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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

OLIMPÍADAS - 2016

Olimpíada – tentação

        A Olimpíada, realizada no Brasil no mês passado (agosto de 2016), apesar dos atropelos de última hora, transcorreu bem, sem maiores problemas. O Brasil saiu honrado, na moldura belíssima da cidade de Rio de Janeiro.
      O preparo para a Olimpíada exigiu muitos treinos, esforços e disciplina dos atletas nos últimos anos e, de forma especial, nos dias de competição; cuidado na alimentação, momentos de exercícios e treinos e também na observação dos momentos de repouso. Tudo cuidadosamente observado em busca das medalhas e da honra.
      A tentação
      Os atletas americanos de natação: Gunnar Bente, Jack Conger, Rynan Lochte, James Feignan, após tantos esforços e abnegações, conquistaram as medalhas almejadas. No júbilo de suas vitórias, foram relaxar e festejar. Neste momento surgiu inesperadamente um problema. Excederam-se no júbilo e na festa. Não respeitaram o horário da volta ao acampamento. Isso era erro grave. 
Eles conheciam a lei. Aí surgiu a tentações na qual, sem dúvida, todos nós, de uma ou outra forma, já caímos - quer para escapar ao rigor da lei, quer para defender a honra e encobrir nossa falha - eles apelaram para a mentira. Por terem escolhido a figura de um assalto, que requer exame policial, se deram mal. O caso virou escândalo.
      Eles pediram desculpas. O Brasil aceitou sua desculpa. Eles receberam seus passaportes de volta. Mas, pelo que se ouve, os Estado Unidos não foram tão benévolos. Lá a mentira é punida severamente. Especialmente nesse caso, que trouxe vergonha para sua pátria.
      O que temos a aprender com tudo isso? Conhecemos o ditado popular: Mentiras tem pernas curtas. Neste episódio da Olimpíada, cumpre observar a oportunidade da tentação.
      Todos nós, especialmente, cristãos temos que criar hábitos de comportamento. Em tempos passados, pais, escolas e a sociedade davam grande importância para incutir, nas crianças e nos jovens, os princípios morais da lei de Deus. Mesmo que, a queda em pecado, tenha apagado parcialmente a lei inscrita no coração, restam resquícios da lei no coração humano, como por exemplo: Respeitar pais e superiores, respeitar as leis do país, não mentir, não roubar, não defraudar, não causar danos ou mal algum ao nosso próximo. Isto era ensinado no lar e na escola e havia castigos severos para quem transgredisse essas leis. Como ainda o é em vários países no mundo e em muitos lares cristãos. Pois nós cristãos temos, à luz de toda a Bíblia, um conhecimento mais profundo da lei, como exposto por Martinho Lutero nos Catecismos Menor e Maior.
       A tentação para desrespeitar essas leis que Deus inscreveu em nossos corações é muito fácil e se apresentam, normalmente, de forma inesperada. Somente aqueles que têm o bom e firme hábito de vigiar rigorosamente suas atitudes conseguem vencer. Os atletas, por mais cuidadosos que foram durante os anos de preparo, terminaram em vexame por terem-se descuidado desse detalhe, julgando, provavelmente, que será fácil, por uma mentira, encobrir a transgressão.
      Sirva isso de exemplo a todos nós, especialmente a nós cristãos. E onde fraquejamos, tenhamos a hombridade de confessar nosso erro, pedir perdão a Deus, desculpas ao próximo e suportar as consequências. Isso precisa ser lembrado constantemente. “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Marcos 14.38).

São Leopoldo, 30/08/2016
Horst R. Kuchenbecker

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