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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

REFLEXÃO

Se não existem santos no mundo, como é que oramos no Credo que cremos na comunhão dos santos e que, em 1 Pedro 1.13-16, também se fala em santos?

     Nós devemos distinguir santificação de santidade, bem como diferenciar “santos” como cristãos perdoados, de “santos” como pessoa sem pecado. Vejamos primeiro a palavra “santo” no sentido de santificado. Santificado ou santificação é o processo que acontece mediante a pregação da palavra de Deus, pela qual uma pessoa pecadora se torna cristã, e uma pessoa cristã se torna mais forte na sua fé! Esse processo, porém, nunca atinge a perfeição neste mundo, porque a pessoa, por mais que cresça na fé, sempre continuará sendo pecadores. Ela será santificada, mas não atingirá a santidade neste mundo. Santificação é um processo que dura toda a vida neste mundo.
     As pessoas que vivem nesse processo de santificação são chamadas de “santos”, não no sentido de serem sem pecado, mas no sentido de estarem sendo santificadas ou serem perdoadas. E é nesse sentido que o apóstolo Pedro emprega a palavra santos no texto citado na pergunta. É também nesse sentido que a palavra é usada no Credo.
     Quem é perdoado de seus pecados não perde a sua condição de pecador e nem atinge, por isso, a santidade. O que acontece é que ele, por causa da fé em Cristo, é visto por Deus através da santidade de Cristo. Lutero diz que o cristão perdoado é, ao mesmo tempo, justo e pecador. É nesse sentido que a igreja cristã é “comunhão dos santos”.
     Vejamos agora, a palavra “santo” empregada no sentido de santidade, que é o estado de pureza absoluta, que é não ter e nem cometer qualquer pecado. Esse estado só se atinge na vida eterna. Nesta vida aqui no mundo, só Jesus foi santo, isto é, sem pecado. Da mesma forma, no céu, todos são sem pecado, ou santos: os anjos, os salvos e aqueles que ainda chegarão lá pela fé em Cristo. (HL)

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