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sábado, 21 de novembro de 2020

Culto Doméstico - 33/2020 – 22/novembro/2020

 Último Domingo do Ano da Igreja

1. Saudação e acolhimento (pelo líder)

2. Invocação: Em nome de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, um só Deus para sempre!

3. Oração: Pai Celeste, nós te agradecemos porque nos amparaste neste dia com a tua graça e poder. Sabemos que sem ti não estaríamos aqui nesta hora. Te agradecemos pelos bens materiais, como o alimento, a casa, o trabalho, o descanso e tantos outros bens. Mas, acima de tudo, te louvamos pelo conhecimento que temos do Salvador Jesus e pela fé Nele que tu, amado Deus, criaste e manténs em nós. Pedimos que apagues a nossa culpa pelo pecado, por amor de Jesus, e nos assistas com o teu Espírito Santo para que permaneçamos fiéis a ti. Abençoa este momento de Culto e as pessoas que aqui estão. Permite que o Espírito Santo nos conduza e nos habilite a meditar na tua Palavra, a crescer na fé e confiança em teu nome. Ajuda-nos também a viver de acordo com a orientação do teu ensino. Ouve esta oração por amor de Jesus Cristo, teu Filho, nosso amado Salvador. Amém.

4. Hino: 188 (HL) – Deus está presente

1. Deus está presente, / Pai onipotente; a seus pés nos humilhemos. / Servos consagrados, / Ante ti prostrados, / reverentes, o louvemos. / Com amor / salvador, invisivelmente, / Deus está presente.

2. Cristo está presente: / bênção permanente / do seu sangue recebemos. / Com seu sacrifício / fez o Pai propício, / e perdão inteiro temos. / Padeceu / e morreu / obedientemente. / Cristo está presente.

3. Sempre estás presente, / Deus onisciente, / Santo Espírito divino. / Tua luz bendita / nossa mente habita / pelo claro e doce ensino. / Ensinar, / consolar / verdadeiramente, / vem, ó Deus potente.

5. Leituras:  Sl 16     Dn 12.1-3        Hb 10.11-25            Mc 13.1-13

6. Reflexão: Tema: O princípio do fim!

        O  texto do evangelho lido hoje, é um dos discursos de despedida de Jesus. Foi proferido, portanto, no seu tempo de paixão.

        Cristo despede-se, porque vai em direção ao seu calvário, ao seu martírio e à sua morte. Não fala somente do seu fim, mas do fim, da finalidade de toda a humanidade, quando acontecer a sua segunda vinda.

        O nascimento, a morte, a ressurreição, a ascensão e pentecoste fazem parte da primeira vinda de Cristo. A segunda está por vir. E nós vivemos entre ambas.

        No jornal Zero Hora de Porto Alegre do dia 19.10.85 saiu uma reportagem sobre o cometa Halley. O assunto ocupou bastante espaço nos noticiários. Dentre as várias abordagens que se fez sobre o assunto, uma diz que, apesar de abençoar o nascimento do mentor do cristianismo em todos os cartões de Natal, um cometa — principalmente do porte do Halley — nunca foi bem-vindo na antiguidade ou na era medieval. Mal surgiam no céu, já corriam os boatos sobre a guerra e a peste, o medo chegava ao ponto de motivar suicídios coletivos, como forma de fugir do fim do mundo.         Mesmo em 1910, quando os meios de comunicação já anunciavam a palavra dos cientistas, ainda aconteceram verdadeiros disparates, como o caso de pessoas que venderam tudo o que tinham para promover grandes festas e morrer rindo e bebendo, ou oportunistas que comercializaram pílulas cuja bula prometia imunidade às influências do astro maligno. (P. 29-30.)

        No dia 29.12.1992 o mesmo jornal publicou uma pequena reportagem de cunho científico (cientistas americanos) que anunciaram o dia do juízo final para daqui a 1,5 bilhões de anos, quando então a vida no planeta terra ficará extinta e a terra parecida com a vulcânica e empoeirada Vênus.

        Textos apocalípticos têm, por si só, um enorme poder de atração. Inspiram confiança, medo, esperança, radicalismos, mobilizam forças, também podem gerar vários sentimentos, reações, até mesmo contribuir para uma leitura crítica da realidade e ajudar na percepção do mal na sociedade.

        A reportagem sobre o cometa Halley mostra que uma perspectiva apocalíptica pode tornar-se até mesmo uma fonte de lucro. É possível ganhar dinheiro com teorias apocalípticas.

        Apocalipses não faltam inclusive em épocas de eleições. Aí a mensagem é do tipo se o fulano ganhar, vai acontecer isto e aquilo,  a terceira guerra mundial vai começar, não teremos mais a liberdade, etc.

         Também existia a perspectiva do fim, anunciado por muitos, inclusive algumas igrejas, para o ano 2000. É interessante observar que enquanto se fomentava o medo em relação ao ano 2000 (o programa Fantástico da Globo é especialista nisto), grandes projetos econômicos, investimentos, construção de barragens eram articulados, no mesmo programa, para além do ano 2000. Inclusive prestações de consórcio. Por fim, vale lembrar que a cada final de ano somos confrontados com uma notícia ou previsão de fim do mundo.

        Corno reagir diante dessas produções apocalípticas de nossos dias? Acredito que Mc 13.1-13 ajuda a refletir sobre essa questão de uma forma sóbria, principalmente se levarmos em conta a situação crítica de muito pessimismo, negativismo que toma conta das pessoas e também das comunidades.

        Pablo Richard diz que quando a destruição da vida é tão intensa, o povo de Deus necessita de apocalipse, de revelação, para ter claro onde Deus está e onde está o demônio nesta história toda.

        Marcos 13 é um texto crítico em relação às perspectivas apocalípticas correntes em seus dias. Corrige perspectivas erradas e aponta para o que é decisivo, essencial. Mostra que a comunidade tem pela frente um caminho semelhante ao de Jesus. Nada de ficar esperando de braços cruzados.

        Sexta-Feira Santa será também uma realidade para a Igreja de Jesus. Contudo, nada de fatalismos, entreguismos, conformismos. A hora é de olhar para frente, articular a missão, planejar o trabalho, formar lideranças, compartilhar experiências, festejar avanços, arriscar em novas frentes, defender a vida, pregar o evangelho que transforma. A perspectiva do fim, coloca essa tarefa diante de nós.     

        Nosso texto é um chamado à esperança, à vigilância e ao compromisso. (...) de se projetar para o futuro, para o mundo novo que Deus em sua palavra oferece àqueles que fazem parte de seu povo fiel que espera em suas promessas (Ramirez, p. 60).

        O surpreendente na história do povo de Deus é que após cada possível fim houve sempre de novo a possibilidade de um novo início. Assim como Deus libertou o povo do Egito, também o libertou, posteriormente, da Babilônia. De cada derrota Israel conseguiu criar uma nova esperança. As mais terríveis catástrofes tornaram-se a maior evidência da força e fidelidade de Deus para com seu povo. Assim também o evidencia a Páscoa após a Sexta-Feira Santa.

        O texto do evangelho de Marcos 13 apresenta um impressionante diálogo de Jesus com seus discípulos. Um diálogo iniciado com a euforia dos grandes feitos humanos e num segundo momento a resposta de Jesus sobre a grandiosidade de Deus.

     Diz o texto que ao sair do Templo após o episódio em que Jesus constatou a fé da viúva pobre em ter ofertado tudo o que tinha na certeza de que Deus proveria todo o necessário para a mesma, um dos discípulos de Jesus lhe diz: Mestre! Que pedras, que construções(Mc 13.1).

         É de fato impressionante o que o homem com a sabedoria que Deus lhe concede consegue fazer. E as construções humanas não são apenas valorizadas pela sua arquitetura, mas, também pela sua funcionalidade.

         O Templo era uma magnífica construção. Não era apenas um projeto arquitetônico, na verdade, o templo simbolizava o vínculo de todo o povo judeu como sendo o povo eleito por Deus.           

        Ao relatar a admiração do discípulo com o templo e a resposta de Jesus: Vês estas grandes construções? Não ficará pedra sobre pedra, que não seja derribada (Mc 13.2), parece que Jesus ignora tudo o que o templo simboliza para os judeus e para os discípulos.

        Mas, a verdade é que Jesus quer fazer com que seus discípulos pensem não apenas na simbologia do templo, mas, de maneira muito especial sobre o seu papel na vida do povo.

         Infelizmente o templo havia deixado de ser o local de encontro entre Deus e o seu povo através da palavra e havia se tornado um centro de corrupção, exploração, concentração de riqueza e dominação.

         Houve um período de silêncio, até que, sentados no monte das Oliveiras, defronte do templo, os discípulos Pedro, Tiago, João e André perguntaram a Jesus quando o templo de pedra seria destruído.

         A preocupação dos discípulos na destruição do templo é saber quando e quais sinais anteciparão a destruição. Mas, Jesus mostra que: o quando e os sinais não se relacionam. Assim, saber os sinais não me indicam o quando o mesmo ocorrerá. 

         Afinal, sinais como: falsos mestres, guerras, terremotos, fome, são vistos a muitos anos e todos esses sinais deixaram de ser sinais de Deus como um aviso e passaram a ser erros humanos na realização de suas grandes construções.

         Todo efeito colateral que a sociedade vive, é devido ao seu progresso. Para edificação de grandes prédios, foi necessário derrubar grandes árvores. E o desmatamento gerou o que vivemos hoje, o aquecimento global.

         Tudo foi realizado pelo homem e tudo pode ser modificado pelo homem. Infelizmente, esqueceu-se já há muitos anos, que Deus é o Senhor da história.

         Não quero e não me entendam mal, dizer que não temos nenhuma responsabilidade. Afinal, temos responsabilidade sim, mas, não podemos esquecer que a “...a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora” (Rm 8.21-22).

         A queda em pecado proporcionou tudo o que hoje estamos vivendo.

       Os sinais anunciados por Jesus não tem por objetivo assustar o ser humano que vive com medo de Deus e da fúria das consequências da queda em pecado. Os sinais apontados por Jesus visam mostrar que Deus continua agindo mesmo em meio a esses sinais com um único objetivo: “...que o evangelho seja pregado (Mc 13.10).

         Eis aí o grande desafio da igreja cristã! Pregar o evangelho em meio as catástrofes humanas que na sua maioria atinge os grandes feitos humanos e seus grandes projetos arquitetônicos.

         Toda tragédia busca uma resposta humana. E a maioria das respostas humanas estão embasadas na mesma raiz das tragédias, ou seja, provêm da natureza pecaminosa do ser humano. O ser humano pecador, assim como aconteceu com Adão logo após a queda, busca se esconder de Deus. Esse ser humano que vive se escondendo de Deus precisa ouvir o evangelho, a boa notícia do amor de Deus pelo ser humano pecador.

         Os discípulos estavam preocupados com o quando e quais seriam os sinais. Estavam com medo, queriam se proteger. Para isso Jesus lhes diz que o quando e os sinais não se relacionam. Por isso, Jesus transmite que quando esses sinais estiverem acontecendo não pense que a volta de Jesus será eminente, apenas não deixe que esses sinais o enganem.  

         É fácil ser engando pelos sinais. Foi assim na história humana. Nos anos (66 – 70 d.C.) muitos viram a destruição do templo como o início da tribulação do mundo.

         Os sinais mostram que o fim virá, mas, não se sabe quando, afinal, estas coisas são o princípio das dores (Mc 13.8). Sendo o princípio das dores, é necessário lembrar a explicação de Jesus narrada pelo evangelista João (Jo 16, 21-22), onde diz que as dores de uma mulher para dar à luz são terríveis, mas, a alegria de ter seu filho nos braços a faz esquecer toda a dor.      Assim, o cristão na vida de fé, sabe que por mais que sofra nesse mundo e por mais que sofra com os sinais do fim, Cristo “ lhe enxugará dos olhos toda a lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas já passaram (Ap 21.4).

         Muitos se assustam pelos sinais que acontecem, no entanto, o convite de Jesus é de que cada qual persevere até o fim (Mc 13.13).

         A minha pergunta não é sobre quando se dará o fim, mas, como viver na fé em meio aos sinais que mostram que um dia se dará o fim. Por isso, Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima(Hb 10.25).

         ...aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo(Mc 13.13).

        Por isso, não esqueça as belas palavras do profeta Daniel: “Nesse tempo, aparecerá o anjo Miguel, o protetor do povo de Deus. Será um tempo de grandes dificuldades, como nunca aconteceu desde que as nações existem. Mas nesse tempo serão salvos todos os do povo de Deus que tiverem os seus nomes escritos no livro de Deus. Muitos dos que já tiverem morrido viverão de novo: uns terão a vida eterna, e outros sofrerão o castigo eterno e a desgraça eterna. Os mestres sábios, aqueles que ensinaram muitas pessoas a fazer o que é certo, brilharão como as estrelas do céu, com um brilho que nunca se apagará” (Dn 12.1-3). Amém. ( MFVoss)

 


7. Hino:  (HL) – Caminhando Alegres

Caminhando alegres, vamos para os céus, entoando hinos em louvor a Deus!
Dores e tristezas - tudo passará, pois a luz divina tudo desfará!
Caminhando alegres, vamos para os céus, entoando hinos em louvor a Deus!

Amparemos todos por amor a Deus; não nos afastemos dos caminhos seus.
Quando vem a ceifa, muito Deus dará e por sua graça nos receberá.
Caminhando alegres, vamos para os céus, entoando hinos em louvor a Deus!

Caminhemos firmes, sempre até o final: vitorioso é o Guia, derrotado é o mal!
Cristo é a segurança, nossa proteção, dele obtemos graça, paz e salvação.
Caminhando alegres, vamos para os céus, entoando hinos em louvor a Deus!

8. Credo Apostólico

9. Oração (feita por um dos presentes)

10. Bênção (em conjunto) O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre nós e tenha misericórdia de nós. O Senhor sobre nós levante o seu rosto e nos dê a paz. Amém.

 

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