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terça-feira, 2 de março de 2021

LUTERO E A PESTE BUBÔNICA DE 1527.

     Em 1527, a Europa enfrentou a peste bubônica.

    Em 2021, nessa atual pandemia, podemos tirar alguns conselhos muito sábios desse texto.
Este foi o posicionamento do Reformador Martinho Lutero...
    "É ainda mais desonroso para uma pessoa não prestar atenção ao seu próprio corpo e não conseguir protegê-lo da pestilência da melhor maneira possível, e depois infectar e envenenar outras pessoas que poderiam permanecer vivas se essa pessoa cuidasse do seu corpo como deveria fazer.
    Ele é, portanto, responsável perante Deus pela morte de seu próximo e é homicida muitas vezes. De fato, tal pessoa age como se uma casa estivesse queimando na cidade e ninguém estivesse tentando apagar o fogo. Em vez disso, deixa as chamas livres de forma que toda a cidade acaba queimando, dizendo que se Deus quisesse, poderia salvar a cidade sem água para apagar o fogo. Não, meus queridos amigos, isso não está certo.
    Usem remédios; tomem as porções que possam ajudar-vos; desinfetem a casa, o pátio, a rua; evitem as pessoas e os lugares onde seu vizinho não precisa da sua presença ou esteja curado e ajam como um homem que quer ajudar a apagar as chamas da cidade.
    O que mais é a epidemia, se não um incêndio que, em vez de destruir madeira e palha, devora vidas e corpos? Você deveria pensar assim: ‘Muito bem, por decisão de Deus, o inimigo nos enviou miudezas venenosas e mortais. Por isso, pedirei a Deus misericordioso que nos proteja. Depois eu desinfetarei, ajudarei a purificar o ar, darei e tomarei os remédios. Evitarei lugares e pessoas onde a minha presença não é necessária para não me contaminar e, assim, talvez infectar e contaminar outras pessoas, causando a morte delas como resultado de minha negligência. Se Deus quiser me levar, certamente me encontrará e eu terei feito o que ele espera de mim, e assim não serei responsável pela minha própria morte ou pela morte de outros. Se meu vizinho precisar de mim, no entanto, não evitarei lugares ou pessoas, mas irei voluntariamente para lá, como já afirmei’. Veja bem, esta é uma fé realmente baseada no temor de Deus, porque não é insolente, nem imprudente, nem tenta Deus” (Martinho Lutero)

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