SBB

quinta-feira, 2 de junho de 2016

MENSAGEM PARA REFLEXÃO

Tema: Qual é o segredo da IELB para chegar aos 112 anos?
Sua pregação não visa agradar pessoas!



         A IELB está completando 112 anos. Qual é o segredo? A resposta correta a essa pergunta apresenta o verdadeiro DNA da Igreja Evangélica Luterana do Brasil. Nessa mensagem, bem como nas próximas do mês de junho, estarei abordando em rápidas pinceladas, breves linhas para uma resposta adequada a pergunta sobre o segredo para se chegar com vida, entusiasmo e cheia de planos aos cento e doze anos.
      A igreja não é empresa, mas convém louvar a Deus, afinal, por mais de 100 anos a IELB atua em terras brasileiras. 
   Quantas empresas chegaram aos 100 anos no Brasil? Apenas 0,1% das empresas no Brasil chegaram e passaram dos 100 anos. Das 14,5 milhões de empresas, apenas 190 chegaram aos 100 anos de atividade no Brasil. As causas são as mais variadas possíveis: crise, revoluções, mudanças na constituição, trocas de moeda. A IELB não é uma empresa, mas também enfrentou essas situações e mesmo assim continua vibrante, motivada e cheia de planos para o futuro.
     A igreja não é uma empresa, apesar de ser administrada com viés empresarial. Seu produto não é vendido, apesar de seus proclamadores receberem salário. Não é a venda e a compra que faz seu caixa possuir saldo, mas as ofertas voluntárias de seus adeptos. Não possui muitos associados, mas os poucos a mantém com amor e afinco, de maneira voluntária e alegre.
      A IELB celebra 112 anos em 2016, mas, o que de fato a mantém de pé, vibrante, ativa, motivada, atarefada é o poder e a autoridade de Jesus que também a enviou para fazer discípulos por todos os cantos do Brasil e do mundo.
     As mais variadas empresas surgiram de acordo com a demanda de determinado produto ter se tornado necessário. Muitas empresas, preocupadas em não serem devoradas pelo mercado e pela concorrência, formaram associações entre si. Muitas empresas investem uma grande parcela de valores em marketing. Oferecem produtos de qualidade e preços acessíveis. Tudo isso na expectativa de se manterem vivas, ativas e com renda.
      Para as empresas se manterem no mercado é necessário agradar ao público.
         O apóstolo Paulo não é contra agradar pessoas. No entanto, combate o fato de que muitos para agradar as pessoas o fazem distorcendo o verdadeiro ensino do evangelho, ao qual o apóstolo Paulo chama de “outro evangelho”. Alguns pregadores queriam agradar pessoas falando palavras agradáveis.
     Alguns pregadores na época do apóstolo Paulo ensinavam doutrina humana. Doutrinas aceitáveis e agradáveis a razão humana. Há pregadores que falam para serem aplaudidos (Mt 6.2; Jo 5.44). A tarefa de um pregador não é persuadir pessoas a seu favor, sua função e conduzi-los a Cristo.
        As consequências de buscar apenas agradar pessoas com um evangelho estranho ao próprio evangelho, é fazer fanáticos que matam cristãos achando que estão agradando a Deus.
       Quando ouvimos notícias como do dia 03 de abril de 2015, que dizia que o grupo da milícia islâmica Al Shabaad deixaram 147 mortos e 79 feridos na universidade no Quênia. Ou notícias que dizem que 100 mil pessoas por ano são mortas por um único motivo: ser cristão.
       Paulo sabia muito bem que o fanatismo era perigoso. Escreveu aos Gálatas que “seu proceder no judaísmo era tão fanático que perseguia a igreja de Deus e a devastava” (Gl 1.13). Ele imaginava que por seu fanatismo estava agradando a Deus, mas, não era bem assim. Sua perseguição à igreja cristã era por causa do seu zelo as tradições religiosas e não o verdadeiro cristianismo (Gl 1.13,14; Fp3.6).
       Da parte dos homens há muitos tipos de evangelho!
      Esses muitos evangelhos estão criando fanáticos que matam e destroem toda a verdade do verdadeiro evangelho. O evangelho verdadeiro é aquele anunciado pelo apóstolo Paulo, “não segundo o homem, porque eu não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas mediante revelação de Jesus Cristo” (Gl 1.11,12).
     Qual é o evangelho revelado por Jesus ao apóstolo Paulo? Jesus disse a Paulo: “...Eu apareci a você para o escolher como meu servo, a fim de que você conte aos outros o que viu hoje e anuncie o que lhe vou mostrar depois. Vou livrar você dos judeus e também dos não-judeus, a quem vou enviá-lo. Você vai abrir os olhos deles a fim de que saiam da escuridão para a luz e do poder de Satanás para Deus. Então, por meio da fé em mim, eles serão perdoados dos seus pecados e passarão a ser parte do povo escolhido de Deus” (At 26.18).
         A mensagem é que só a fé em Jesus salva. Não se agrada a Deus através das ações somente (Hb 1.6). Jesus é quem foi o sacrifício agradável a Deus. Todo aquele que crê em Cristo, recebe a justiça de Cristo, “Pois o evangelho mostra como é que Deus nos aceita: é por meio da fé, do começo ao fim. Como dizem as Escrituras Sagradas: “Viverá aquele que, por meio da fé, é aceito por Deus”” (Rm 1.17).
       O apóstolo Paulo enfatiza que o mais importante não é o ensino humano, mas o ensino do evangelho, Gl 2.14. Só se pode ouvir a igreja se a mesma está de acordo com a Palavra de Deus.
       O apóstolo Paulo afirma que não foi chamado por merecimento. Na verdade o zelo a tradição do seus pais o cegava para a graça de Deus.
        Até onde nosso “zelo tradicional” está cegando para a graça de Deus?
       Deus por sua graça chamou Paulo e chama a cada um de nós. Corremos o risco de nos tornar piores do que éramos antes, sendo fanáticos e deixando de ser cristãos.
        O apóstolo Paulo na sua carta aos Gálatas ressalta que Deus o “chamou pela sua graça”. Com isso o apóstolo Paulo ensina que Deus o chamou não por aquilo que havia feito ou deixado de fazer. Não era ele o agradável a Deus. Deus o chamou “somente por sua graça”.
         O verdadeiro Evangelho revela o Filho de Deus.
       Parece ser fácil dizer que o Evangelho nada mais é que a revelação de Jesus Cristo. Mas, no conflito da consciência e na prática, certamente, é difícil crer nesse evangelho. Afinal, se o evangelho é a revelação de Jesus Cristo, certamente não requer obras, não ameaça com a morte, não apavora as consciências. Cristo é o objeto do evangelho. O evangelho apresenta a obra divina, doada a mim por mera graça. Esse dom eu recebo somente pela fé.
       O apóstolo Paulo não quer agradar as pessoas com um evangelho que elas queiram ouvir, mas insiste em mostrar a certeza de que seu Evangelho é a Palavra de Deus, a revelação de Jesus Cristo.
         Agradar as pessoas não é errado e nem sequer ruim, mas em matéria de pregação, não se pode querer anunciar o que agrada as pessoas, é preciso anunciar e proclamar a revelação de Jesus Cristo. Amém!

M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann

0 comentários:

Postar um comentário