SBB

quarta-feira, 29 de junho de 2022

DATAS HISTÓRICAS DA IGREJA

 Nós cristãos Luteranos estamos alegres porque Deus agiu na história da igreja permitindo que neste mês de junho sejam comemorados:

118 anos da IELB-Igreja Evangélica Luterana do Brasil
442 anos do Livro de Concórdia
492 anos da Confissão de Augsburgo
1697 anos do Concílio de Nicéia
"De fato, o SENHOR fez grandes coisas por nós, e por isso estamos alegres." (Sl 126.5)

segunda-feira, 27 de junho de 2022

LIÇÕES PARA A VIDA

 Novidade a cada manhã

Acordar pela manhã e ver as novidades. Buscar as notícias de familiares e amigos nas redes sociais da internet. Queremos estar a par do que acontece de novo!                 Talvez as novidades nos façam esquecer por instantes a rotina humana, cheia de dores, sofrimentos e tragédias. E como lidar com esta rotina? “É bom que as pessoas aprendam a sofrer com paciência desde a sua juventude”, diz o profeta (Lm 3.27).
         Conhecendo a realidade da vida, ele sabe que o sofrimento é uma realidade, rotineira, que atinge todos nós. Mas ele conhece também a realidade da fidelidade de Deus: “O amor do SENHOR Deus não se acaba e a sua bondade não tem fim. Esse amor e essa bondade são novos todas as manhãs” (Lm 3.22-23). Nesta novidade, expressa no sacrifício de Jesus, a cada manhã achamos esperança para, se preciso, sofrer em silêncio.
Oração: Senhor Jesus, que o teu Santo Espírito me ensine a sofrer com paciência, lidando com as dificuldades com sabedoria, humildade e esperança. Em teu nome. Amém.
(Hora Luterana)

domingo, 26 de junho de 2022

 Trabalho

Segundo os linguistas, a palavra “negócio” vem da junção de outras duas palavras: negar e ócio. Negócio portanto, seria a negação do ócio, a destruição do descanso e do lazer. O trabalho, porém, representa algo bastante positivo. Afinal, é através dele que obtemos o sustento. Mas não só por isso. Ele dá a oportunidade ao homem de se realizar. Pelo trabalho, o homem faz e se faz.


     O trabalho também representa a parceria do homem na obra da criação de Deus. Afirmou Jesus: “Meu Pai trabalhou até agora, e eu trabalho também”. Por isso, aqueles que seguem o Mestre Jesus, o imitam mediante o trabalho diário, constante, fiel. Veem no trabalho, não o contratempo que nega a preguiça, mas a energia que afirma a vontade de Deus.



Oração:
Amado Deus, graças te dou pelo dom da fé. Graças a este dom, hoje eu posso dizer que creio em Jesus como meu Salvador. Fortalece esta fé em meu coração, para que eu também possa testemunhar desta fé ao meu próximo. Obrigado Senhor por eu poder trabalhar. Que o meu trabalho seja usado para glorificar a ti Senhor, beneficiar o próximo e dar sentido a minha vida. Em nome de Jesus. Amém. (Hora Luterana)

sábado, 25 de junho de 2022

O QUE FALTA PARA A HUMANIDADE?

 


A humanidade está caminhando para um poço sem fundo.
Sem valores.
Sem princípios.
Sem empatia.
Sem respeito.
Sem amor.
Aonde cada UM quer ser mais que o outro.
Esquecemos de orar.
De agradecer.
E esquecemos de onde viemos.
E para onde vamos.
Dó pó viemos.
Ao pó voltaremos.
Não esqueçamos de orar e agradecer pelo dom da vida.
Simples assim.
Autor desconhecido:


quarta-feira, 22 de junho de 2022

IGREJA - PALCO x ALTAR

 A IGREJA...

Igreja não tem palco, tem altar;
no palco há show, no altar há sacrifício.
Igreja não tem show, tem culto; no show tem exposição, no culto tem rendição.
A igreja não tem estrelas, tem servos: as estrelas aparecem, os servos obedecem.
A igreja não tem fãs, tem discípulos; os fãs aplaudem e bajulam, os discípulos aprendem e continuam.
Igreja não tem artistas tem ministros, artistas agem, ministros servem.
A igreja não tem plateia tem adoradores; nós somos a igreja e não assistimos a um culto, oferecemos um culto a Deus; o público assiste e reage, os adoradores se prostram e se entregam.
Que Cristo Jesus esteja sobre e sobre todos.
~Autor desconhecido.


sábado, 18 de junho de 2022

SERMÃO PARA 2º DOM PÓS PENTECOSTE

 

Sermão para 2º Domingo após Pentecostes – 19/06/2022

TEXTOS: Sl 90.1-12      Sf 1.7-16      1Ts 5.1-11    Mt 25.14-30

Tema: Sem surpresas quanto à segunda vinda de Jesus.

         Desde a época de César Augusto, a “pax romana” era uma expressão política muito forte. Era um slogan quase que divino. Era como que “só Roma pode dar a paz. Fique fiel ao império, e estará sempre com capacete e com couraça, ou seja, em paz e segurança”.  Essa era a bandeira romana para manter os povos de classe baixa quieta, longe da possibilidade de levantar-se contra o governo.

         A primeira carta aos Tessalonicenses tem uma intensidade política muito grande por questionar essa suposta paz e segurança do império romano.

         A primeira carta aos Tessalonicenses foi escrita por Paulo, colaborado por Silvano e Timóteo por volta do ano de 51 D.C.

Nessa época, pouco antes, o imperador Calígula, se auto definiu como “deus”. Mandou erigir estátuas em vários templos do império, inclusive Jerusalém. Em Jerusalém não pode ver a estátua pronta, pois acabou morrendo antes disso.

 

         Paulo, Silvano e Timóteo anunciaram aos Tessalonicenses que o único Senhor é Jesus Cristo, o ressuscitado. A mensagem proferida nas três semanas que esteve em Tessalônica a respeito do Senhor ressuscitado, do único que oferece e dá paz e segurança impactou os ouvintes. Tanto que 30 anos mais tarde, o médico e evangelista Lucas apresenta na pesquisa apresentada em Atos dos Apóstolos que os evangelistas “...revolucionaram o mundo inteiro...agiram contra os decretos de César, afirmando ser Jesus outro rei(Atos 17.6,7).

         Quando andarem dizendo: Paz e Segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão escreve Paulo em 1Ts 5.3.

         A “paz e segurança” oferecida pela “pax romana” era mentirosa, discriminatória e para manter as classes dominadas em silêncio.  - A paz que Jesus oferece e dá, é verdadeira e igualitária. Jesus veio quebrar os muros da separação entre as raças. Jesus veio para trazer paz aos corações humanos. O seu evangelho traz paz e quebra os muros da indiferença.

         Diante dessa mensagem salvadora, consoladora e igualitária, a igreja de Tessalônica passou a ser perseguida por se opor a adoração ao imperador.   Os tessalonicenses, principalmente os cristãos que em sua maioria eram operários, viviam na opressão política. Com seu novo modo de vida, revolucionaram o mundo de então se opondo ao imperador e não lhe rendendo adoração requerida. A apatia, o silêncio, deu lugar à esperança e ao testemunho a respeito de Jesus, aquele que oferece e dá a verdadeira paz e segurança. Aquele que oferece a verdadeira liberdade. Liberdade que traz igualdade, respeito e honra.

       Neste contexto de vida, são os cristãos, ainda hoje acusados de capitalistas, pelas classes que querem dominar à custa da dependência do povo aos que governam.

       Não, não somos capitalistas. Somos sim, um povo que aprendeu da Palavra de Deus e sempre ensinará que: “Do suor do teu rosto comerás o teu pão” (Gn 3. 19) e “Quem não quer trabalhar que também não coma”. (Cl 3.10) E ainda: “que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um dom de Deus.” (Eclesiastes 3.13).

         Com este novo viver, os tessalonicenses se tornaram modelo na Macedônia, Acaia e toda a parte. Por isso foram chamados de “fiéis (1Ts 1.7) ou seja, “resistentes.”

         Mas, infelizmente, Timóteo não havia trazido boas noticias ao apóstolo Paulo sobre esses fiéis. Os bravos iniciantes resistentes estavam sucumbindo diante da perseguição e das dúvidas a respeito da ressurreição dos mortos. Os fiéis que haviam depositado toda confiança em Jesus corriam o risco de viver irresponsavelmente refugiando-se em falsa segurança e paz da política romana.

         Pessoas buscavam e buscam “paz e segurança” num sistema político humano, falho, opressor, discriminatório e desigual. No entanto, todo esse sistema não resistiria mediante a segunda vinda de Jesus.

         Para acalmar seus corações, Paulo, Silvano e Timóteo fazem uso do único meio que pode tranqüilizar os cristãos, anunciaram a mensagem do evangelho. O evangelho, a boa notícia anuncia que: Deus não nos escolheu para sofrermos o castigo da sua ira, mas para nos dar a salvação por meio de Jesus Cristo, que morreu por nós para podermos viver com ele, tanto se estivermos vivos como se estivermos mortos quando ele vier(1Ts 5. 9-10).       Quando o assunto é fim do mundo e ressurreição dos mortos, de certa maneira, vivemos numa falsa segurança.

A falsa segurança que enfrentamos em pleno século XXI está no fato de não querermos ouvir as profecias a respeito do fim. É compreensível! Afinal, ouvimos as mais variadas previsões sobre o fim e todas fracassaram. Pelas falsas previsões, que não aconteceram, resultado e fruto da imaginação humana, acabamos julgando todas as partes das Escrituras que tratam deste assunto, de uma maneira bem diferente daquelas feitas por falsos profetas, como não sendo verdadeiras.

 

         Infelizmente todas as previsões humanas acabaram conduzindo às pessoas a incerteza quanto à segunda vinda de Jesus. Todos os fracassos das previsões humanas aconteceram por não ter se dado ouvido à única certeza da Palavra de Deus: Jesus virá para julgar os vivos e os mortos num dia como outro qualquer. Ninguém sabe o dia e hora, será sem aviso, assim como faz um ladrão ao invadir uma casa.”

 

         O dia do Senhor, a segunda vinda de Jesus tarda, mas não falha. Esse evento é real, só não sabemos o dia e o momento, mas estaremos em festa, vivendo nossa vida normal. Pode ser que seja hoje!

         Mas, aos cristãos a quem Paulo escreve dando a certeza da segunda vinda de Jesus, a preocupação não é com o dia da volta de Jesus. A preocupação cristã é viver e esperar esse dia sem que a expectativa e a ansiedade atrapalhem o viver hoje.   Alguns da Congregação de Tassalônica venderam tudo que tinham e não queriam mais trabalhar porque achavam que Jesus já voltaria.

 

         Paulo os adverte dizendo que: Como cristãos vivemos o hoje na certeza do fim que pode ser a qualquer momento. Viver o hoje é viver acordado, ou seja, em pleno raciocínio. Viver o hoje é viver vigiando, sendo conhecedor dos fatos que lhe cercam. Viver o hoje é viver sóbrio, sendo capaz de analisar os fatos a luz da fé. Viver o hoje significa continuar a fazer o trabalho, cuidar da família, ajudar na sociedade, viver o cristianismo.

Bem nos adverte o evangelho lido hoje: Quando o senhor voltou, foi ajustar contas com os empregados: o 1º se apresentou e disse: Trabalhei e consegui mais cinco, Eis aqui o que é teu Senhor. E recebeu o elogio: servo bom e fiel, entra na glória do Senhor. Igualmente o 2º se apresentou, e recebeu os mesmos elogios.  O terceiro não trabalhou, deu uma de parasita e teve que ouvir: “Servo mau e negligente. Tirai dele o que tem, e este servo inútil lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes”.

Talvez alguém possa dizer: “Mas isto refere-se ao trabalho no reino de Deus, na igreja”. Então eu pergunto: Mas a nossa vida cristã é só na Igreja?   Não, não é. Nossa vida cristã é em toda nossa vida, dentro e fora da igreja, como nos ensina a Palavra de Deus.

 

         A motivação para viver acordado, vigiando e sóbrio vem da esperança e da fé no Senhor Jesus. Sem a fé em Jesus e sem esperança na certeza da vida eterna corre-se o risco de se perder ao longo da caminhada cristã. Viver esta fé não significa parar no tempo, parar de trabalhar.

         Já fomos e infelizmente continuaremos sendo enganados pelas previsões humanas a respeito da segunda vinda de Jesus. Mas, não nos esqueçamos, “...o Dia do Senhor vem como ladrão de noite. ...” Por isso, na fé e na esperança, cuide para que “...esse Dia não te apanhe de surpresa”.

         Assim como os Tessalonicenses, em pleno século XXI, cristãos de todo o mundo correm perigo. O perigo de viverem uma suposta “paz e segurança” política. Perigo de duvidar do ensino correto e refugiar-se em ensinamentos enganosos a respeito da segunda vinda de Jesus.

Graças a Deus que temos um auxílio certo e seguro na verdadeira fé e na esperança, por isso: ...animem e ajudem uns aos outros, como vocês tem feito até agora(1Ts 5.11).

Não se deixem enganar pelas falsas previsões de falsos profetas. Continuem vossa vida trabalhando, cuidando da família, cuidando da Igreja, cuidando da vossa fé no Senhor Jesus, e podem ter a certeza, que o Dia da volta de Cristo não pegará vocês de surpresa.  Amém.

quarta-feira, 15 de junho de 2022

SERMÃO ; JESUS É O SENHOR DA LEI!!

 

Sermão para o 2º Domingo após Pentecostes

Leituras: Sl 81.1-10    Dt 5.12-15      2 Co 4.5-12     Mc 2.23-3.6

Tema: Jesus é o Senhor da Lei!

       O texto de Marcos lido hoje, reúne parte dos conflitos de Jesus e seus discípulos com os fariseus e escribas. Certamente Marcos acolhe esse material para promover o debate diante do poder ideológico dos que interpretavam e manipulavam as leis.

       A polêmica do nosso texto é a santificação do sábado, as versões diferentes da interpretação dessa lei. Os discípulos de Jesus foram flagrados pelos fariseus colhendo espigas (de trigo) no sábado (v. 22).

       Os fariseus denunciam Jesus e seus discípulos por fazerem o que não é lícito no sábado (v. 24). A lei proibia a colheita no sábado conforme Dt 5.12-15. Para os fariseus o preço desse erro de Jesus e seus discípulos é a morte (Mc 3.6).

       Nunca lestes...? pergunta Jesus aos conhecedores da lei (v. 25). Jesus interpreta o Antigo Testamento e compara a sua situação e a dos seus discípulos com o que aconteceu a Davi e seus companheiros.

       A situação de fome, de Davi e seus companheiros sobrepôs-se à lei. A necessidade gerou a liberdade de ação de Davi: exigir e comer os pães sagrados mesmo não sendo lícito (v. 26). Fica subentendido que a fome dos discípulos é suficiente para justificar a ação de colher no sábado.

       Jesus desafia os fariseus e a hegemonia ideológica deles e de outros grupos dominadores: escribas, sacerdotes, herodianos, etc.

       Trabalhar no sábado não pode, mas matar pessoas pode? A interpretação da lei tinha a função de justificar poderes dominadores desses grupos religiosos organizados.

       Cabia ao povo, abaixar a cabeça e dizer sim para a lei conforme a interpretação desses grupos, mesmo que esse cumprimento ceifasse a vida. O absolutismo como critério para a interpretação era o mecanismo de poder usado pelos fariseus e escribas para subjugar as demais pessoas.

       Os critérios de Jesus para a interpretação da lei são diferentes. As novas versões de Jesus para a lei questionam o consenso ideológico em prática, defendido e articulado principalmente pelos fariseus.

       O sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado (v. 27). Marcos é o único a apresentar este provérbio. É o dito central em nosso texto. Na interpretação de Jesus o sábado é dádiva, um dom de Deus, em benefício ao povo.

       A vontade e a necessidade dos discípulos de comer o trigo é maior do que a lei do sábado. Esta é uma nova versão do que é lícito ou não, na interpretação de Jesus para a lei do sábado.

       Não o diminui, nem promove a desobediência ao mandamento de Deus. Dá aos pobres, aos famintos a liberdade de também no sábado comerem, viverem.  Marcos aponta para a autoridade de Jesus, o Filho do homem. QUEM É DONO DO SÁBADO? O próprio Jesus, portanto ele sabe do que fala.

       ... o Filho do homem é senhor também do sábado (v. 28). Jesus se declara capacitado para dar a interpretação correta da lei do sábado.        Arroga para si o poder de manifestar a vontade original da lei de Deus para evitar a sua inversão. Para os escribas e fariseus somente Deus tinha esse poder sobre a lei. Podemos até dizer que Jesus chama para si o controle ideológico da lei, uma espécie de resgate do verdadeiro sentido da Lei.

       Temos aí a valorização da presença histórica de Deus no mundo através de Jesus, o Filho do homem. Aquele homem Jesus, cercado dos seus seguidores, agora é apresentado como quem tem autoridade para resgatar o objetivo original da lei: facilitar a festa, matar a fome, romper o domínio de poucos, impedir a injustiça, abrir caminho para a cura de pessoas, a liberdade e a vida – sendo sábado ou não.    Assumir a presença histórica de Deus através de Jesus significa estar atento para novos caminhos, novos critérios de entender a Lei, nova vida, não subjugada pela Lei, mas de liberdade em Cristo Jesus.

       O texto aponta para o poder de Jesus de resgatar o objetivo do sábado. Ele foi criado para nós. Não somos escravos do sábado e da lei.        Jesus assume a ação histórica de Deus de resgatar a liberdade.        Concluímos, então, que o texto desafia para o questionamento da manipulação humana da vontade de Deus, seja pela interpretação errada da palavra da Bíblia ou por experiências concretas e históricas de cumprimento de Lei.

       E, ainda, aponta para o anúncio do senhorio de Jesus, Deus conosco que, através do seu ato salvífico e de suas ações históricas concretas, oferece critérios novos para determinarem a luta da vida no dia-a-dia. Todos os dominados pela lei, por mandamentos e normas de ordem eclesiástica ou civil, encontram em Jesus critérios de liberdade na luta pelos direitos vitais.

       Baseado neste texto, podemos questionar a segmentos econômicos e políticos da sociedade que exercem poder nefasto, destruidor, especialmente sobre as camadas exploradas da população. Interpretam e manipulam as leis com rigor. E, de maneira casuística, colocam-nas em vigor conforme a sua conveniência.

       Refiro-me a ações judiciais (a justiça brasileira, aproveitando a paralização dos caminhoneiros – lançou multas sobre empresas transportadoras de aproximadamente 300 milhões de reais e com ameaças de fechar ou tirar os bens dessas empresas caso não paguem a multa -  não se perguntando quantos empregados perderão seu emprego), leis do mercado econômico e financeiro que as autoridades nos impõem (impostos exagerados), programas da justiça eleitoral (somos livres mas somos obrigados a votar), ações legislativas e executivas e assim por diante.

       Diante disso, podemos anunciar os critérios novos de Jesus, a presença viva de Deus na história e em nosso meio. Com esse anúncio podemos facilitar as práticas comunitárias e o apoio a todas as iniciativas da população que, em seus movimentos e interferências na sociedade, tomam como critério a vida e as necessidades das crianças, doentes, idosos, jovens, estudantes, trabalhadores, etc.

       Também no meio religioso e cristão, existem falhas e aberrações praticadas pelas diferentes igrejas e religiões que usam leis e instrumentos normativos que escravizam os membros.                        E, em muitos casos, tais ações assumem função ideológica ampla, tornando-se aparelhos de todo o sistema diabólico que afasta a população do projeto e das obras de Deus.  EX: Há poucos meses, houve em nossa cidade um encontro numa igreja, chamado de seção descarrego, com uma tonelada de sal grosso para purificar aqueles que pagassem e mergulhassem naquele sal. Isto não é de Deus. Isto é diabólico.

       Neste caso anunciar a presença viva de Jesus Cristo a partir desse exemplo histórico que rompe com a escravidão da lei do sábado torna-se uma necessidade primordial. Podemos anunciar Jesus como quem tem autoridade para libertar as pessoas das propostas eclesiásticas escravizadoras, da teologia enganadora e do falar de Deus como manipulador.

       As igrejas que guardam o dia de descanso no sábado têm promovido insegurança nos cristãos que santificam o domingo. Esse tema é vivencial principalmente na cidade. Não podemos fugir dele. Ao contrário, devemos assegurar que as reflexões de hoje sobre o dia de descanso contemplem os critérios de interpretação da lei apresentados por Jesus no texto de Marcos.          Para isso, importa resgatar a amplitude teológica e traços históricos do sábado e do dia de descanso.

       Temos uma dívida enorme com o sábado. O catecismo usado na Igreja Evangélica Luterana no Brasil (IEEB), por exemplo, traduz o mandamento do sábado como: santificarás o dia de descanso. Pressupõe que o domingo engoliu o sábado sem deixar história. Mas não é assim.

       O sábado, diante do que Jesus fala, deve ser entendido como a conclusão da criação. Esta conclusão se dá através da presença repousante do criador na criação. Esta presença de Deus é a primeira revelação de Deus na sua criação; não é uma revelação criadora, mas repousante, não indireta e intermediada, mas uma revelação direta. (J. Moltmann, p. 408.)

       No Decálogo, o mandamento do sábado é o mais longo. Trata-se de um dia sem trabalho, de não fazer nada, a cada período de sete dias. O fazer nada inclui a todos, os animais e toda a criação de Deus. No sétimo dia, a criação é semanalmente restaurada e festejada (J. Moltmann, p. 410).

       A celebração cristã relacionada com a ressurreição de Jesus surgiu entre os gentios, que não cumpriam a Lei judaica, e no século 2 instituído oficialmente para todos.

       No início o domingo de hoje não tinha nome próprio — na contagem judaica: primeiro dia da semana (Ap 20.7; l Co 16.2; Mc 16.2; Jo 20.1,19).

       Recebeu o nome domingo, em oposição do culto ao deus sol. No início os cristãos judaicos observavam o sábado e na noite do sábado para o domingo reuniam-se em comunidade para celebrar a Santa Ceia. Na manhã de domingo celebravam os batismos em homenagem a ressurreição de Cristo.

       Após o concilio dos apóstolos (At 15.5; Gl 4.8; Cl 2.16s.) os gentios tornavam-se cristãos sem a necessidade de observarem a lei judaica.  

       A celebração da ressurreição de Jesus, a partir daí, separou-se do sábado. A destruição do templo de Jerusalém e a proibição do imperador Adriano de observar a lei judaica contribuíram para o fortalecimento da festa dominical e para o distanciamento do sábado em sua dimensão fundamental. Com o imperador Constantino, a partir de 312, o domingo transformou-se no dia de descanso reconhecido pelo Estado.

       Os cristãos precisam resgatar e devolver ao dia de descanso a obra da criação de Deus, o descanso de Deus e o descanso de tudo e de todos na presença de Deus. Nesse resgate entra a importância do texto de Mc 2.23-28.

       Jesus não aboliu o sábado. Apresentou-se como senhor também do dia de descanso. Devolveu ao sábado a liberdade: ele foi criado para o bem das pessoas, não para escravizar as pessoas. Jesus resgatou para os necessitados e famintos, para os subjugados pelas leis humanas, o acesso aos direitos vitais. Ele indicou: na festa do dia de descanso, não pode faltar o pão, não pode faltar comida.

       Portanto, diz o Apóstolo Paulo, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. 1 Coríntios 10:31-33

       Em Cristo somos livres para fazer o bem sempre, sendo sábado, sendo domingo ou outro dia qualquer. Porque Cristo é o Senhor da Lei e por isso nos libertou da escravidão da Lei. Amém.

segunda-feira, 13 de junho de 2022

VIOLÊNCIA X CONTROLAR-SE

 Controle-se

Estamos vivendo dias cada vez mais violentos. Por qualquer motivo as pessoas acabam brigando e até matando. O ser humano está cada vez mais descontrolado.



Esse descontrole vem da nossa falta de equilíbrio em resolver problemas. Achamos que com agressividade se resolvem todas as coisas mais rapidamente. Também demonstramos o nosso egoísmo e falta de controle. Já a palavra de Deus ensina que “Vale mais ter paciência do que ser valente.” (Pv 16. 32) A paciência nos ajuda a ter mais equilíbrio. Quem tem paciência, pensa melhor e normalmente consegue encontrar uma boa solução para resolver o problema.


Assim também é preciso paciência para resolver os nossos problemas. Quase nunca as coisas se resolvem num “passe de mágica”. Lembre-se sempre de que é Deus que está no controle. Seja paciente. Confie em Jesus Cristo e ame como Cristo amou você.
Oração:
Bondoso Deus, obrigado pela vida, pois é um presente sem preço que tu nos dás. Ajuda-me a fazer bom uso do meu corpo, do meu tempo e dos bens que recebo generosamente das tuas mãos. Peço que me dês a sabedoria para aproveitar o que me dás, não só para o meu prazer, mas também para o bem do meu próximo. Em nome de Cristo. Amém
(Hora Luterana)

sábado, 11 de junho de 2022

DIA DO PASTOR

SER PASTOR!

 Ser pastor na igreja cristã, é um desafio. O apóstolo Paulo lista vários deveres de quem quer ser pastor na Igreja de Jesus. Mas apesar de todos os desafios e dificuldades, Paulo diz que “se alguém quer muito ser bispo na Igreja, está desejando um trabalho excelente” (1Tm 3.1). O ministério pastoral é excelente porque, por meio da pregação da Palavra, de Jesus e da sua obra pela humanidade, muitas pessoas finalmente recebem a paz que o mundo não pode dar. Não é um trabalho excelente? Então, invista algum tempo do dia de hoje e ore pelas pessoas que dedicam a vida para que mais pessoas conheçam a vida verdadeira. Além de orar, se você conhece algum pastor, lembre-o que ele é cuidado e amado pelo Bom Pastor Jesus.



Oração: Senhor Deus, dá a tua sabedoria aos pastores do teu povo. Que as dificuldades e tropeços não tire deles a alegria de servirem o teu povo com o amor de Jesus. Em nome do Pastor dos pastores, Jesus. Amém. 

Leia em sua Bíblia 1Timóteo 3.1-7 – Compartilhe #HoraLuterana


DESEJAMOS AS MAIS RICAS BÊNÇÃOS DE DEUS SOBRE TODOS OS PASTORES.

Que o Senhor da Igreja mantenha fiéis a todos os pastores nas Sagradas Letras, anunciando Cristo como o único Salvador.

quinta-feira, 9 de junho de 2022

REFLEXÃO - SURDEZ

 ESPOSA SURDA!!



Excelente reflexão!!
– Qual o problema de sua esposa ? Disse o médico.
– o marido respondeu Surdez. Não ouve quase nada.
– Então o senhor vai fazer o seguinte: antes de trazê-la, faça um teste para facilitar o diagnóstico. Sem ela olhar, o senhor, a certa distância fala em tom normal, até que perceba a que distância ela consegue ouvi-lo.
E quando vier – diz o médico – dirá a que distância o senhor estava quando ela o ouviu. Está certo ?
– Certo, combinado então.
À noite, quando a esposa preparava o jantar, o marido decidiu fazer o teste.
Mediu a distância que estava em relação à esposa. E pensou: “Estou a 15 metros de distância dela. Vai ser agora”.
– Maria, o que temos para jantar ? Ela não ouviu nada. Então aproximou-se a 10 metros.
– Maria, o que temos para jantar ? Ela não ouviu nada ainda. Então, aproximou-se mais 5 metros.
– Maria, o que temos para jantar ? Silêncio ainda.
Por fim, encosta-se às costas da mulher e volta a perguntar:
– Maria! O que temos para jantar ?
– Frango, meu bem… É a quarta vez que te respondo!
Como percebem, muitas vezes achamos que o problema ocorre com os outros, quando na realidade o problema é nosso, só nosso…
Achamos que Deus não ouve nossas orações mas quando nos aproximamos Dele percebemos que o erro sempre esteve em nós por não ouvirmos o que Ele diz.

domingo, 5 de junho de 2022

FESTA DO PENTECOSTE!

 Igreja Luterana: uma "igreja fria"?

A Festa de Pentecostes se aproxima.
"...que tenho a ver com o Espírito Santo? Resposta: 'Ele me batizou, proclamou-me o Evangelho sobre Cristo e despertou meu coração para a fé. O Batismo não nasceu de mim, nem o Evangelho e a fé nasceram de mim. Ele mos deu. Pois os dedos que me batizaram não são humanos, mas são os dedos do Espírito Santo. E a boca do pregador e as palavras que ouvi não são dele, mas, as palavras e a pregação do Espírito Santo. Através desses meios externos, Ele opera a fé em mim e, dessa maneira, torna-me santo'" (M. Lutero)
Não existe "igreja fria", onde os dedos e as palavras do Espírito Santo estão em ação pela Palavra, Batismo e Santa Ceia!





sábado, 4 de junho de 2022

A MORTE DA GERAÇÃO DE FERRO!

 ESTÁ MORRENDO A GERAÇÃO DE FERRO, PARA DAR PASSAGEM À GERAÇÃO DE CRISTAL.

Está morrendo a geração que sem estudos educou seus filhos.
Aquela que, apesar da falta de tudo, nunca permitiu que faltasse o indispensável em casa.
Aquela que ensinou valores, começando por amor e respeito.
As pessoas que ensinavam aos homens o valor de uma mulher
E às mulheres o respeito pelos homens.
Estão morrendo os que podiam viver com pouco luxo, sem se sentirem frustrados com isso.
Aqueles que trabalharam desde tenra idade e ensinaram o valor das coisas, não o preço.
Morrem os que passaram por mil dificuldades e sem desistir nos ensinaram a viver com dignidade.
Aqueles que depois de uma vida de sacrifícios e agruras vão com as mãos enrugadas, mas a cabeça erguida.
A geração que nos ensinou a viver sem medo está morrendo.
Ela está morrendo,
A geração que nos deu a vida.
Autor desconhecido


quarta-feira, 1 de junho de 2022

GENEROSIDADE!

 A generosidade de Deus

Errar é humano, perdoar é divino. Este ditado popular resume bem a generosidade de Deus. Como é fácil cometer erros e como é difícil perdoar. Quando erramos sempre esperamos que os outros nos perdoem, mas quando pisam em nosso calo, como é difícil perdoar. Por isso é importante que reconheçamos a generosidade de Deus. Mais do que isso, agradeçamos a ele por tanta paciência e generosidade. Mas, de onde vem tanta generosidade? Vem do grande amor que Deus tem por você. Ele realmente é seu pai e está sempre de braços abertos para perdoar você. Não pense que Deus é como nós. Ele é bem diferente. Ele é, acima de tudo, generoso. Ele generosamente nos estende a mão nos momentos difíceis. Ele generosamente entregou Jesus para morrer na cruz por você. E ainda nos convida: Venham a mim e eu vos aliviarei. Que generoso e amoroso Deus nós temos. Como é bom saber disso!
Oração:
Pai Celeste, agradeço por derramares sobre a minha vida muitas bênçãos. Ajuda-me nas minhas necessidades materiais. Se for da tua vontade, ajuda-me a superá-las, mas acima de tudo eu peço que me ajudes a fortalecer a minha convicção de que em todos os momentos o Senhor está comigo e me abençoa sempre. Em nome de Cristo. Amém.