O AMOR. QUE AMOR?

 QUE AMOR É ESSE?!?!??!?!

Os tradutores da Bíblia nas ilhas Novas Hébridas (sul do Pacífico) estavam com dificuldades para encontrar um verbo apropriado para "crer", especialmente em Jo 3.16, quando a compreensão do termo é essencial.

John G. Paton, um dos tradutores, encontrou, por acaso, uma solução enquanto estava caçando com um membro de uma tribo. Os dois apanharam um grande antílope e o levaram preso a uma vara até a casa de Paton. Quando chegaram à varanda, os dois soltaram a carga e se jogaram nas cadeiras da varanda. Ao fazerem isso, o nativo exclamou na língua de seu povo: "Meu Deus, como é bom ME ESTENDER AQUI E DESCANSAR." Paton imediatamente pegou um papel e um lápis. Tinha encontrado a expressão que daria sentido para a palavra "crer" para aquele povo.

Já andávamos cansados antes da pandemia. Por vários motivos.

Muitas coisas nos estressavam. E para muitos, a hora de dormir não significava exatamente "descanso".

Tudo se intensificou neste últimos doze meses. Somando-se às preocupações que já tínhamos, vieram a tristeza, o choro, a ansiedade, a depressão causados pela COVID-19.

Queremos tanto "descansar", "repousar". Mas onde? De que jeito? Parece que não há colchão ou travesseiro adequados e apropriados. Acordamos mais cansados do que quando fomos dormir. E quando despertamos, um peso nos impede de levantar.

Então ouvimos a voz de Jesus: "Venham a mim, todos vocês que estão cansados de carregar as suas pesadas cargas, e eu lhes darei descanso" (Mt 11.28). Isso já foi chamado de utopia no passado por pessoas que hoje seriam consideradas "social influencers".

Só que algumas pessoas acreditaram nesse convite. Uma delas foi o apóstolo Paulo: "Muitas vezes ficamos aflitos, mas não somos derrotados; algumas vezes ficamos em dúvida, mas nunca ficamos desesperados. Temos muitos inimigos, mas nunca nos falta um amigo. Às vezes, somos gravemente feridos, mas não somos destruído... Por isso nunca ficamos desanimados... Porque vivemos pela fé e não pelo que vemos" (2 Co 4.8-9,16; 5.8).

É isso o que John Paton descobriu naquele dia: Crer é "me estender e descansar nas mãos todo-poderosas de nosso amado Deus". Foi justamente para isso que ele enviou seu Filho. Nossos pecados nos levariam à condenação. Sem apelação. Sem recursos. Sem propina. Sem segunda instância.

Então veio Jesus. E disse: "Está consumado" (Jo 19.30). Não uma suspensão temporária de pagamentos, mas uma anulação definitiva. "Deus anulou a conta da nossa dívida...acabou com essa conta, pregando-a na cruz" (Cl 2.14).

É incrível o que Deus é capaz de fazer para que nós "descansemos". E ainda nos presenteia com a fé e nos concede o Espírito Santo para nos ajudar. E mais: pela sua Palavra, ele oferece não gotas, mas baldes e rios e cachoeiras de vitaminas, imunizantes, proteínas, revigorantes de seu amor.

E Jesus ainda fala:: "Porque Deus amou o mundo tanto que deu o seu único Filho, para que todo o que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna." (Jo 3.16).

Aliás, acho este versículo mais bonito assim: "Porque Deus amou o Sergio tanto que deu o seu único Filho para que o Sergio se estenda nele, descanse, não pereça mas tenha a vida eterna."

"Venham a mim todos vocês", convida Jesus. Dá prá recusar um convite desses e não me estender em suas mãos e não descansar de verdade?

Pr Sergio Flor

Igreja Luterana Bom Pastor da Lapa - São Paulo Capital