SBB

domingo, 16 de agosto de 2015

MENSAGEM PARA DOMINGO


Jo 6.51-69
Tema: TAMBÉM QUEREIS VÓS RETIRAR-VOS?
     Como é difícil ensinar coisas espirituais para quem só pensa e sabe das coisas materiais.
       Jesus estava ensinando as pessoas de como é importante se alimentar espiritualmente, a fim de compreender os planos de Deus, deixados para nós por meio da sua Palavra. Usou uma parábola sobre o alimentar-se do corpo e sangue de Jesus. É óbvio que isto não poderia ser feito de maneira natural, e sim espiritual.
       Quando Jesus termina o seu ensino, a maioria dos ouvintes diz: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir”. E o apóstolo João descreve o resultado dessa incredulidade: “À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele. Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos ? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus.” João 6:66-69.
       Muitos dos discípulos de Jesus O abandonaram depois de ouvir o seu discurso sobre o “pão da vida”. Diziam entre si: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”
       Mas Jesus, mesmo assim, fez uma inusitada e perturbadora pergunta aos poucos que permaneceram com ele: “Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?”
       Pergunta ousada, essa de Jesus. Ao invés de suplicar a permanência dos remanescentes, Ele os estimulou a tomar uma posição. Jesus não os mandou embora, porém solicitou que expressassem suas inclinações. Ele os confrontou.
       O vocês, estão dispostos a continuar seguindo Jesus, ou estão mais dispostos a abandoná-lo?
       O que se percebe hoje, em muitas igrejas, é uma situação inversa. ... É como se o evangelho fosse uma necessidade de Deus e não dos homens e mulheres. É como se Deus precisasse de nós e não nós de Deus.
       Neste texto, ao invés de mostrar-se carente de suas companhias, vemos Jesus lançando o desafio da desistência, colocando-os em cheque. Jesus não fez ajustes em sua pregação, para tornar-se agradável ou aceitável aos seus ouvintes. Para tornar seu sermão mais leve aos ouvidos dos seus seguidores. Ele simplesmente disse a verdade sobre a sua vinda a este mundo. Ele veio para dar a sua vida em resgate da humanidade pecadora. Jesus não veio para dar pão e peixe de graça para quem o segue.
        No afã do crescimento numérico rápido, muitas igrejas em nossa geração correm o grande risco de baratear o evangelho e tornar insignificantes os princípios absolutos da Palavra de Deus, de tal forma, para torná-la atraente, agradável aos seus ouvintes. Pecado e perdão são duas palavras que já foram banidas de muitas denominações que se dizem cristãs.
Jesus não procede assim.
      A missão que Jesus nos deixou, é que devemos ensinar as pessoas em nome de Jesus, segundo a Palavra de Deus, de tal maneira que elas tenham firmeza na fé e perseverem com Cristo. Contudo, não podemos baratear a graça, que, mesmo sendo de graça, por sua própria natureza exige compromisso.
       Não podemos afrouxar os princípios da Palavra de Deus, pois o evangelho é o que é, e “ai de quem tirar um i ou um til da minha palavra” disse Jesus.
       Talvez, no coração de um discípulo como Judas Iscariotes, pudesse ter passado naquele momento o pensamento de que, daquela hora em diante, o grande líder Jesus, agora enfraquecido pela debandada de tantos seguidores, dependeria da permanência dos mais chegados para a concretização dos seus propósitos. No entanto, ao invés de implorar apoio, Jesus os desafiou à desistência.
       Obviamente, Jesus não pretendia estimulá-los a desistirem do evangelho. Porém, o Senhor queria ao seu lado discípulos firmes, convictos, seguros quanto à decisão de seguí-lo. Esse desafio do Senhor Jesus deve ecoar ainda hoje no nosso coração.
       Como na Páscoa, quem quiser se alimentar do Cordeiro de Deus tem que se alimentar do Cordeiro todo. Nos dias que antecederam a saída dos judeus do Egito em direção à terra prometida, Deus ordenou a morte de cordeiros, cujo sangue seria passado na verga das portas das casas, como resgate pela vida dos primogênitos abrigados em seus interiores.
       Ordenou também que o cordeiro fosse comido pela família no jantar, e que, sendo esta composta por um pequeno número de membros, que se ajuntasse a outra para o banquete, se fosse o caso de o cordeiro ser grande de mais para a família, pois o cordeiro tinha que ser comido todo, dele nada poderia sobrar, nem mesmo as partes como pelego, tripas e ossos que deveriam ser totalmente queimados.        Também com Cristo, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, deve ser assim. Quem se alimenta de Cristo, precisa digerí-LO todo. Isto é: abraçamos o evangelho como ele é, ou não há evangelho.  Aceitamos e obedecemos o que gostamos, e aceitamos e obedecemos o que não gostamos da sua Palavra.
       Outro aspecto singular do texto é a determinação do apóstolo Pedro. Como resposta à indagação de Jesus, Pedro disse: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus.”
       O apóstolo, antes empresário no ramo da pesca, tinha aplicado tudo em Cristo. Se, daquela hora em diante, o Senhor dissesse que tudo tinha sido inútil, em vão ou falso, Pedro estaria em completa derrota. Afinal, ele tinha abandonado tudo por causa de Jesus. “Para quem iremos?” Essa não foi a pergunta de quem procura, mas a indagação retórica de quem já encontrou e não quer perder.
       Assim é para o verdadeiro discípulo de Jesus. Tudo está aplicado em Cristo. A vida depende inteiramente de Jesus. Tudo está nas mãos dele e sem ele a vida perde completamente o sentido, não há outro a quem se possa dirigir.
       Para quem iremos?Só Jesus tem as palavras da vida eterna. Só Jesus é a vida eterna, por isso o discípulo de Jesus jamais o abandona, independentemente das circunstâncias ou das dificuldades que esse discípulo tenha a enfrentar.
       Para quem iremos?” Jesus é de fato o pão que desceu do céu. O alimento espiritual para a salvação da nossa vida.
       Para quem iremos?O cristão que faz diferença, é aquele que não tem opção de vida fora de Jesus.
         “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna. Por isso, nós vamos te seguir todos os dias da nossa vida. Amém.

0 comentários:

Postar um comentário