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terça-feira, 20 de maio de 2014

REFLEXÃO

Quando será o julgamento dos mortos? No dia derradeiro, também conhecido como dia do Juízo Final, conforme oramos no segundo artigo do Credo, ou por ocasião da morte, como no caso do rico e de Lázaro?
      Realmente, parece haver uma contradição entre as palavras do Credo e a história de rico e Lázaro ( Lucas 16.19-31 ). Essa história nos permite concluir que os seus personagens foram julgados no momento em que morreram, quando também receberam a sentença que os destinou, respectivamente, como condenado e redimido para todo o sempre. O mesmo acontece com outros personagens cujas mortes a Bíblia relata: o malfeitor arrependido ( Lucas 23.43 ), Estevão ( Atos dos Apóstolos 7.54-60 ), Judas Iscariotes ( João 17.12 ).
       Diante dessas constatações, justifica-se a pergunta: Quando, afinal, se dará o julgamento? No dia da morte ou no dia do Juízo Final?
       De acordo com a Bíblia, no dia do Juízo Final, comparecerão diante de Cristo todos os seres humanos, sem exceção ( 2 Coríntios 5.10; Romanos 14.10), tanto os vivos como os mortos ( Atos dos Apóstolos 10.42 ), de corpo e alma ( 1 Coríntios 15 ). Esta será a ocasião em que todos ouvirão a sentença final do Juiz, pronunciada com base na verdade revelada por Cristo ( Romanos 2.16; João 12.48; Apocalipse 20.12 ), tendo por norma as obras dos homens ( 2 Coríntios 5.10; Mateus 25.35-45 ). Trata-se, portanto, de uma confirmação pública e universal de julgamentos anteriores.
       O que acontece é que, no dia do Juízo Final será feito o pronunciamento da sentença final que, para os vivos, será inédita, enquanto que para os ressuscitados, será uma confirmação do julgamento pronunciado por ocasião da morte. Isto quer dizer que, no dia do Juízo Final, será revelada publicamente aquela sentença que, de forma reservada e pessoal, foi pronunciada sobre cada pessoa ao morrer.
       Por outro lado, é importante observar que o próprio título daquele dia – Juízo Final – pressupõe que houve outros julgamentos anteriores, feitos por Deus e pelos homens, mas que este será decididamente o último, não havendo, depois dele, qualquer outro julgamento, nem por Deus, nem por homens e nem por anjos.

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