SBB

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

MENSAGEM DE ESPERANÇA

 Estou contente!

    “Portanto, se temos comida e roupas, fiquemos contentes com isso” (1Tm 6.8).
    Esse conselho bíblico sobre estarmos satisfeitos parece realmente vindo de outra realidade. Temos tantos desejos, não é? E esses desejos são alimentados diariamente por propagandas e personalidades. Queremos mais. E queremos mais do melhor. “Que mal há nisso?”, nos perguntamos enquanto continuamos descontentes, insatisfeitos.
    Imaturos, levamos tempo demais para descobrir que o que nos faz feliz, de verdade, não se compra. No entanto, quando somos realmente felizes, não caímos nas armadilhas de desejos tolos. Quando recebemos a alegria da vida que Deus oferece em Jesus, aprendemos a viver contentes em toda e qualquer situação pois já somos felizes. E cada bocado de pão é recebido com um coração tranquilo, em paz, contente.
    Oração: Pai, ajuda-me a não ser iludido por falsas alegrias. E que, sob o teu amor e perdão, eu viva diariamente a alegria da tua salvação. Em nome de Jesus. Amém
Mensagem de esperança - Hora Luterana.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

REFLEXÃO PARA A SEMANA

 MENTIRAS AGRADÁVEIS!!!

    Mentiras agradáveis ou verdades que doem? O que você prefere? Pensando com calma, escolheremos não viver na mentira. Mas, no calor da vida, na luta perdida contra o egoísmo, acabamos acostumando os ouvidos e o coração a somente aceitarem aquilo que não nos acusa, que não machuca e revela o pior em nós. E então Jesus “disse para os que creram nele: — Se vocês continuarem a obedecer aos meus ensinamentos, serão, de fato, meus discípulos e conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (João 8.31-32). A verdade dói: somos pecadores, e, sem a verdade, caminhamos para a morte e para a condenação no inferno. Mas a verdade liberta: Jesus pagou pelos nossos pecados, e todo o que nele crê já tem a vida, eterna. Jesus é a verdade que nos liberta e dá vida. Prefira sempre a verdade!
    Oração: Senhor Deus, não permitas que eu me deixe enganar por mentiras que afagam o meu ego mas me afastam da verdade que é Jesus. Em nome dele eu peço. Amém.
    Leia em sua Bíblia João 8
Hora Luterana

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Culto Doméstico - 29/2020 – 27/09/2020

 


17º Domingo após Pentecostes

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1. Saudação e acolhimento

2. Invocação: Iniciamos este culto doméstico em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém

3. Oração:  Amado Pai celestial, graças te damos porque és o nosso Deus de amor. Enviaste o teu Filho Jesus Cristo ao mundo para, com a sua morte e ressurreição, nos salvar.

Confessamos diante de ti os nossos pecados e suplicamos que nos perdoes por amor de Jesus, nosso amado Salvador. Assiste-nos também com o teu Espírito Santo, mantendo-nos na fé e confiança em tuas promessas.

Queremos te servir e proclamar o teu evangelho para que muitos sejam salvos por tua graça. Motiva-nos e capacita-n     os para que falemos a muitos sobre o teu amor e em Jesus Cristo. Mantém-nos em unidade de fé, com a assistência do teu Espírito Santo. Abençoa este Culto Doméstico, por graça de Jesus Cristo. Amém.

4. Hino: (140 – HL)

1. Grande Deus, o teu louvor / hoje unidos entoamos. / Teu excelso e eterno amor com os anjos celebramos e, prostrados ante ti, / vimos te adorar aqui.

2. Cristo, o Salvador veraz, / com amor em nós domina. / Tua graça, tua paz, ó Senhor, ao mundo ensina, / que, remido, em tua luz / possa andar, ó Rei Jesus.

3. Seja ao Pai, eterno Deus, / ao Espírito da vida / e a Jesus, nos altos céus, honra sem cessar rendida. / Infinito é seu amor; / cantem todos seu louvor.

5. Leitura Bíblica: Salmo 25.1-10 (Salmo para o 17º domingo após Pentecostes).

6. Reflexão: Leitura de : Filipenses 2.1-4; 14-18 –

Tema: Relacionamento saudável entre cristãos.

        O apóstolo Paulo inicia a epístola com elogios à congregação de Filipos pela cooperação com ele e com o trabalho de evangelização. Ele escreve: “Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós, fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vocês, em todas as minhas orações, pela vossa cooperação no evangelho, desde o primeiro dia até agora” (Fp 1.3-5).     Também agradece pelo apoio que lhe deram, dizendo: “Alegrei-me, sobremaneira, no Senhor porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuidado; o qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade. ... Todavia, fizestes bem, associando-vos na minha tribulação. E sabeis também vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros; porque até para Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as minhas necessidades” (Fp 4.10 e 14-16).

        Que bela lembrança dos irmãos filipenses! Paulo é muito grato e dá graças a Deus por tudo o que lembra deles.

        Mas, apesar da colaboração exemplar da congregação, o apóstolo viu a necessidade de admoestá-los e orientá-los porque foi informado de que enfrentavam alguns problemas internos de relacionamentos entre eles.

        Havia discórdia e os relacionamentos entre eles foram abalados. Os trabalhos da congregação foram prejudicados. Paulo cita, por exemplo, a discórdia entre duas mulheres de destaque na igreja: Evódia e Síntique (Fp 4.2). Alguns procuravam a honra e a glória pessoal e se sobrepunham aos outros. Em consequência, estabeleceu-se uma competição entre eles. Paulo lamenta: “É verdade que alguns deles anunciam Cristo porque são ciumentos e briguentos ...” (Fp 1.17 – NTLH).

        Informado a respeito do ambiente na congregação, Paulo apela para que pensem no amor de Cristo e vivam “por modo digno do evangelho de Cristo” (Fp 1.27). Escreveu: “Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias, completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento” (Fp 2.1-2).

        Paulo apresenta várias recomendações aos filipenses para restabelecer os relacionamentos harmoniosos na igreja. Na reflexão de hoje destaco apenas duas sugestões do apóstolo:

        1º - “... que penseis a mesma coisa” (v. 2)

        Paulo não está dizendo que os cristãos devam ter unanimidade de pensamentos em todos os assuntos no que se refere à organização, administração e estratégias de trabalho da igreja. Porém, no que se refere à doutrina bíblica, à fé cristã e aos princípios divinos da moralidade cristã (10 Mandamentos), é necessário que haja unanimidade. Ninguém pode abdicar deles. São invariáveis e permanentes.

        Em outras áreas há liberdade de opinião, porém deve haver cuidado para que a legítima diversidade de opinião não provoque desentendimentos entre cristãos, como por exemplo, sobre assuntos que chamamos de adiáforos (Assuntos não doutrinários, variáveis).

        E, mesmo se houver diferentes opiniões nestes assuntos, o consenso e a harmonia são alcançados com um diálogo respeitoso e amoroso, baseado no amor de Deus nos corações. A pessoa que se julga mais sábia e mais forte na fé cederá aos outros, revelando grandeza de espírito e disposição para promover a paz e a harmonia. O apóstolo ratifica este pensamento: “Que ninguém procure os seus próprios interesses, mas também os dos outros” (v.4 – NTLH).

        Vivemos num país em que há várias ideologias políticas divergentes. Alguns partidos políticos adotam estas ideologias. As congregações que estão inseridas neste ambiente precisam ter o cuidado para evitar discussão política partidária em seu meio. Uma discussão desta natureza facilmente gera conflitos entre os congregados, prejudicando a harmonia e o trabalho da igreja. A militância partidária e as discussões sobre política partidária não devem acontecer na congregação. Jamais deverá ser promovida pela liderança eclesiástica.

        O que afirmamos aqui não impede que os cristãos se envolvam com a sadia política. Podem filiar-se a um partido político, mas na igreja “Vivemos, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo ... lutando juntos pela fé evangélica” (Fp 1.27).

        2º - “ ... tenhais o mesmo amor”

        O amor de Deus no coração de cada um fará com que as pessoas se amem mutuamente e superem eventuais divergências. Jesus disse: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.35).

        O apóstolo Paulo escreve: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (v.6). Cristo se humilhou para servir a humanidade.         Assim também os cristãos estarão prontos para renunciar suas opiniões em favor do bom entendimento com os irmãos na igreja e na família.

        Conclusão

        Paulo incentivou os filipenses à prática da comunhão fraterna. Pede que haja entendimento e harmonia entre eles. Que tenham um propósito em comum. Este apelo também é para nós: “... pois tendes o mesmo combate que vistes em mim e ainda agora ouvis que é o meu” (Fp 1.30).

        Deus nos mantenha unidos e fortalecidos neste propósito. Amém.

        Martinho Sonntag

7. Hino – Refúgio e fortaleza

1. Refúgio e fortaleza Deus sempre é. Socorro bem presente Nas tribulações. E mesmo se os montes Vierem a estremecer, Em Jesus eu quero sempre, Sempre crer.

Refrão: :: Deus conosco está, Sim está. Filho de Davi. O Senhor dos Exércitos Nosso refúgio é. ::

2. Refúgio e fortaleza Deus sempre é. Existe uma cidade Do Deus de Jacó, Jamais será abalada, Jamais sucumbirá. Vida eterna e salvação Jorrará! Refrão :: Deus conosco está, Sim está. Filho de Davi. O Senhor dos Exércitos Nosso refúgio é. ::

8. Oração

Senhor Jesus, hoje te agradecemos por uma maravilhosa dádiva que nos deste: Pela igreja da qual somos membros. Agradecemos-te pelos cultos, pelo Batismo, pela Santa Ceia, pela comunhão cristã que experimentamos ao adorar-te na igreja.

Agradecemos-te por pertencermos à família de Deus. Agradecemos-te pela Escola Dominical, pelo grupo dos jovens, pelo grupo de estudos bíblicos, pelos belos hinos pelos sons dos instrumentos musicais que acompanham o canto da congregação.

Agradecemos-te por tua Palavra, pelo perdão, pela fé, pelos pastores, por todos os congregados que estão conosco e por tua bênção, Senhor. Abençoa a nós e a todos os cristãos do mundo. Guarda-os sob tua proteção. Ouve-nos, por amor de Jesus Cristo. Amém.

9. Pai Nosso

10. Bênção

O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre nós e tenha misericórdia de nós. O Senhor sobre nós levante o seu rosto e nos dê a paz. Amém

11. Hino 186.1 – A semana é já passada, / com tua ajuda, ó bom Senhor; / com tuas bênçãos na jornada / nos guardaste em ânsia e dor. / Pelo bem de ti obtido / vem entoar de coração / o teu povo, aqui reunido, o seu canto em gratidão.


quarta-feira, 23 de setembro de 2020

MENSAGEM DE ESPERANÇA

Esconde-esconde

    Não dá para brincar de esconde-esconde com Deus. “Não há nada que se possa esconder de Deus. Em toda a criação, tudo está descoberto e aberto diante dos seus olhos, e é a ele que todos nós teremos de prestar contas” (Hb 4.13).
    Com tudo aberto diante dos seus olhos, não temos como esconder de Deus os nossos desejos tolos, o nosso orgulho, a nossa insatisfação, as nossas injustiças, a nossa falta de fé, o nosso egoísmo, os nossos pecados. Podemos até negar a existência dele, mas, ainda assim, a ele prestaremos contas.

    Para que esse dia não seja de desespero, Jesus se fez o nosso Grande Sacerdote, que compreende as nossas fraquezas, que pagou por nossos pecados e oferece o perdão de Deus, hoje. “Por isso tenhamos confiança e cheguemos perto do trono divino, onde está a graça de Deus. Ali receberemos misericórdia e encontraremos graça sempre que precisarmos de ajuda” (Hb 4.16).

    Oração: Senhor Deus, tu conheces a minha vida e todos os meus pensamentos e pecados. Não me condenes, mas perdoa-me por causa de Jesus Cristo. Assim, poderei viver em paz, sem a fútil tentativa de esconder-me de ti e sem medo do futuro após a morte. Em nome de Jesus. Amém.
Leia em sua Bíblia Hebreus 4.12-16

terça-feira, 22 de setembro de 2020

REFLEXÃO DA SEMANA

 Sozinho, não

“É melhor haver dois do que um, porque duas pessoas trabalhando juntas podem ganhar muito mais. Se uma delas cai, a outra a ajuda a se levantar. Mas, se alguém está sozinho e cai, fica em má situação porque não tem ninguém que o ajude a se levantar” (Ec 4.9-10).

Esse conselho tão simples faz toda a diferença nas lutas diárias que enfrentamos. Juntos vencemos batalhas que não venceríamos se estivéssemos sozinhos. Além disso, é muito mais prazeroso dividir as coisas boas da vida com mais pessoas. Então, busque sempre o conselho de Deus na Bíblia e invista em relacionamentos saudáveis. Esteja disponível para o outro.
Oração: Senhor Jesus, obrigado pelas pessoas que colocas em meu caminho. Ajuda-me a ser alguém que está pronto para somar as forças e para ajudar as pessoas. Em teu nome. Amém.
Leia em sua Bíblia Eclesiastes 4.7-12

sábado, 19 de setembro de 2020

CULTO DOMÉSTICO


Culto Doméstico - 28/2020 – 20/09/2020

16º Domingo após Pentecostes

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1. Saudação e acolhimento

2. Invocação: Iniciamos este culto doméstico em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém

3. Oração: Amado Pai celestial, como é bom saber que nos amas e tens cuidado de nós diariamente. Tu tens sido o nosso refúgio de geração em geração. Tu tens sido a fortaleza de nossa alma. Muitos têm sido os momentos de lutas, dores e tribulações que nós, seus filhos, precisamos enfrentar diariamente. Muitas vezes nos encontramos fragilizados por todas essas lutas. Senhor, tem compaixão de nós, e socorre-nos. A tua Palavra nos ensina que tu és a nossa “luz e a nossa Salvação” e nos convida a colocarmos em ti a nossa confiança e desejarmos estar sempre em tua presença. Renova em nós, SENHOR, diariamente o dom da fé, e permite-nos sempre estar na tua companhia, habitando em tua casa, todos os dias de nossa vida. Faze-nos também luz neste mundo, refletindo na vida das pessoas em nossa volta o teu amor, acolhimento e salvação, a fim de que, conheçam o teu amor e possam sentir-se acolhidos na tua presença e graça. Por amor de Jesus Cristo, nosso querido Salvador. Amém.

4. Hino: Bendito Jesus! Divino Pastor (68 – LS).

1. Bendito Jesus! Divino Pastor/ Oh! Vem conceder teu rico favor! / As súplicas ouve, recebe nos céus/ o culto que agora rendemos a Deus.

2. Celeste SENHOR! Oh! Vem ensinar/ nossa alma a sentir e a língua falar/ com muita ternura, com todo o fervor/ o santo Evangelho, mensagem de amor.

3. Concede-nos paz e amor no viver/ dá forças a fé e aumenta o poder/ Oh! Faze a pureza em teus filhos florir/ e neles SENHOR, a verdade fulgir.

5. Leitura Bíblica: Salmo 27.1-9

6. HINO: Andam procurando a razão de viver (82 – LS)

1. Andam procurando a razão de viver/ neste mundo mau, querem paz receber/ seguem seus caminhos, pensando em achar/ Algo que pra vida valor possa dar/ :: Mas só Jesus pode dar a razão de viver/ paz perdão e amor/ só Jesus pode dar./ E assim você será bem feliz/ em Jesus::

2. Como todo mundo, eu também procurei/ E agora digo que a paz encontrei/ Cristo me falou, e eu posso falar/ que uma nova vida ele pode me dar/ :: Mas só Jesus pode dar a razão de viver/ paz perdão e amor/ só Jesus pode dar./ E assim você será bem feliz/ em Jesus::

7. Reflexão: Salmo 27.1-9: Deus é o nosso socorro e a nossa luz!

        “O SENHOR Deus é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor me livra do perigo; não ficarei com medo de ninguém” (Sl 27.1).

Conta uma história, que certa vez, um pastor visitando uma família muito querida de sua comunidade, observou um quadro com uma frase presente naquele lar o qual lhe chamou muito a atenção. A frase dizia o seguinte: “Nessa casa pode faltar tudo menos confiança em Deus”.

        Olhando profundamente para essa frase, que verdadeiramente, é uma oração, percebemos em um primeiro momento, que ela está na contramão do mundo em que vivemos, onde observamos uma busca incansável “por todas as coisas” a ponto de deixar de lado a confiança em Deus. Ao mesmo tempo, esta frase expressa o anseio de uma sociedade que necessita ser amparada, consolada e socorrida constantemente do vazio que se tornou a sua existência.

        Há alguns anos a Sociedade Bíblica do Brasil lançou um livreto chamado – “Famílias por um fio”. Nesse livreto somos convidados a olhar para dentro de nossos lares e observar a realidade do “vazio existencial” que tem tomado conta de nossa vida, vazio gerado pelo estresse e pela correria do dia a dia. Como afirma o autor do livreto: “Tudo na vida parece andar mais depressa nos dias de hoje, e a estabilidade da família está sendo ameaçada cada vez mais por uma variedade de fatores, sejam eles de natureza econômica, educacional ou emocional”.

        Vivemos em constante estresse, ansiosos e temerosos pelo amanhã. Esse estresse acaba trazendo grandes consequências para a nossa vida, para a vida de nossa família e para a saúde de nossos relacionamentos: rompimentos, ausência, medos, sofrimentos, entre outras consequências. E, como conclui esse autor: acabamos nos tornando escravos de nós mesmos e de nossa própria busca.

        Diante dessa realidade que nos cerca e que cada vez mais tem estado presente em todas as esferas de nossa vida, acabamos nos encontrando em um beco sem saída, no fundo de uma “caverna escura”, sem saber o que fazer. Encontramo-nos diante de uma contradição presente em nossa vida e em nosso viver. Por um lado, a necessidade de trabalhar, dar o melhor para os nossos familiares, termos uma formação, sermos bem-sucedido, entre outras coisas. Do outro lado o estresse e o alto preço que cobra de nós.

        Quando nos encontramos nessa realidade, perante essa contradição que se faz presente em nossa vida, então algumas perguntam surgem. Perguntas que anseiam por respostas. Perguntas que se tornaram para nós em um grito por socorro e por alguém que possa nos socorrer diante dessas contradições: O que fazer diante dessa realidade? Onde podemos encontrar uma “luz” no fim do túnel que possa nos socorrer, que possa nos libertar da escravidão que se tornou a nossa vida por causa do estresse e da ansiedade pela vida?

        O Salmista e Rei Davi, Salmo 27, aponta para nós uma luz que ilumina o beco escuro, a caverna escura que se encontra a nossa vida. Em meio as nossas dúvidas e medos, Davi aponta para a ação graciosa de Deus. Em seu Salmo, que é uma oração de confiança e a expressão de uma alma que anseia pela presença de Deus, o rei Davi nos mostra que “Deus é o nosso socorro e a nossa luz”: “O Senhor Deus é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor me livra do perigo; não ficarei com medo de ninguém” (Sl 27.1). Para o rei Davi uma coisa é certa: Deus é o nosso socorro e a nossa luz porque Deus nos oferece direção e restauração.

        Duas palavrinhas nos chamam a atenção nesse texto: “Luz” e “Salvação”. Davi afirma: “Deus é a nossa “luz” e a nossa “Salvação””.

        Mas, meus amados no SENHOR, o que significa para nós sabermos que Deus é “Luz” e “Salvação?

        O rei Davi foi um homem que viveu em estresse constante em toda a sua vida. Desde a sua escolha por Deus para se rei de Israel em lugar do rei Saul até a sua morte, a vida do rei Davi foi cercada por inúmeros momentos de tensões, medos, perseguições, perigo de morte, pecado, e assim por diante. Muitos foram os momentos em que Davi viu-se no fundo de uma caverna escura, sozinho, sem ter para onde fugir. Em todos esses momentos, entretanto, Davi sempre preservou algo muito firme em seu coração: A confiança em Deus! Assim, nos momentos de maiores perigos, quando Davi tinha mais medo, quando se sentia mais angustiado e solitário, ele corria para Deus, pois, sabia e reconhecia em Deus o “socorro bem presente nas tribulações”.

        Dessa forma, saber que Deus é a nossa luz e a nossa salvação é saber e reconhecer, assim como o rei Davi, que em Deus está a nossa ajuda e o nosso socorro. E, por meio dessa ajuda e socorro Deus agora direciona a nossa vida para o caminho certo e nos oferece a oportunidade de recomeçar. Ele restaura a nossa vida.

        E, como a nossa vida, os nossos relacionamentos e o nosso mundo estão carentes de direção e restauração. O nosso mundo hoje e consequentemente a nossa própria vida encontram-se desorientados e quebrados.

        Quando afirmamos que Deus é quem nos orienta, quem nos dá a direção certa, estamos afirmando a forma graciosa de como Deus faz isso e, como essa direção de Deus dá renovação e restauração as famílias. A direção que Deus aponta a nossa vida, a vida de nossa família, nossos relacionamentos e também o nosso mundo estão presentes nas qualidades que Deus nos ensina por meio de sua santa Palavra: humildade, unidade, respeito, moralidade e perdão constante (Gl 5.22-23). Qualidades que são o oposto do que o mundo nos ensina. E, essas qualidades geram em nós e em nossos relacionamentos a paz, a alegria verdadeira e a vida plena e feliz

        A salvação que Deus nos oferece é muito mais que apenas livrar do inferno. É isso também. Mas esta salvação se faz presente em nossa vida e em nossos relacionamentos de forma concreta e palpável, de maneira que podemos ver e sentir essa salvação em meio a nossa vida aqui nesse mundo. Ela está presente em nosso lar, no nosso casamento, na forma como educamos nossos filhos em meio aos nossos relacionamentos interpessoais no trabalho, na vizinhança e na igreja.

        Mas, como a salvação que Deus nos oferece se faz presente em nosso viver de forma tão concreta e palpável?

        Se faz presente por meio do perdão, pela reconciliação (o fazer as pazes um com o outro), pela restauração da família e pelo amor presente em nossa vida.        Existe um pensamento que demonstra para nós como o perdão, a reconciliação, a restauração e o amor tornam-se partes fundamentais de nossa vida, materializando e tornando concreta a salvação que Deus nos oferece, principalmente em nossos relacionamentos familiares. Diz esse pensamento: “Devemos ter a disposição de querer enxergar da mesma forma que o nosso próximo (cônjuge, filhos, amigos, irmãos na fé, etc.), enxerga”. Em outras palavras, é aceitar o outro como ele é e ver o mundo a partir dos seus olhos, não dos nossos apenas. Isso é o exercício pleno do amor, do perdão, da restauração e da reconciliação.

        Foi isso que Jesus fez por nós. Ele não nos julgou pelo que éramos ou pelo que somos, mas, antes, veio a esse mundo para enxergar, ver a nossa realidade a partir de nossos olhos. E o que Jesus viu? Pessoas carentes de amor, perdão, reconciliação e de um novo começo. O que Jesus fez diante do que seus olhos viam? Deu-nos a salvação!

        Em nossa vida pode faltar tudo, menos confiança em Deus, pois, por meio desta confiança somos enriquecidos com os tesouros de Deus, seus cuidados e amor, e então nada nos faltará! Que nossa oração seja sempre como a do rei Davi: “A Deus, o SENHOR, pedi uma coisa, e o que eu quero é só isso: que ele me deixe viver na sua casa todos os dias da minha vida, para sentir, maravilhado, a sua bondade e pedir a sua orientação” (Sl 27.4). Amém.

Pastor Elton Américo - PEL Cristo SENHOR – Campinas do Sul -RS

8. Oração

9. Pai – Nosso

10. Bênção: O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre nós e tenha misericórdia de nós. O Senhor sobre nós levante o seu rosto e nos dê a paz. Amém

11. Hino: 178 LS – “Em paz e com perdão”

1. Em paz e com perdão/ despede a tua grei/ que de alma e coração/ observa a tua Lei/ Ensina-nos, SENHOR/ em tua Lei andar/ viver em santo amor/ e sempre o praticar. 

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

TEXTOS PARA LEITURA DA SEMANA

 

  • 16º Domingo após Pentecostes
  • 20/09/2020  
  • Trienal A
  • Salmo 27.1-9
    Isaías 55.6-9
    Filipenses 1.12-14,19-30
    Mateus 20.1-16

MENSAGEM -LUCAS 10.1-20

 Lc 10. 1- 20

Tema: Você também é um dos setenta enviados de Cristo!           

"A Colheita é grande mas os trabalhadores são poucos”, Lc 10. 2.

No início do seu ministério o Senhor Jesus tinha escolhido 12 discípulos que o acompanhariam sempre e seriam seus apóstolos. O texto de hoje mostra que agora ele tinha escolhido 70 homens, e os tinha enviado para preparar o caminho por onde Jesus iria passar. Assim, todos saberiam que Jesus iria passar lá.

A história da missão dos setenta é relatada apenas pelo evangelista Lucas. Algumas versões, baseadas em manuscritos diferentes, dizem que eram 72. E há quem acredita que estes números sejam apenas simbólicos.  

Sinceramente falando o objetivo do texto não é comprovar números, mas é dizer que a missão salvadora de Jesus é urgente e é oferecida para todos os povos.

O que importa deste texto é dizer que Jesus enviou pessoas como seus legítimos representantes dando-lhes toda autoridade. E como a missão de Deus no mundo ainda não terminou, podemos dizer que, eu e você fazemos parte destes setenta.  

As palavras de recomendação, ditas para eles, valem para nós também.  E, por serem palavras ditas diretamente pelo dono da missão é que elas nos são especialmente relevantes e oportunas.   

Vamos ver o que Jesus diz:

Diz o Senhor que a colheita é grande. Curiosamente para a parte mais difícil, que vem antes da colheita como preparar a terra, gradear, fertilizar, irrigar e capinar os 70 não foram convidados. Esta parte o Senhor preparou. Sempre se disse que é preciso "fazer missão" e que cada cristão deve estar engajado nela.

Mas afinal, qual é o nosso compromisso na missão do Senhor? Será que o nosso compromisso é diferente e maior do que o dos 70?

É preciso compreender que toda obra missionária é do Senhor. Ainda que o Senhor nos ordene lançar a semente da Palavra, mas não somos nós que fazemos germinar a fé nos outros.  

Ainda que pregamos a palavra, não somos nós que alimentamos a fé das pessoas. Isso também é obra de Deus.

E ainda que Deus queira o nosso testemunho e que através dele, outras pessoas podem vir a crer, ainda assim é obra de Deus.

A colheita também é Deus quem faz. Mas este é o único lugar onde somos chamados efetivamente a ter parte.   E a parte que nos cabe na colheita não é exatamente fazer a colheita, mas sentir alegria pelo que o Senhor está colhendo.

Nas demais partes nós somos apenas instrumentos do Senhor. E Deus quer que o sejamos da melhor forma possível e com os dons que ele nos deu.

Este texto nos dá dicas de como ser instrumentos do Senhor.

Antes de enviá-los, Jesus convidou seus 70 mensageiros a orar e só depois os enviou. A oração e o trabalho são dois aspectos que sempre fizeram parte da igreja.  

Quem está disposto a orar por alguma causa, certamente estará disposto à se envolver com aquela causa. Você ora pela sua igreja? O QUANTO VOCÊ ESTÁ DISPOSTO A SE ENVOLVER NESTE TRABALHO NA SUA IGREJA?

O que você acha de um membro que fica um mês sem vir a igreja? Sem se preocupar com a situação da sua igreja?

Depois, Jesus não ilude ninguém.  Ele não promete um mundo cheio de maravilhas. Pelo contrário diz o Senhor: "Eu estou mandando vocês como ovelhas para o meio dos lobos."(v.3) 

Ser testemunha de Jesus não é tarefa fácil. Requer enfrentar perigos e muitas lutas.   Mas nas próprias palavras de Jesus há um grande consolo V. 16: Quem ouve vocês está me ouvindo; quem rejeita vocês está me rejeitando. 

Além disso, a missão do Senhor envolve algumas estratégias.  Quando ele diz no v. 4 para não levar bolsas, nem sacolas, nem sandálias, Jesus quer dizer que eles deveriam ir com as condições que eles tinham.

Quantas vezes deixamos de ser instrumentos com a desculpa de que não temos recursos?

Ao dizer no v. 4 de que não deveriam saudar ninguém pelo caminho, não significa descortesia. Ele apenas quer mostrar que a missão de Deus é urgente.   Parar para conversar longamente poderia colocar em risco o objetivo da missão de Deus.  No mínimo iria atrasar. O objetivo agora era outro: levar o evangelho, não era passeio, não era viagem para um Congresso de jovens, servas ou leigos.

Para a igreja de hoje, isso significa que ela precisa ter objetivos bem claros. Quantas vezes a igreja fica parando pelo caminho, se envolvendo com certos detalhes que não são importantes e deixando de fazer o que realmente deve ser feito?

Ao dizer no V. 7 de que deveriam ficar na mesma casa, Jesus quer lembrar que aceitar o desafio da missão de Deus significa conhecer bem o local, a realidade.   Significa convivência, amizade, significa conhecer os hábitos, atitudes, linguagem, o comportamento. 

Jesus lembra finalmente que em nenhum momento podemos desistir de ser seus instrumentos.

Quando dermos o testemunho para alguém e, se não formos aceitos, Jesus recomenda sacudir o pó das sandálias, diante daqueles que os rejeitavam, que era uma maneira de dizer que a rejeição deles, era um problema deles.   Eles tinham recebido o convite do Reino de Deus, mas não aceitaram o convite. A rejeição teria como consequência o castigo de Deus.

Rejeitar um servo de Deus, que é fiel a Deus, sempre equivale a rejeitar o Salvador e o próprio Deus. Ouvir um servo fiel do Senhor significa sempre ouvir o próprio Senhor Deus.

Finalmente irmãos, os 70 trouxeram relatórios bonitos e muito animadores.  Mas Jesus respondeu para eles: V. 20: "Não fiquem alegres porque os espíritos maus lhes obedecem, mas sim porque o nome de cada um de vocês está escrito no céu".

Os relatórios são sempre saudáveis e bonitos.  Mas é preciso lembrar que quando eles são positivos, quem os colhe é o Senhor e que nós podemos nos alegrar neles.  Mas quando são negativos e quando não vemos resultados, Deus não nos dá o direito de nos entristecer, de nos magoar, de desanimar ou desistir.   Pois sementes lançadas hoje nem sempre nascem amanhã. Há sementes que podem demorar muitos anos para nascer.

Além disso, o trabalho de qualquer trabalhador do Senhor, seja ele pastor ou membro da congregação, não deveria ser avaliado pelos relatórios, mas sim se o seu trabalho foi realizado em fidelidade ao Senhor.

Pois há algo muito maior e mais bonito do que os relatórios, saber que o nosso nome está escrito no céu por sermos escolhidos de Deus para esta nobre missão. A nossa maior alegria é saber que Deus nos acolheu em Cristo, nos perdoa, nos mantém na fé e nos dá a certeza da salvação. É saber que Deus nos protege até mesmo quando o diabo quer nos destruir tentando nos atacar fulminantemente como um raio, e que ali estará o Senhor nos dando força para resistir e sermos vitoriosos.

Nesta alegria e certeza aceitemos sempre o desafio de ser parte dos 70. Amém

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

REFLEXÃO SOBRE A MALDADE

 

A MALDADE É REAL

CLAMANDO A DEUS - IGREJA CASA DE ORAÇÃO CEHAB

A maldade é real!

Ficamos muito tristes e até revoltados quando recebemos desprezo e escárnio de quem um dia nós já ajudamos.
Esse era o sentimento do salmista ao reclamar: “O bem que faço eles me pagam com o mal, e por isso estou desesperado. Mas, quando eles estavam doentes, eu vesti roupas de luto e até deixei de comer. Curvei a cabeça e orei por eles” (Sl 35.12-13).
Desesperado, o salmista não recorre à vingança. Ele recorre a Deus.
Da mesma maneira, nos seus dias de desespero por causa da injustiça, não seja vencido pela maldade. Recorra a Deus e entregue a ele as suas lutas. Ele acalmará o seu coração e você saberá que a nossa desesperança diante da realidade da maldade nunca apagará a paz que o amor de Jesus nos traz.
Oração: Senhor Jesus, ajuda-me a lidar de forma sadia com as injustiças que enfrento. Dá-me firmeza para permanecer nos teus caminhos mesmo quando a maldade estiver aparentemente vencendo. Em teu nome. Amém.
Leia em sua Bíblia o Salmo 35.11-14
HoraLuterana

sábado, 12 de setembro de 2020

CULTO DOMÉSTICO -

Culto Doméstico - 27/2020 – 13/09/2020

15º Domingo após Pentecostes

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 Você não faz ideia de como sua vida fluirá depois de perdoar!😉 Repost! O  perdão não é um s… | Frases de augusto cury, Acessórios para o cabelo diy,  Sentimentos


1. Saudação e acolhimento

2. Invocação: Iniciamos este culto doméstico em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém

3. Oração:

Querido Deus e amado Pai celestial, nós te agradecemos pelo grande amor que tem demonstrado diariamente a cada um de nós. Rica é a tua misericórdia e a tua bondade não tem fim, elas se renovam em nossa vida todas as manhãs. E como é grande a tua graça. Tu enviaste teu amado Filho, Jesus Cristo, a este mundo, para ser o nosso Salvador. Com a sua obra redentora realizada através do seu padecimento, morte e ressurreição, tu nos compraste novamente para ti e nos trouxeste para uma nova e feliz comunhão contigo. Pelo sangue de Cristo, nossos pecados foram cobertos pelo teu perdão pleno e eterno. Pela ressurreição de nosso Salvador, uma nova e viva esperança vive em nosso coração. Te pedimos, ó Pai, que por auxílio do teu Espírito Santo possamos viver esse perdão em nossos relacionamentos diários, perdoando uns aos outros as nossas falhas e vivendo em paz e concórdia, na certeza de que o perdão refaz laços rompidos pelos nossos pecados. Esse mesmo perdão refez os laços entre ti e nós, abrindo assim as portas dos céus para nós. Guarda-nos de todos os perigos e nos livre de toda a obra maligna do diabo. Aumente a nossa fé. Por amor do teu nome, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

4. Hino: Exultantes, te adoramos -189 HL.

1. Exultantes, te adoramos, Deus da glória, Deus do amor. / Nossos corações te abrimos, enche-nos de santo ardor. / Vem dissipa as nuvens frias, a tristeza, a noite atroz. / Doador das alegrias, o teu brilho luz em nós.

2. Tuas obras anunciam teu imenso resplendor. / Céus e terras, estrelas e anjos cantam hinos de louvor. / Vales, montes e campinas, lindos prados, verde mar,

Aves, fontes cristalinas vêm conosco te adorar.

3. Ó cristãos, entoai os hinos que o universo quer cantar! / De Jesus o amor divino faz-nos mais e mais amar. / Jubilantes, celebremos seu triunfo sobre o mal; / Vinde, alegres exaltemos sua glória celestial!

5. Leituras Bíblicas: Salmo 103.1-10   e  Mateus 18.21-35

6. Reflexão: Mateus 18.21-35: Perdoados para Perdoar

“Então Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”.

Conta uma história que certa vez uma jovem perguntou ao seu pastor o que significava a palavra “PERDÃO”. Com muita sabedoria, após refletir um pouco, com muita simplicidade o pastor respondeu: “Minha querida, perdão significa a oportunidade que Deus oferece as pessoas de recomeçar a sua vida com as dívidas pagas”.

Quando olhamos profundamente para o significado da palavra perdão, observamos que esta definição do pastor é verdadeira. O perdão tem a força de restabelecer relacionamentos rompidos e de oferecer a oportunidade de recomeçar, diante de Deus e do nosso próximo.

“Recomeçar”, esta é a definição que encontramos para o perdão nas palavras do Evangelho de nosso culto de hoje. E, quem nos dá essa definição é o próprio Jesus, ao responder à pergunta do apóstolo Pedro: “Quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? (Mt 28.21). E, para Jesus, duas coisas importantes movem o perdão e oferecem a oportunidade de recomeço: O amor e o desejo de reconciliação.

A pergunta do apóstolo Pedro, “Quantas vezes meu irmão pecará conta mim, que eu lhe perdoe”? é uma reação às instruções que Jesus havia dado sobre como tratar um irmão pecador (v15-20). No ensino dos rabinos judaicos se ensinava que se poderia perdoar apenas três vezes uma pessoa que havia cometido o mesmo pecado. A partir da quarta vez, o perdão lhe era negado. Pedro considera a sua sugestão de “sete vezes” algo bastante tolerante. Entretanto, tanto no ensino dos rabinos como no pensamento do apóstolo Pedro, o perdão é algo limitado.

Ao contar a parábola do servo mau (Mt 18.23-35), Jesus ensina que Deus nos perdoa infinitamente mais do que somos chamados a perdoar. Nossa disposição em perdoar um irmão ou uma irmã está fundamentado na grande misericórdia de Deus para conosco. Assim, para Jesus, Perdoar é exercitar a nossa fé. Assim, quando Deus perdoa o pecador arrependido isso se reflete na convivência dos irmãos na fé. Receber o perdão de Deus e perdoar o próximo é tornar-se participante da nova vida no Reino de Deus.

Podemos observar no ensino de Jesus que o perdão se manifesta em nossa vida em duas dimensões: vertical, no meu relacionamento com Deus e horizontal, no meu relacionamento com o próximo.

Em uma dimensão vertical, o perdão é o ato pelo qual Deus, por causa do seu amor e da sua misericórdia remove o castigo que resulta do pecado cometido. Esse castigo foi sofrido por Jesus na cruz, com quem agora a pessoa perdoada está unida pela fé. O resultado desse perdão é a reconciliação, onde a pessoa perdoada recebe uma nova vida, juntamente com a promessa da vida eterna.

Em uma dimensão horizontal, no relacionamento com o próximo, perdão significa o ato de afastar o ressentimento e desejo de vingança em relação ao ofensor. O resultado dessa ação em perdoar é o restabelecimento da amizade e do relacionamento.

Como podemos observar, ambas as dimensões do perdão andam lado a lado e manifestam o recomeço: na nova vida que Deus nos oferece, no nosso relacionamento com ele e no nosso relacionamento com o próximo.

Entretanto, meus queridos irmãos e irmãs em Cristo, viver este perdão “ilimitado” em nossa vida não é uma tarefa fácil. Antes, como bem ilustrou alguém certa vez: “para nós é muito difícil esquecer e perdoar o mal que alguém fez para nós”. Antes, é mais fácil, fazer como o apóstolo Pedro e os rabinos e limitar o perdão.

O perigo de agirmos dessa forma é que na maioria das vezes acabamos nutrindo em nosso coração sentimentos negativos, como a raiva, o amargor, o ódio, etc. Esses sentimentos acabam trazendo para a nossa vida a amargura e a infelicidade refletidas em relacionamentos rompidos: um pai com um filho, uma esposa para com seu marido, entre amigos e irmãos na fé.

Meus amados irmãos e irmãs em Cristo, nosso Salvador compreende a nossa dificuldade e por isso quer nos ajudar. E como Jesus pode nos ajudar? Ele aponta para o exemplo da cruz, onde Deus, por amor a nós, perdoou todas as nossas dívidas e se reconciliou conosco (fez as pazes, se tornou nosso amigo novamente). Lutero exemplifica isso em sua explicação do segundo artigo do Credo Cristão, quando fala da obra de Jesus: “Creio que Jesus Cristo, gerado do Pai desde a eternidade, e também verdadeiro homem, nascido da virgem Maria, é meu Senhor, pois, me remiu a mim, homem perdido e condenado, me resgatou e salvou de todos os pecados, da morte e do poder do diabo; não com ouro ou prata, mas com seu santo e precioso sangue e a sua inocente paixão e morte, para que eu lhe pertença e viva submisso a ele, em seu reino, e o sirva em eterna justiça, inocência e bem-aventurança, assim como ele ressuscitou dos mortos, vive e reina eternamente. Isto é certamente verdade”.

O apóstolo Paulo em 2 Co 5.18-19 amplia essa concepção do perdão quando afirma: “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens a sua transgressão, e nos confiou a palavra da reconciliação”. Vemos nessas palavras do apóstolo Paulo a grandeza da misericórdia e da graça de Deus. “Deus não levou em conta (imputou) nossos pecados”. Isso significa que Deus nos amou ainda pecadores (em nossos erros) e nos concedeu o perdão. Ele não exigiu que primeiro nos livrássemos do pecado para então nos aceitar e perdoar. Mas ele, como um pai que ama seu filho, concedeu-nos o seu perdão. E, meus amados irmãos e irmãs, o perdão de Deus agora muda a nossa vida, a nossa mentalidade, o nosso comportamento. Mesmo sem merecermos o perdão, por sermos filhos e filhas rebeldes (servos maus) e desobedientes, que tem dificuldades em perdoar o próximo, Deus continua nos amando profundamente e por isso nos concede a graça do seu perdão. O mérito não está em nós, mas na graça de Deus. E, esse perdão reflete na nossa vida o tamanho, a profundidade e a extensão do amor, graça e misericórdia de Deus por todos nós.

Meus amados irmãos e irmãs em Cristo Jesus. O que significa para nós o perdão? Muita coisa! Significa amor, reconciliação, recomeço. É a vida no reino de Deus experimentada e vivida já aqui nesse mundo em nossos relacionamentos. Ouçamos o ensino de Jesus e vivamos uma vida de perdão com Deus e também com nosso próximo para que a nossa vida se encha de paz, alegria, amor e Salvação. Que possamos sempre orar assim: “Jesus, o teu perdão para o meu pecado não tem limites. Move-me a também perdoar o meu próximo e que possa buscar o perdão quando ofender alguém”. Amém, somente a Deus a glória. Amém.

Pastor Elton Americo - PEL Cristo SENHOR – Campinas do Sul -RS

7. Oração

Amado Pai Eterno. Concede-nos o perdão de todos os nossos pecados, por amor de Jesus Cristo. Ensina-nos e capacita-nos para que também saibamos pedir perdão e a perdoar. Queremos viver em paz contigo e com nossos familiares e demais pessoas. Ouve-nos por amor de Jesus. Amém.

8. Pai Nosso

9. Bênção

O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre nós e tenha misericórdia de nós. O Senhor sobre nós levante o seu rosto e nos dê a paz. Amém

10. Hino: 293 HL – “Em Jesus amigo temos”

1. Em Jesus amigo temos, / que sofreu a nossa dor / e nos manda que levemos / os cuidados ao Senhor. / Falta ao coração dorido / gozo, paz, consolação? / Leva, ó coração ferido, / tudo a Deus em oração.

2. Andas fraco e carregado / de cuidados e temor? / Vai ao Salvador amado, / vai com fé teu mal expor. / Busca o teu melhor amigo, / fala a Cristo em oração; / nele encontras terno abrigo / e repouso na aflição.

3. Cristo é verdadeiro amigo; / disto prova nos mostrou, / quando, para ter consigo / os culpados, se humanou. / Veio, com seu sangue puro, / dos pecados nos lavar; / paz na terra e, no futuro, / vida eterna vai nos dar.

Abençoada semana a todos.

Perdoar a si mesmo é o primeiro passo para a felicidade - Sagrado Coração  de Jesus