“Dia da Mulher”
Artigo escrito pelo pastor Sergio Becker da Silveira - Capelão em Marechal Cândido Rondon, PR
No Dia internacional da mulher - uma história reporta o dia 8 de março de 1857 quando 129 operárias têxteis morreram queimadas em Nova Iorque, porque lutavam pela redução da jornada de trabalho. Foi após as mortes destas trabalhadoras que surgiram as primeiras legislações de proteção à saúde das mulheres.
Entretanto, de acordo com Eva Blay (socióloga-USP), o incêndio que se relaciona ao Dia Internacional da Mulher foi o que aconteceu no dia 25 de março de 1911, nos EUA, na Triangle Shirtwaist Company. Para ela, é provável que a morte destas trabalhadoras tenha se incorporado ao imaginário coletivo da comemoração do Dia Internacional da Mulher. Mas o processo para instituir uma data comemorativa já vinha sendo estudada pelas socialistas americanas e européias há algum tempo e acabou sendo confirmada com a proposta da comunista alemã, Clara Zetkin, em 1910.
O fato é que não se sabe com precisão por que o dia 8 de março foi escolhido, mas ele se consagrou ao longo do século XX. A consagração do direito de manifestação pública em 1975, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu oficialmente a data como o Dia Internacional da Mulher. Desde então, a luta das mulheres tem sido cotidiana, contra a opressão vivenciada na vida, no trabalho, nos espaços públicos e privados.
Há um longo caminho a percorrer até que se veja a violência contra a mulher, a desigualdade de gênero e outras situações a serem vencidas com inteligência, na busca de uma sociedade igualitária.
Todavia, devido ao aumento de exclusão social desenvolvida através das políticas neoliberais, todos os dias tem sido dia de luta para mulheres e homens que vivem em seu cotidiano a exclusão, o desemprego, a retirada de direitos sociais, arrocho salarial e a falta de qualidade e condições de uma vida digna. Nestas condições, oferecidas por nossos representantes legais, a igualdade de gênero da maioria dos brasileiros se torna uma realidade.
Foi justamente para esta sociedade sofrida, desamparada, oprimida e cansada das injustiças que Jesus percorreu o caminho da morte na cruz para revelar o grande amor incondicional de Deus e a certeza de um novo céu e nova terra.
No decorrer da vida muitas vezes se busca caminhos onde Jesus não está. Assim se perdem e acabam cansando, machucando e frustrando por não encontrar Aquele que promete uma vida cheia de abundância.
Duas palavrinhas.
Vida Plena: Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância. João 10.10
Deus os abençoe!
Sergio Becker
PR