Último Domingo do Ano da Igreja
1. Saudação e acolhimento (pelo líder)
2. Invocação: Em nome
de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, um só Deus para sempre!
3. Oração: Pai Celeste, nós
te agradecemos porque nos amparaste neste dia com a tua graça e poder. Sabemos
que sem ti não estaríamos aqui nesta hora. Te agradecemos pelos bens materiais,
como o alimento, a casa, o trabalho, o descanso e tantos outros bens. Mas,
acima de tudo, te louvamos pelo conhecimento que temos do Salvador Jesus e pela
fé Nele que tu, amado Deus, criaste e manténs em nós. Pedimos que apagues a nossa culpa pelo pecado, por amor de Jesus,
e nos assistas com o teu Espírito Santo para que permaneçamos fiéis a ti. Abençoa este momento de Culto e as
pessoas que aqui estão. Permite que o Espírito Santo nos conduza e nos habilite
a meditar na tua Palavra, a crescer na fé e confiança em teu nome. Ajuda-nos
também a viver de acordo com a orientação do teu ensino. Ouve esta oração por amor de Jesus Cristo, teu Filho, nosso amado
Salvador. Amém.
4. Hino: 188 (HL) – Deus
está presente
1. Deus está
presente, / Pai onipotente; a seus pés nos humilhemos. / Servos consagrados, /
Ante ti prostrados, / reverentes, o louvemos. / Com amor / salvador,
invisivelmente, / Deus está presente.
2. Cristo está
presente: / bênção permanente / do seu sangue recebemos. / Com seu sacrifício /
fez o Pai propício, / e perdão inteiro temos. / Padeceu / e morreu /
obedientemente. / Cristo está presente.
3. Sempre estás
presente, / Deus onisciente, / Santo Espírito divino. / Tua luz bendita / nossa
mente habita / pelo claro e doce ensino. / Ensinar, / consolar /
verdadeiramente, / vem, ó Deus potente.
5. Leituras: Sl 16 Dn 12.1-3 Hb 10.11-25 Mc 13.1-13
6. Reflexão: Tema: O
princípio do fim!
O texto do evangelho lido hoje, é um dos
discursos de despedida de Jesus. Foi proferido, portanto, no seu tempo de
paixão.
Cristo
despede-se, porque vai em direção ao seu calvário, ao seu martírio e à sua
morte. Não fala somente do seu fim, mas do fim, da finalidade de toda a
humanidade, quando acontecer a sua segunda vinda.
O nascimento, a morte, a ressurreição, a ascensão e pentecoste fazem parte da primeira vinda de Cristo. A segunda está por vir. E nós vivemos entre ambas.
No
jornal Zero Hora de Porto Alegre do dia 19.10.85 saiu uma reportagem sobre o
cometa Halley. O assunto ocupou bastante espaço nos noticiários. Dentre as
várias abordagens que se fez sobre o assunto, uma diz que, apesar de abençoar o
nascimento do mentor do cristianismo em todos os cartões de Natal, um cometa —
principalmente do porte do Halley — nunca foi bem-vindo na antiguidade ou na
era medieval. Mal surgiam no céu, já corriam os boatos sobre a guerra e a
peste, o medo chegava ao ponto de motivar suicídios coletivos, como forma de
fugir do fim do mundo. Mesmo em
1910, quando os meios de comunicação já anunciavam a palavra dos cientistas,
ainda aconteceram verdadeiros disparates, como o caso de pessoas que venderam
tudo o que tinham para promover grandes festas e morrer rindo e bebendo, ou
oportunistas que comercializaram pílulas cuja bula prometia imunidade às
influências do astro maligno. (P. 29-30.)
No dia
29.12.1992 o mesmo jornal publicou uma pequena reportagem de cunho científico
(cientistas americanos) que anunciaram o dia do juízo final para daqui a 1,5
bilhões de anos, quando então a vida no planeta terra ficará extinta e a terra
parecida com a vulcânica e empoeirada Vênus.
Textos
apocalípticos têm, por si só, um enorme poder de atração. Inspiram confiança,
medo, esperança, radicalismos, mobilizam forças, também podem gerar vários
sentimentos, reações, até mesmo contribuir para uma leitura crítica da
realidade e ajudar na percepção do mal na sociedade.
A
reportagem sobre o cometa Halley mostra que uma perspectiva apocalíptica pode
tornar-se até mesmo uma fonte de lucro. É possível ganhar dinheiro com teorias
apocalípticas.
Apocalipses
não faltam inclusive em épocas de eleições. Aí a mensagem é do tipo se o fulano
ganhar, vai acontecer isto e aquilo, a
terceira guerra mundial vai começar, não teremos mais a liberdade, etc.
Também existia a perspectiva do fim, anunciado
por muitos, inclusive algumas igrejas, para o ano 2000. É interessante observar
que enquanto se fomentava o medo em relação ao ano 2000 (o programa Fantástico
da Globo é especialista nisto), grandes projetos econômicos, investimentos,
construção de barragens eram articulados, no mesmo programa, para além do ano
2000. Inclusive prestações de consórcio. Por fim, vale lembrar que a cada final
de ano somos confrontados com uma notícia ou previsão de fim do mundo.
Corno
reagir diante dessas produções apocalípticas de nossos dias? Acredito que Mc
13.1-13 ajuda a refletir sobre essa questão de uma forma sóbria, principalmente
se levarmos em conta a situação crítica de muito pessimismo, negativismo que
toma conta das pessoas e também das comunidades.
Pablo
Richard diz que quando a destruição da vida é tão intensa, o povo de Deus
necessita de apocalipse, de revelação, para
ter claro onde Deus está e onde está o demônio nesta história toda.
Marcos
13 é um texto crítico em relação às perspectivas apocalípticas correntes em
seus dias. Corrige perspectivas erradas e aponta para o que é decisivo,
essencial. Mostra que a comunidade tem
pela frente um caminho semelhante ao de Jesus. Nada de ficar esperando de
braços cruzados.
Sexta-Feira
Santa será também uma realidade para a Igreja de Jesus. Contudo, nada de
fatalismos, entreguismos, conformismos. A
hora é de olhar para frente, articular a missão, planejar o trabalho, formar
lideranças, compartilhar experiências, festejar avanços, arriscar em novas
frentes, defender a vida, pregar o evangelho que transforma. A perspectiva
do fim, coloca essa tarefa diante de nós.
Nosso
texto é um chamado à esperança, à vigilância e ao compromisso. (...) de se
projetar para o futuro, para o mundo novo que Deus em sua palavra oferece
àqueles que fazem parte de seu povo fiel que espera em suas promessas (Ramirez,
p. 60).
O surpreendente na história do povo de Deus é que após cada possível fim houve sempre de novo a possibilidade de um novo início. Assim como Deus libertou o povo do Egito, também o libertou, posteriormente, da Babilônia. De cada derrota Israel conseguiu criar uma nova esperança. As mais terríveis catástrofes tornaram-se a maior evidência da força e fidelidade de Deus para com seu povo. Assim também o evidencia a Páscoa após a Sexta-Feira Santa.
O
texto do evangelho de Marcos 13 apresenta um impressionante diálogo de Jesus
com seus discípulos. Um diálogo iniciado com a euforia dos grandes feitos
humanos e num segundo momento a resposta de Jesus sobre a grandiosidade de
Deus.
Diz o texto que ao sair do Templo após o episódio em que Jesus
constatou a fé da viúva pobre em ter ofertado tudo o que tinha na certeza de
que Deus proveria todo o necessário para a mesma, um dos discípulos
de Jesus lhe diz: “Mestre! Que
pedras, que construções” (Mc 13.1).
É de fato impressionante o que o homem com a sabedoria que Deus lhe concede consegue fazer. E as construções humanas não são apenas valorizadas pela sua arquitetura, mas, também pela sua funcionalidade.
O
Templo era uma magnífica construção. Não era apenas um projeto arquitetônico,
na verdade, o templo simbolizava o vínculo de todo o povo judeu como sendo o
povo eleito por Deus.
Ao
relatar a admiração do discípulo com o templo e a resposta de Jesus: “Vês estas grandes construções? Não
ficará pedra sobre pedra, que não seja derribada” (Mc 13.2), parece que
Jesus ignora tudo o que o templo simboliza para os judeus e para os discípulos.
Mas, a
verdade é que Jesus quer fazer com que seus discípulos pensem não apenas na
simbologia do templo, mas, de maneira muito especial sobre o seu papel na vida
do povo.
Infelizmente o templo havia deixado de ser o local de encontro entre Deus e o seu povo através da palavra e havia se tornado um centro de corrupção, exploração, concentração de riqueza e dominação.
Houve um período de silêncio, até que, sentados no monte das Oliveiras,
defronte do templo, os discípulos Pedro, Tiago, João e André perguntaram a
Jesus quando o templo de pedra seria destruído.
A preocupação dos
discípulos na destruição do templo é saber quando e quais sinais
anteciparão a destruição. Mas, Jesus mostra que: o quando e os sinais não
se relacionam. Assim, saber os sinais não me indicam o quando o mesmo
ocorrerá.
Afinal, sinais como: falsos mestres, guerras, terremotos, fome, são vistos a muitos anos e todos esses sinais deixaram de ser sinais de Deus como um aviso e passaram a ser erros humanos na realização de suas grandes construções.
Todo efeito colateral que a sociedade vive, é devido ao seu progresso. Para
edificação de grandes prédios, foi necessário derrubar grandes árvores. E o
desmatamento gerou o que vivemos hoje, o aquecimento global.
Tudo foi realizado pelo homem e tudo pode ser modificado pelo homem. Infelizmente, esqueceu-se já há muitos
anos, que Deus é o Senhor da história.
Não quero e não me entendam mal, dizer que não temos nenhuma responsabilidade.
Afinal, temos responsabilidade sim, mas, não podemos esquecer que a “...a própria criação será redimida do
cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque
sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora” (Rm 8.21-22).
A
queda em pecado proporcionou tudo o que hoje estamos vivendo.
Os sinais anunciados por
Jesus não tem por objetivo assustar o ser humano que vive com medo de Deus e da
fúria das consequências da queda em pecado. Os sinais apontados por Jesus visam mostrar que Deus continua agindo
mesmo em meio a esses sinais com um único objetivo: “...que o evangelho seja
pregado” (Mc 13.10).
Eis aí o grande desafio da igreja cristã! Pregar o evangelho em meio as catástrofes humanas que na sua maioria atinge os grandes feitos humanos e seus grandes projetos arquitetônicos.
Toda tragédia busca uma resposta humana.
E
a maioria das respostas humanas estão embasadas na mesma raiz das tragédias, ou
seja, provêm da natureza pecaminosa do ser humano. O ser humano
pecador, assim como aconteceu com Adão logo após a queda, busca se esconder
de Deus. Esse ser humano que vive se escondendo de Deus precisa
ouvir o evangelho, a boa notícia do amor de Deus pelo ser humano pecador.
Os
discípulos estavam preocupados com o quando
e quais seriam os sinais. Estavam com medo, queriam se proteger. Para isso Jesus lhes diz que o quando
e os sinais não se relacionam. Por isso, Jesus transmite que quando
esses sinais estiverem acontecendo não pense que a volta de Jesus será
eminente, apenas não deixe que esses
sinais o enganem.
É fácil ser engando pelos sinais. Foi assim na história humana. Nos anos (66 – 70 d.C.) muitos viram a destruição do templo como o início da tribulação do mundo.
Os sinais mostram que o fim virá, mas, não
se sabe quando, afinal, “estas
coisas são o princípio das dores” (Mc 13.8). Sendo o
princípio das dores, é necessário lembrar a explicação de Jesus narrada pelo
evangelista João (Jo 16, 21-22), onde diz que as dores de uma mulher para dar à
luz são terríveis, mas, a alegria de ter seu filho nos braços a faz esquecer
toda a dor. Assim, o cristão
na vida de fé, sabe que por mais que sofra nesse mundo e por mais que sofra com
os sinais do fim, Cristo “ lhe enxugará dos
olhos toda a lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem
pranto, nem dor, porque as primeiras coisas já passaram” (Ap
21.4).
Muitos se assustam pelos sinais que acontecem, no entanto, o convite de Jesus é
de que cada qual “persevere até o fim”
(Mc 13.13).
A minha pergunta não é sobre
quando se dará o fim, mas, como viver na fé em meio aos sinais que mostram que
um dia se dará o fim. Por isso, “Não
deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos
admoestações e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima” (Hb
10.25).
“...aquele, porém, que perseverar até o
fim, esse será salvo” (Mc 13.13).
Por
isso, não esqueça as belas palavras do profeta Daniel: “Nesse tempo,
aparecerá o anjo Miguel, o protetor do povo de Deus. Será um tempo de grandes
dificuldades, como nunca aconteceu desde que as nações existem. Mas nesse tempo serão salvos todos os do
povo de Deus que tiverem os seus nomes escritos no livro de Deus.
Muitos dos que já tiverem morrido viverão de novo: uns terão a vida eterna, e
outros sofrerão o castigo eterno e a desgraça eterna. Os mestres sábios,
aqueles que ensinaram muitas pessoas a fazer o que é certo, brilharão como as
estrelas do céu, com um brilho que nunca se apagará” (Dn 12.1-3). Amém. (
MFVoss)
7. Hino: (HL) – Caminhando Alegres
Caminhando alegres, vamos para os
céus, entoando hinos em louvor a Deus!
Dores e tristezas - tudo passará, pois a luz divina tudo desfará!
Caminhando alegres, vamos para os céus, entoando hinos em louvor a Deus!
Amparemos todos por amor a Deus; não nos afastemos dos caminhos seus.
Quando vem a ceifa, muito Deus dará e por sua graça nos receberá.
Caminhando alegres, vamos para os céus, entoando hinos em louvor a Deus!
Caminhemos firmes, sempre até o final: vitorioso é o Guia, derrotado é o mal!
Cristo é a segurança, nossa proteção, dele obtemos graça, paz e salvação.
Caminhando alegres, vamos para os céus, entoando hinos em louvor a Deus!
8. Credo Apostólico
9. Oração (feita por um
dos presentes)
10. Bênção (em conjunto) O
Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre
nós e tenha misericórdia de nós. O Senhor sobre nós levante o seu rosto e nos
dê a paz. Amém.
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