessoas dos tempos em que Jesus viveu aqui na terra e também dos tempos atuais. Saber quer é Jesus muda a nossa vida por completo. A vida de quem conhece Jesus é uma vida feliz, abençoada e vitoriosa.
     Você sabe quem é Jesus? Você quer fazer esta grande descoberta?
     Vem comigo! Vamos até a Biblioteca! Vamos pesquisar na Bíblia, a biblioteca portátil de 66 livros que conta com excelência e exatidão quem é Jesus, o que ele fez e o que ele falou.
     “O Senhor é o Messias” Mc 8.29 . Esta foi a resposta dada por Pedro em nome dos discípulos, a pergunta feita por Jesus: “E vocês? Quem vocês dizem que eu sou?”
     Esta pergunta pessoal aos seus discípulos foi feita por Jesus depois de verificar através destes que o povo que se aproximava dele e o seguia possuía um conhecimento errado a respeito de sua pessoa.
     “O Senhor é o Messias” Mc 8.29 – O evangelista Mateus registra um “detalhe” a mais muito importante “O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo”. Mt 16.16. Jesus é o Messias, mas também é, O Filho o Deus vivo. Significa que Jesus não é um enviado qualquer, mas é alguém muito especial para Deus. É o filho de Deus enviado para provar e mostrar o tamanho do seu amor pela humanidade.
     O nome Jesus vem do hebraico ישוע (Yeshua) que significa "Javé/Jeová (YHVH) salva". O nome Cristo é originária do grego e equivale ao termo hebraico “Messias’ e significa “Ungido”. Jesus foi Ungido por Deus para purificar, buscar e salvar a raça humana corrompida por seus desejos e escolhas erradas. Jesus Cristo, é o cumprimento da promessa de Deus, feita a Adão e Eva, a Abraão, Isaque e Jacó e anunciada por vários profetas, como Isaías e Jeremias.
     Jesus veio ao encontro de uma mulher de Samaria, uma mulher de vida enrolada, que vivia casando e descasando em busca de saciar a sua sede de felicidade e paz. Ali perto do poço de Jacó Jesus se apresenta aquela mulher como a fonte da água da vida, oferece água purificadora a esta mulher, fala que Deus está cansado de falsos adoradores, que ele veio para revelar que o Pai está em busca de pessoas que o adorem em espirito e em verdade. Ainda confusa a mulher responde: “Eu Sei que o Messias, chamado Cristo, tem de vir. E, quando ele vier, vai explicar tudo para nós”.Jo 4.24 - Jesus não deixa aquela mulher em dúvida. Ele afirma: “- Pois eu, que estou falando com você, sou o Messias.” Jo 4.26
     Muitas pessoas nos tempos Bíblicos descobriram ou conheceram Jesus e alguma característica dele. Estas descobertas aconteceram em situações bem diversas.
     -A prostituta no momento que ia ser apedrejada por conta de seus erros, descobre o Jesus bondoso;
     -Jairo quando a doença e a morte se abateram sobre sua família, descobre O Jesus que tem poder de dar vida;
     -Mateus, quando Jesus vai até o seu local de trabalha e o convida para segui-lo descobre um Jesus que convida pecadores para serem seus porta-vozes.
     -Zaqueu, depois de subir numa árvore quando Jesus se convida para ir a sua casa, descobre que Jesus pode mudar o coração, pensamento, atitude daquele que vive uma vida errada e revoltante;
     A espera acabou. O prometido veio. Tudo o que Deus prometeu se cumpre na pessoa de seu filho Jesus. E tudo o que é prometido em o nome de Jesus está registrado e catalogado na Biblioteca Sagrada.
     Há muitos cristãos velhos de igreja que conhecem menos de Jesus do que muitas crianças e recém, convertidos. Isso acontece porque não leem a Bíblia com regularidade. Seu contado com Bíblia é ocasional, apenas de ouvir o que é lido durante os poucos cultos que participam na igreja.
     Sabe realmente quem é Jesus somente aquele que vive ao lado dele, aquele que mantém um relacionamento sério, baseado na fé e fundamentado na Biblioteca Sagrada.
     Não é sábio se afastar Dele, nem se deixar levar por outros ensinamentos. Quem faz isso está jogando pelo ralo a única maneira que Deus criou e disponibilizou para nos socorrer e Salvar. Se você quer dar uma virada em sua vida então, hoje é o dia D. Faça como milhares de pessoas já fizeram a exemplo de Pedro e seus companheiros: “Quem é que nós vamos seguir? O senhor tem as palavras da vida eterna! E nós cremos e sabemos que o senhor é o Santo que Deus enviou”. Jo 6.68-69
     Se alguém chegasse até você dizendo: Eu já ouvi algumas coisas sobre Jesus, não sei se estão corretas, fale-me um pouco sobre Ele, o que você diária? Jesus é... Ou, onde posso me esconder?
     Para muitas pessoas, inclusive muitos que se confessavam cristãos o assunto Jesus, até hoje os fazia passar vergonha. Esta história não vai mais se repetir. A partir de hoje falar a respeito de Jesus será algo prazeroso e honroso para você. Muitas pessoas descobrirão quem é Jesus através de você. Fale o que você ouviu hoje ou até hoje, e muitas vidas serão transformadas. O que você está esperando para surpreender as pessoas?
     Jesus quer ser conhecido por todos. Esta descoberta deve ser revelada a todos. É aí que nós entramos. Devemos revelar as pessoas a grande descoberta que fizemos. Devemos contar as pessoas quem é Jesus. Falar de missão, do seu amor que tudo pode mudar. Mostrar, que Ele oferece aos que o conhecem, creem e buscam sua ajuda e seguem seus ensinamentos.
     Viva com Jesus seja fiel a ele em tudo. Empenhe-se em ajudar as pessoas a fazer esta grande e única descoberta capaz de mudar sua vida de uma vez para sempre: Jesus, o Messias!
     “Quem é Jesus? Eu preciso saber. Quem é Jesus eu quero muito conhecer.... esse é o grito que ecoa do coração de milhões de pessoas pelo mundo afora.
Pr. Elton Junges -CEL PAZ - COSMÓPOLIS - SP

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

GRUPOS DO PEM


ESTE É O GRUPO  NÚMERO 14.
Formado por 21 pessoas, moradores da localidade de Nova Boa Vista, Guamiranga, PR. Neste dia estiveram presentes 17 pessoas. A média de participação deste grupo é de  86%. Uma ótima participação. Que Deus abençoe a todas estas pessoas no seu servir ao Reino dos Céus.


domingo, 9 de setembro de 2012

REFLEXÃO PARA DOMINGO

UM HINO CONTRA A DESILUSÃO
     Ouço, ao fundo, no prédio da escola ao lado o Hino Nacional Brasileiro. Imagino que crianças, que não devem entender dez por cento da letra que arrastam, cantem a canção, talvez em pé e mãos nos peitos. Talvez aplaudam no final.
     Pode não ser muita coisa, mas é algo que fazem com um sentido coletivo, porque, desde cedo, todos somos empurrados para a lógica irrefreável do "cada-um-por-si".
     Os estrangeiros no Brasil nos vêem solidários, fraternais, grupais. Num restaurante, por exemplo, quando uma mesa canta "parabéns", as outras fazem coro. No entanto, quando se trata de civismo, parece que o máximo a que chegamos é uma fugidia emoção durante o hino da Pátria. Aí somos o que somos: totalmente "cada-um-por-sistas". E um país não se faz sem o sentimento do grupo, da coletividade, da comunidade, da nacionalidade. E este nos falta.
     Os segundos brasileiros (supondo que os habitantes primevos da terra brasilis foram os primeiros) vieram com a ilusão de que ficariam ricos aqui mas aqui não ficariam. É possível que o gene "o-que-importa-é-eu-me-dar-bem" tenha sido transferido para outras gerações, começando nas famílias (o único lugar em que o sentido de grupo ainda permanece) e chegando aos palácios, lugares imaginados para serem ocupados temporariamente por uns em benefício de todos, mas que têm sido sonhados como espaços de fabricação de pés-de-meia próprios.
     O resultado é que as pessoas em quem haja ainda algo sentido cívico (isto é, com interesse pelas coisas nacionais) procuram se afastar dos palácios. Secretamente, seus ocupantes aplaudem. Neste contexto, tem crescido o desdém pela obrigatoriedade da participação nas eleições. E pior: tem ficado mais forte, especialmente entre os jovens, o esforço pelo voto nulo. A derrama de promessas gera mais desilusão e mais apatia.
     Só que a cidade (a nação) é de todos. A razão é simples: nós vivemos nela e nenhum de nós vive sozinho.
     É por isto que a Bíblia nos diz para orar por nossa cidade (e, no contexto da ordem dada, cidade representava a nação). É também por isto que a Bíblia nos diz para orar pelas autoridades (num tempo em que essas autoridades perseguiam os que intercediam por elas). E é ainda por isto que a Bíblia nos concita a fazer a nossa parte para que vivamos bem.
     Só ora quem tem esperança. Sem oração não há esperança. Sem esperança não há ação.
    (Terminou o canto ao lado. Não ouvi, mas espero que também tenham orado pela Pátria.)

     Vemos nos parabrisas repetida a primeira parte do versículo 12 do salmo 33: "Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor". Embora o texto se refira ao povo antigo de Israel, podemos nos apropriar deste desejo para o nosso país.
     Uma nação que tem a Deus como Senhor não tem como senhores a desigualdade, a corrupção e a violência. Nestes quesitos continuamos campeões. Nosso IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é um acinte, verificando-se um crescimento muito tímido.
     O momento é de otimismo, diante dos avanços do plano econômico, e devemos nos alegrar com o desenvolvimento, cujos benefícios se espanham verticalmente. Já temos até um clube de milionários, segundo os padrões internacionais. O momento é também de manter ligadas as antenas da crítica e da indignação contra todas as formas de engano.
     No plano pessoal, precisamos estar vigilantes para que um pouquinho mais de dinheiro não nos torne prepotentes e insensíveis. Precisamos ter a cívica coragem de transformar nosso conhecimento da realidade em transformação desta mesma realidade. Um blá-blá-blá que não suja as mãos é apenas um blá-blá-blá. Precisamos entrar em ação e cada um fazer a sua parte para o bem do coletivo.
Israel Belo de Azevedo

sábado, 8 de setembro de 2012

Conheça a Bíblia - Jeremias

TEMA DO LIVRO: Muito antes da destruição de Judá pela Babilônia, Jeremias predisse o justo juízo de Deus. Embora sua mensagem seja majoritariamente de destruição, o profeta também falou do novo pacto com Deus.


Jeremias ditou as profecias e Baruque as escreveu. O Novo Testamento contém numerosas referências a Jeremias. O prolongado ministério de Jeremias, que durou mais de quarenta anos, estendeu-se desde o ano de 625 a.C. até poucos anos depois que Judá deixasse de ser um estado, no ano de 586 A.C. Mais de cinquenta nos de apostasia religiosa sob o reinado de Manassés foram, finalmente, seguidos de uma reforma religiosa no governo de Josias (621-607 a.C.). Jeremias apoiou a reforma com entusiasmo até perceber que o coração do povo não mudava. Dois anos após a morte de Josias, a batalha de Carquemis (605 a.C.) consolidou o domínio babilônico sobre a Ásia Ocidental. A partir daí, Jeremias defendeu a submissão a Babilônia, porém não teve êxito. Por causa da administração dos últimos quatro reis de Judá, dos vinte e um anos de apostasia religiosa e fraqueza política, tornou-se inevitável a queda de Jerusalém no ano de 586 a.C. e o consequente exílio.

As angustiosas circunstâncias sob as quais Jeremias trabalhava e a extraordinária extensão com que a idolatria tomara o lugar da religião revelada em Judá manifestam-se com clareza nas predições de Jeremias. Igualmente, a angústia espiritual de Jeremias é causada por esta apostasia. Contudo, não era ele um homem pessimista. Era, essencialmente, guerreiro de Deus, porém um guerreiro que também exercia as funções de atalaia e testemunha. O primeiro capítulo descreve o chamado de Jeremias para o ministério profético. Os capítulos 2 a 13 capacitam-nos a reconstruir as condições em que ele profetizava, enquanto os capítulos 14 a 33 nos revelam sua consciência de Deus e sua comunhão com ele.

Nos oráculos de Jeremias, Deus, o Governante moral do mundo, é o Deus das alianças de Israel. Por meio de Israel, procurou atingir fins morais. Em realidade, o adultério, pelo assim dizer, do reino setentrional com os baalins obrigou Deus a dar-lhe carta de divórcio, ou seja, mandá-lo para o exílio. Judá, o reino meridional, não tirou proveito da experiência de Israel. Na verdade, superou a Israel na prática de impurezas sexuais, a despeito de rejeitar as acusações de infidelidade religiosa. Portanto, Deus teve de castigá-la.

O arrependimento poderia ter suspenso o processo de divórcio (exílio), apesar de seus adultérios, visto como a graça divina é imensa. Todavia, tão arraigada estava a imoralidade em Judá que a nação não era capaz de corrigir-se moralmente. Aos poucos foram desaparecendo as virtudes sociais. Nem os sacrifícios nem os ritos poderiam substituir o arrependimento e a justiça. A espantosa pecaminosidade de Judá significava que o pecado devia ser congênito, por conseguinte, não tinha capacidade moral. Esse pecado nascia de uma natureza pecaminosa. O juízo e o exílio eram inevitáveis. Mas o exílio não era a última palavra.  

Voltaria um remanescente para viver sob a administração messiânica, em um ambiente de segurança religiosa e social. O governo justo do Messias sobre um povo reto contribui para explicar a doutrina do novo concerto de Jeremias. As pessoas seriam justas porque teriam o coração renovado. Obedeceriam às leis de Deus de coração espontaneamente. A nova aliança, garantindo o perdão e uma dinâmica espiritual interior, transcenderia o legalismo da antiga aliança. Finalmente, pelo sacrifício e morte de Cristo, e mediante a manifestação regeneradora interior do Espírito Santo, a nova aliança se tornaria realidade.  

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

FRASE DA SEMANA

"SE O GOVERNADOR  DÁ ATENÇÃO A PALAVRAS MENTIROSAS, VIRÃO A SER PERVERSOS TODOS OS SEUS SERVOS".  Provérbios 29.12
 
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Que o bom Deus abençoe nossa nação. Que haja justiça no meio do povo.  
FELIZ 7 DE SETEMBRO. FELIZ INDEPENDÊNCIA AO POVO BRASILEIRO.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

VÍDEO DA SEMANA

 
TU ÉS FIEL SENHOR - Quarteto Gileade

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

IMAGEM DA SEMANA

 
 
NASCER DO SOL EM PRUDENTÓPOLIS (13/08/12) Foto de Martinho F, Voss

terça-feira, 4 de setembro de 2012

REFLEXÃO PARA SEMANA DA PÁTRIA

DEUS AMA O BRASIL? ( Atos 10.34-35)
Israel Belo de Azevedo
 
     É muito comum ouvirmos a expressão de que Deus é brasileiro, às vezes como anedota e às vezes como admiração. Será?
     Na antiguidade, os hebreus achavam que Deus era hebreu. Pregando aos seus ouvintes da cidade de Cesareia, para onde se deslocara, vindo de Jerusalém, distante 60 quilômetros, na casa de um militar italiano, de nome Cornélio e que o mandara buscar, Pedro reconheceu, mudando sua perspectiva: "Agora percebo verdadeiramente que Deus não trata as pessoas com parcialidade mas de todas as nações aceita todo aquele que o teme e faz o que é justo" (Atos 10.34-35 -- NVI).
     Uma revelação divina lhe convencera que Deus ama a todas as pessoas independentemente do seu país de nascimento, que podemos ampliar para: independentemente da cor da sua pele, da sua condição econômica ou da sua ilustração intelectual. Deus é apaixonado por todos os seres humanos.
     Deus se interessa pelas nações. Interessa-se e muito. A Bíblia é a história deste interesse. A própria "conversão" de Pedro a uma visão universalista e não nacionalista mostra este interesse. Deus quer que, no interior dos países, pessoas se importem com a justiça, para o bem dos habitantes destes países. Deus ama a justiça e odeia a iniqüidade (Salmo 45.7) É por isto que Deus "com retidão julga os necessitados, com justiça toma decisões em favor dos pobres" (Isaías 11.4).
     Deus odeia os que praticam o mal (Salmo 5.5), em todas as suas formas:
"Há seis coisas que o Senhor odeia, sete coisas que ele detesta:  olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que traça planos perversos, pés que se apressam para fazer o mal, a testemunha falsa que espalha mentiras e aquele que provoca discórdia entre irmãos" (Provérbios 6.16-19).
     É contra estas práticas que Deus odeia (e, quando Deus "odeia", Deus não odeia num sentido moral, mas emocional: ele sente tristeza com as escolhas humanas, fora de seus projetos de bem e de paz para o ser humano) que devemos lutar, no plano pessoal, comunitário e nacional. Na verdade, estas nossas ações compõem o arco de tarefas do verdadeiro civismo. Estamos diante de um elenco de compromissos relacionados à cidadania. Civismo e cidadania são sinônimos e têm a ver como uma forma de viver numa cidade, pensada como a nação antes do surgimento dos chamados estados nacionais, que são coisas modernas.

     Há alguns compromissos, portanto, que precisamos assumir para ter uma pátria onde se possa viver com tranqüilidade e dignidade.


     1. Devemos orar por nossa pátria.     A recomendação está na Bíblia: "Busquem a prosperidade da cidade para a qual eu os deportei e orem
ao Senhor em favor dela, porque a prosperidade de vocês depende da prosperidade dela’ (Jeremias 29.7). Quando a Bíblia nos aconselha a orar pela paz da cidade, aconselha-nos a orar, nos termos da organização moderna, pela paz de nossa pátria. É assim que devemos ler a recomendação feita por intermédio de Jeremias: Não pode ser outra a verdade, em qualquer tempo e em qualquer nação: "Pela bênção dos justos a cidade é exaltada, mas pela boca dos ímpios é destruída" (Provérbios 11.11).
     O interesse de Deus é que haja justiça em nosso país. Ele mesmo nos diz que "o governante sem discernimento aumenta as opressões" (Provérbios 28.16).
     Neste contexto fica claro porque devemos orar "pelos reis e por todos os que exercem autoridade": é "para que tenhamos uma vida tranqüila e pacífica, com toda a piedade e dignidade" (1Timóteo 2.2) Orar pelos dirigentes é orar pela pátria.
     Reis e autoridades atuam dentro de limites geográficos. A razão de ser da existência deles é prover para todos uma vida tranqüila e pacífica. A partir do momento em que falham, devem ser substituídos, seja pelo voto ou pelo "impeachment". Em caso extremo, quando os dirigentes se tornam predadores, pela revolução. Não devemos idolatrar os dirigentes nacionais, mas orar por eles para que façam bons governos. A história do Brasil é a história de políticos predadores; por isto, não
somos a potência que poderíamos ser. Os políticos predadores existem por falta de vergonha deles, mas também por não sermos os cidadãos que precisamos ser.
     Como escreveu um médico recentemente, também "desconfio que a desgraça que nos assola resulte de uma coreografia insana que mistura uma histórica desigualdade social, governos descomprometidos com a condição humana e ações nefastas de um sem-número de oportunistas que tomaram de assalto, espraiaram-se e passaram a consumir o Estado". (Miguel Srougi, na Folha de S. Paulo, de 6.9.2009)

     2. Devemos promover a justiça em nossa pátria.     A verdadeira cidadania é aquela que prima pela justiça nas relações pessoais, promove a justiça nas relações comunitárias e luta pela justiça na vida nacional.
     Um país justo é feito de pessoas justas.
     Uma pessoa justa não tolera a corrupção, esse cancro de classe mundial.
     Uma pessoa justa não tolera a desigualdade; antes, deseja um país com oportunidades iguais para todos.
     Uma pessoa justa não tolera a violência, começando no recôndito do seu lar.
     Muitas vezes somos capazes de desejar que o nosso país seja o que nós não somos. Quando vejo um sofá jogado no leito de um rio, posso
imaginar que quem fez isto é capaz de participar de uma passeata em defesa do meio ambiente. Lembro-me da história da jornalista Délis Ortiz chegando ao Rio de Janeiro de táxi. Depois de ouvir o taxista desancar os ladrões de Brasília e propor um dia sem corrupção, ela o corrigiu forte: "Veja como são as coisas, seu moço. O senhor veio de lá aqui destilando a ira de um trabalhador honesto. No entanto, se aproveitou do fato de eu não saber andar na cidade, empurrou uma bandeirada, andou acima da velocidade permitida, furou sinal, deu voltas, fingiu que me deu o troco certo e diz que não tem nota fiscal! (...) O senhor acha mesmo que ladrões são aqueles que estão em Brasília? Que diferença há entre o senhor e eles?" (ORTIZ, Delis. A cara do Brasil. Disponível em )

     3. Devemos amar a pátria em que nascemos.
     Sim, Deus não é brasileiro, como não é japonês ou judeu. De fato, Deus não define as chamadas fronteiras nascimento, que é tarefa humana, essencialmente humana. A utopia humana fala de um mundo sem fronteiras entre as nações. Assim mesmo, as nações existiriam, só que sem barreiras à entrada e saída nelas. Deus não define fronteiras, mas nós nascemos numas. Se aqui é o nosso lugar, façamos deste lugar um lugar decente.
     Deus não é brasileiro, mas nós podemos ser brasileiros. Podemos ser porque nem todos os que nasceram aqui são efetivamente brasileiros, porque brasileiro é aquele que faz a sua parte para que este país seja grande.
     Nós devemos ter "orgulho" de nossa pátria, não porque seja melhor que as outras, não porque seja mais amada por Deus dos que as outras, mas porque nascemos aqui. Faz parte de nossa história. Amá-la é amar a nós mesmos.
     Nós podemos e devemos amar a nossa pátria, que cada um de nós tem o dever de torná-la melhor para si e para os outros.
     Não dá para amarmos o mundo inteiro, mas podemos amar a nossa pátria.

     4. Devemos buscar o progresso de nossa terra.
     Não dá para trabalhar pelo mundo inteiro, mas dá para trabalhar pela nossa pátria.
     Temos ouvido, de novo, que o Brasil se encaminha para se tornar uma potência mundial. Como escreveu o professor Luiz Carlos Bresser-Pereira, "nesta década estamos começando a reagir, a pensar em termos do grande país que somos". (BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Euclydes e identidade nacional. Disponível em )
     No entanto, nossos indicadores hoje, tanto econômicos quanto sociais, são péssimos. Em quase todos os quesitos, estamos na parte de baixo dos quadros estatísticos. Emprestamos dinheiro para o FMI. Saímos rápido da crise econômica mundial de 2008/2009. Temos o nono ou décimo PIB (Produto Interno Bruto) entre 180 países. Contudo, quando dividimos este PIB pela população (PIB per capita, como se diz), caímos para o 45º lugar. Quanto ao IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que mede itens como acesso à educação, expectativa de vida e distribuição de renda, a vergonha é grande, porque ficamos na posição 70, entre 75 dos países que são avaliados, à frente apenas de Cazaquistão, Equador, Rússia, Maurício e Bósnia e Herzegovina.
Seremos potência? Devemos querer ser potência?

     Uma nação em que vale a pena viver, potência ou não, constrói-se com temor ao Senhor.
     Precisamos de cidadãos que temam ao Senhor. Sem temor ao Senhor, o crescimento econômico é uma ilusão, que apenas vai ampliar o fosso entre ricos e pobres. Paulo chama a este temor, termo do Antigo Testamento, em piedade (1Timóteo 2.2). É a piedade que nos afasta dos interesses meramente pessoais.
     Uma nação em que vale a pena viver, potência ou não, promove, como programa de governos e famílias, os bons valores, que são, entre outros, o valor do RESPEITO um pelo outro (como pensado por Voltaire: "Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las"), da SOLIDARIEDADE para com o outro (como ensinou Madre Teresa de Calcutá, "os pobres que buscamos podem morar perto ou longe de nós. Podem ser material ou espiritualmente pobres. Podem estar famintos de pão ou de amizade. Podem precisar de roupas ou do senso de riqueza que o amor de Deus representa para eles. Podem precisar do abrigo de uma casa feita de tijolos e cimento ou da confiança de possuírem um lugar em nossos corações") e a PAZ nos relacionamentos (sabendo, como convida John Stott, "Deus é um pacificador. Jesus Cristo é um pacificador. Então, se queremos ser filhos de Deus e discípulos de Cristo, devemos ser pacificadores também")

     Uma nação em que vale a pena viver, potência ou não, é aquela em que há expectativa de vida para os seus cidadãos, expectativa que vem por meio da possibilidade de trabalho para os que podem trabalhar, da garantia do direito de ir e vir (segurança) e do oferecimento de sistemas de saúde e educação realmente universais.
     Queremos uma vida tranqüila e pacífica? Vivamos com toda a piedade e dignidade. (1Timóeo 2.2)

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

V CONGRESSO PARANAENSE DE LEIGOS LUTERANOS

Colônia Witmarsun,  no município de Ponta Grossa foi o lugar escolhido para este evento dos leigos luteranos do Paraná, nos dias 24,25,26 de agosto de 2012.
Como podem ver, é um local muito bonito e acolhedor.
Centro de Retiros Leão de Judá.
 
A primeira Lalestra com fundamentação teológica e doutrinária, baseada no lema do Congresso: "Leigos Cristãos, Fundamentados sobre a Rocha", foi dirigida pelo pastor Wanderlei Maicon Lange, da Congregação Ressurreição de Imbituva, PR.
 
A segunda palestra, também sobre o lema, mas com fundamentação motivacional, foi dirigida pelo professor e palestrante Gilcler Regina.
As duas palestras foram fantásticas. 
!68 pessoas participaram do evento. Esta é a galera do fundão.
 
A nova diretoria, formada por leigos do Distrito Sete Quedas, foi instalada no final do Culto. Em 2014 O Congresso Regional de Leigos do Paraná será neste Distrito.
A todos os leigos, chamados para o trabalho do Senhor Deus, desejamos sucesso na vida. Que o bom Deus vos abençoe espiritual e materialmente.
 
 


domingo, 2 de setembro de 2012

REFLEXÃO DE DOMINGO

     Nascemos para fazer o mal

      Todo mundo gosta de ressaltar a “pureza” das crianças. Dizem que elas são “tão puras e inocentes” e que, conforme vão crescendo, perdem estas características. Mas a Bíblia afirma que somos maus desde o nosso nascimento (Sl 51.5). Você pode perguntar: Como assim? Desde que Adão e Eva cometeram o primeiro pecado, nós herdamos esta característica, que passa de geração em geração. Nascemos pecadores, inclinados para fazer o mal. Por mais que queiramos fazer sempre o bem, não conseguimos, por causa da nossa natureza pecaminosa. Ainda bem que Jesus pagou com a sua vida o alto preço pelas nossas atitudes. Vamos continuar pecando, mesmo não querendo. Mas sempre que confessamos os nossos erros, arrependidos, podemos ter certeza de que Cristo nos dá o perdão, e voltamos a ser amigos de Deus novamente. Que bom que é assim. Que bom que temos Jesus Cristo.

      Oremos: Senhor Jesus, obrigado porque morreste por mim na cruz, para perdoar os meus pecados. Só assim posso ter certeza de que Deus me aceita como filho. Amém.

      Leia em sua Bíblia: Salmo 51.3-5

Pastor Régis Duarte Müller de Governador Valadares-MG

sábado, 1 de setembro de 2012

Conheça a Bíblia - ISAÍAS


         TEMA DO LIVRO: O profeta Isaías trouxe a mensagem de juízo de Deus às nações, anunciou um rei futuro, à semelhança de Davi, e prometeu uma era de paz e tranquilidade.

         Isaías, filho de Amós, provinha, ao que parece, de uma rica e respeitável família de Jerusalém, visto que não somente se registra o nome de seu pai, mas ainda desfrutava de estreita relação com a família real e com os mais altos funcionários do governo. Embora, talvez, tenha iniciado seu ministério profético no final do reinado de Uzias, menciona o ano da morte deste rei, provavelmente 740 a.C, como a época em que recebeu a unção e incumbência especial de Deus no templo (capítulo 6). Foi-lhe ordenado que pregasse com intrepidez e de modo inflexível uma mensagem de advertência e denúncia contra seu povo, pela impiedade de conduta e pela idolatria, chamando a nação para um sincero arrependimento e reforma religiosa. O idólatra rei Acaz odiou-o e criou-lhe obstáculos, mas foi favorecido e respeitado pelo rei Ezequias (716-698 a.C.), o qual, contudo, não levou em conta as advertências do profeta contra a aliança com o Egito. Isaías foi, provavelmente, martirizado pelo rei Manassés, brutal e depravado filho de Ezequias, isso por volta do ano 680 a.C.    

         Isaías é conhecido como o profeta evangélico, visto que nos proporciona a mais ampla e clara exposição do evangelho de Jesus Cristo registrada no Antigo Testamento. Semelhante, em determinados aspectos, à epístola aos Romanos no Novo Testamento, Isaías serve de compêndio das grandes doutrinas da era pré-cristã, e se ocupa de quase todos os pontos cardiais na escala da teologia. Acentua de modo especial a doutrina de Deus, sua onipotência, sua onisciência e seu amor redentor. Em confronto com os deuses imaginários dos adoradores pagãos de ídolos, Deus se revela como o verdadeiro Deus, o Soberano Criador do Universo, que ordena todos os acontecimentos da história de acordo com um plano-mestre que ele próprio estabeleceu. Mediante a demonstração de sua autoridade e inspiração de sua Palavra, cumpre maravilhosamente as predições pronunciadas muito antes pelos profetas. Ele é o mantenedor da lei moral, que traz a juízo todas as nações ímpias dos pagãos, inclusive as mais ricas e poderosas dentre elas, e destina-se ao montão de cinzas da eternidade, ao passo que seu povo escolhido vive para lhe glorificar o nome.

         É, acima de tudo, o Santo de Israel que Isaías apresenta como o Senhor que o inspirou a profetizar. Em sua qualidade de Santo, exige acima das formalidades da adoração mediante sacrifícios, o sacrifício vivo de uma vida piedosa. Para este fim, apresenta as mais vigorosas persuasões dirigidas à consciência de seu povo, tanto na forma de advertência e apelos proféticos, como nas ameaças de castigo destinadas a levá-los ao arrependimento. Mas, na qualidade do Santo de Israel, apresenta-se como responsável para com seu povo da aliança, e o fiador fiel de suas misericórdias promessas de perdoar-lhes, quando se arrependerem, e libertá-los do poder do inimigo. Está preparado para resgatá-los dos assaltos de seus arrogantes opressores gentios, e trazê-los, da escravidão e do exílio, para a Terra Prometida.

         Entretanto, na análise final, até mesmo os crentes israelitas, instruídos nos ensinos do Antigo Testamento e usufruindo de incomparáveis privilégios de acesso a Deus, demonstram ser inerentemente pecaminosos e incapazes de salvar-se a si mesmo do mal. Seu livramento final só pode provir do Salvador, do Messias divino e humano. Este Emanuel, nascido de uma virgem, que é o próprio poderoso Rei, estabelecera seu trono como rei de toda a terra, e porá em vigor as exigências da santa lei de Deus, ao estabelecer a paz universal, a bondade e a verdade sobre o mundo todo. Contudo, este Messias soberano obterá o triunfo somente como Servo do Senhor, rejeitado e desprezado por seu próprio povo, oferecendo seu corpo sagrado como expiação pelos pecados deles. Mediante o sofrimento e a morte, libertará a alma não somente dos verdadeiros crentes de Israel como nação, mas também de todos os gentios (pessoas não judias) de terras distantes que abrirem o coração para receberem a verdade. Tanto os judeus como os gentios formarão um rebanho de fé e constituirão os súditos felizes de seu Reino, que está destinado a estabelecer o governo de Deus e assegurar a paz de Deus sobre toda a terra.