Como tomar decisões?
PRINCÍPIOS BÍBLICOS PARA DECISÕES QUANTO À VIDA
INTRODUÇÃO
- Expectativa de vida crescente – questões desafiadoras que surgem
- Exemplos – eutanásia; aborto
I. NÃO PRECISAMOS SEGUIR SOZINHOS
- Deus nos conhece e ama mais do que nós próprios nos conhecemos e amamos (Sl 103.11-14
- Sabemos que Deus está pronto e perto de nós para ajudar-nos nas decisões mais complexas (Hb 13.5c)
- Deus tem uma vontade em relação a nós, acima de qualquer outra – 1 Tm 2.4; Jo 15.4,5
- É atitude sábia que alguém lutando para decidir sobre um assunto difícil busque conselho de seu pastor ou de um(a) irmão(ã) na fé (Rm 12.4-8; Ec 4.9,10)
- Deus quer nos ouvir, ajudar e atuar através de nós – Is 48.17; Sl 50.15; Fp 2.13
II. DIGNIDADE E VALOR DO INDIVÍDUO
- Aos olhos de Deus, o Criador e Mantenedor – Sl 139.13-16; Mt 10.29-31
- Aos olhos de Deus, que tem uma perspectiva eterna para nossa vida – Mc 8.36,37
- Aos olhos de Deus, que considera a nossa vida pelo preço da vida de Seu Filho – 2 Co 5.14,15
III. NÃO PODEMOS FUGIR ÀS CONSEQÜÊNCIAS DO PECADO EM NOSSO MUNDO
- Sofrimento e morte não são da vontade de Deus
- São consequência do pecado (afastamento da criatura de seu Criador) – Rm 3.23; 6.23a
- Deveríamos, por isso, nos “conformar” com doença e morte, sem buscar solução possível nos meios que o próprio Deus dá? (Jo 9.1-7)
IV. AUTONOMIA
- “autonomia”= lei para si mesmo (“O direito do indivíduo de fazer suas escolhas sem coação por outros. Este direito básico é um dom tremendo e uma grande responsabilidade dada por Deus aos que criou para serem a Sua imagem.”)
- Somos sempre e completamente “autônomos”? Há limites?
- autonomia na vida cristã – 1 Co 10.23,24; 1 Pe 2.16
V. DIFERENÇA ENTRE “NÃO FAZER MAL” E “FAZER O BEM”
- um exemplo – ajudar até onde a lei exige!
- a aplicação de Jesus à “não-maleficência” e à “beneficência” – Mc 10.17-22; Mt 5.43-48
- O 5º mandamento – explicação de Lutero no Catecismo Menor (pg. 91 do Hinário)
VI. JUSTIÇA PARA TODOS
- Fé tem algo a ver com questões “políticas”? (aborto, eutanásia, guerra, etc)
- o amor de Deus se dirige a todos. Ele tem um cuidado especial com os necessitados (Dt 10.17,18; Sl 10.14)
COMO TOMAR DECISÕES ?
I. . A NECESSIDADE DE DECIDIR
- “A liberdade do homem é sua servidão. … Existe uma escolha que ele não pode fazer: Não pode deixar de escolher. Ele não pode fugir de sua liberdade; ele é forçado a ser livre. Quer ele goste ou não, quer ele acredite ou não, ele tem que viver tomando decisões constantes e inevitáveis”. (George W. Forell, Ética da Decisão, 23)
- A questão: que princípio há de reger nossas decisões?
II. DIVERSOS TIPOS DE ÉTICA DA DECISÃO
A) Não Religiosas
- Imediatismo – agir por reação a um estímulo; seguir uma inclinação natural. Ex.: Bebê.
- Da Tradição – tentativa de concordar com o hábito dominante. Problema: não distinção entre questões essenciais e periféricas (não fundamentais).
- Hedonismo – busca de prazer. Ex.: “As pessoas se sentem bem aqui; portanto, aqui é bom!” “Me sinto bem ajudando os outros”.
- Naturalismo – sobrevivência do mais apto (=forte).
- Relativismo – “Cada cabeça, uma sentença!” “Todas religiões são boas.”
- Estética – torna a vida mais bonita, agradável.
- Existencialismo – valem as coisas do aqui e agora; não se pensa no futuro.
- Intuição – cada um segue sua consciência e julga que isso pode ser lei.
- Racionalismo – o certo e errado, pelo uso do raciocínio lógico.
B) Religiosas
- Legalismo – tentar atingir o objetivo pela lei. Obediência é palavra-chave. Ser cristão é seguir leis, regras, regulamentos.
- Misticismo – ênfase no sentimento religioso, nas emoções. Normalmente foge dos problemas da sociedade.
- Racionalismo – o problema é a ignorância; se temos a razão clara, decidimos corretamente.
- Nenhuma destas acima é aceitável em si!
- O problema de todas estas “Éticas”:
antropocentrismo! Decisões que não levam em contra a centralidade da fé em Cristo!
III. A BASE PARA A ÉTICA CRISTÃ
- Homem – criação de Deus
- Pecado original e pecados
- o pecado capital: descrença!
- a Lei de Deus: “A Lei sempre acusa” (Filipe Melanchthon) – Rm 3.19,20
- O Evangelho: Cristo por nós! Perdão e nova vida pelo poder do Espírito Santo!
- A força impulsionadora da vida cristã:
2 Co 5.14-17
IV. AUXÍLIOS PARA UMA BOA DECISÃO
A) PONTO DE PARTIDA:
- partimos da justiça em Cristo
- perfeição não é alvo, mas base (perfeição cristã = perdão dos pecados, pela fé em Cristo) para ação ética
- a fé é ativa no amor – Gl 5.6
B) CONSIDERAÇÕES PARA UMA BOA DECISÃO
1. A Lei Invariável = Os Dez Mandamentos + Parêneses (A nova vida, pela fé em Cristo, conforme as Epístolas do NT)
2. As Leis Variáveis:
- “ordem” a qual pertencemos (família, sociedade, igreja)
- nossa “vocação”- filho, pai, mãe, irmão, governante, povo, diretoria, membro da congregação, pastor, etc)
3. Oração (Deixar Deus ser Deus em nossa vida)
4. Decisão
5. Resultado:
- se acertamos- louvor a Deus
- se erramos – arrependimento; nova decisão (se possível)