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quarta-feira, 30 de março de 2022

FOME E SEDE DE JUSTIÇA

 

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” (Mt 5.6).

 
Como poderei ter um Deus misericordioso? Esse grito vinha do fundo do coração do Lutero antes da Reforma.
 
Com essa pergunta, ele sofreu mais do que alguém que está morrendo de sede no deserto. Essa pergunta o levou ao mosteiro, mas ele não descansou enquanto não encontrou em Deus o seu Pai misericordioso.
 
No sofrimento, também o filho pródigo começou a sentir saudades da casa paterna e não descansou antes de conseguir o perdão do seu pai.
 
Seria necessário que, nos dias de hoje, cheios de fartura, houvesse novamente mais fome e sede pelo Senhor Deus e pela sua santa Palavra.
 
É muito bom quando a nossa alma fica com sede do amor de Deus a ponto de exclamar: “levantar-me-ei e irei ter com meu Pai...”. Infelizes são todos os que estão saturados e cheios de justiça própria, porque o Senhor só pode encher jarras vazias.
 
Deus só vem àqueles corações que estão desejosos dele. Jesus não quer aqueles que estão satisfeitos, porque estes nem o procuram.
 
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, daquela justiça que é válida perante Deus, porque estes serão fartos. Nada lhes faltará. Até mesmo nas últimas horas de sua vida aqui no mundo, não terão sede.
 
Já enquanto estão caminhando no deserto deste mundo, o Senhor lhes dá, em abundância, da fonte da água da vida. Eles estarão fartos quando, um dia, vier a grande separação.
 
Serão eternamente benditos aqueles que aqui tiveram e têm sede, os que tiveram e têm fome de justiça.

Johannes H. Rottmann

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