31 DE OUTUBRO - DIA DE CELEBRAR A REFORMA
IELB -
Comunicacao (comunicacao@ielb.org.br)

Muitas são as histórias que giram em torno do Reformador
Martinho Lutero. Uma delas tenta retratar o momento em que Lutero redescobre a
verdade bíblica, maravilhosa de que nós somos salvos unicamente por um favor
que vem do amor e da misericórdia de Deus.
Conta-se que em seus primeiros anos como professor, o Dr.
Martinho Lutero ministrou lições no Genesis, nos Salmos, em Romanos, Gálatas e
Hebreus. Ele passava muitas horas estudando as Escrituras a fim de preparar-se
para as suas preleções.
Em muitas noites quando todos já tinham ido dormir uma luz
ainda brilhava no Gabinete de Lutero, que ficava no alto da torre. – Numa
dessas noites em 1514, fez uma grande descoberta. Estava trabalhando em suas
anotações no livro de Salmos. O Salmista tinha proferido as Palavras de Jesus
sobre a cruz: “Deus meu, Deus meu porque me abandonaste?” - Lutero estava
intrigado. Porque haveria de o Santo Filho de Deus sentir-se abandonado pelo
Pai? É verdade, Lutero já tinha se sentido assim muitas e muitas vezes, mas ele
sabia que era pecador, mas Jesus era puro e sem pecado. A única resposta é que
Jesus tomou sobre si os nossos pecados. Certamente o Deus que fez isso por nós
é um Deus misericordioso. – No entanto, Deus não é apenas misericordioso; ele é
também santo e justo.
Quantas vezes já tinha se deparado com as Palavras "Justiça
de Deus". Para ele isso significava que Deus demonstra a sua justiça e retidão
punindo o pecador. Por conseguinte tais palavras eram para ele motivo de temor.
– Considerando que o apóstolo Paulo muitas vezes mencionava o termo justiça de
Deus! Lutero voltou-se para as suas cartas para tentar entender melhor esse
termo. Em Rm 1.17 ele leu: “Visto que a justiça de Deus se revela no Evangelho,
de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.” – Para Lutero não era
nada fácil esquecer o que tinha aprendido e o que tinham inculcado em sua
cabeça desde que era pequeno. Finalmente pode entender o real significado do
termo justiça de Deus, não significava a bondade que o próprio Deus tem, mas
sim a bondade que ele nos outorga. Essa justiça não é recompensa por qualquer
boa obra que a pessoa possa ter praticado. É um presente gratuito de Deus dado
a todo aquele que crê que Jesus sofreu e morreu pelos seus pecados e em seu
lugar.
Essa é a notícia maravilhosa do amor de Deus por nós, somos
salvos porque tudo o que tinha que ser feito pelo perdão de nossos pecados foi
feito por Jesus.
Rev. Rubens José Ogg – Secretário da IELB