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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

REFLEXÃO

Sexto Mandamento - “Não Adulterarás” . Êxodo 20.14

            O princípio deste mandamento é semelhante ao anterior: ensinar que tenhamos o cuidado de evitar qualquer forma de causar dano ao próximo. Observamos como Deus colocou em ordem os mandamentos: o quinto, trata da pessoa do próximo (seu próprio corpo); o sexto vai adiante e se dirige ao bem do próximo mais chegado do seu próprio corpo, o cônjuge, que forma uma só carne e sangue com ele.

            Este mandamento se dirige principalmente ao adultério. No entanto, também trata de toda falta de pudor ou libertinagem. Não proíbe somente o ato externo, mas também todas as causas, incitamentos e meios. Dessa forma, é recomendável que o coração, os lábios e todo o corpo sejam puros e não abram campo à impureza.

       Devemos observar que é da vontade de Deus proteger o estado matrimonial. Deus criou homem e mulher, não para a libertinagem ou obscenidade, mas para que permaneçam unidos, sejam fecundos, gerem filhos e os sustentem e eduquem para honra de Deus. A vida matrimonial, portanto, não é assunto para brincadeira ou curiosidade atrevida, mas sim, algo excelente e matéria de divina seriedade. Não devemos desprezar o estado matrimonial como faz o mundo cego, mas sempre avaliá-lo segundo a Palavra de Deus, que o adorna e santifica. Pv 5.15.
       Em segundo lugar, além de ser um estado honroso, o matrimônio também é necessário. A nossa natureza, implantada por Deus, opera de tal maneira que não é possível manter-se puro fora do casamento - com exceção de alguns poucos que Deus capacitou por meio de um dom sobrenatural que podem manter-se puros fora do matrimônio. Porque carne e sangue sempre são carne e sangue, e a inclinação natural age sem barreira, desimpedida, conforme cada um vê e sente. Por isso Deus ordenou o estado matrimonial de modo que cada um tenha a porção a ele destinada e com ela se contente. Além disso, é necessário que também seja puro o coração.
 
Deus criou o homem e a mulher para que casassem e vivessem em família. Também Deus criou o sexo para fazer parte do casamento. O casamento não é uma invenção humana, mas uma ordenança de Deus. O casamento não pode ser desvalorizado e praticado de qualquer forma. Cristãos, ao se casarem, observam a lei civil (casamento civil) e procuram a benção de Deus sobre o matrimônio.

 

       Diante disso, deve-se ensinar e aconselhar os jovens para que cresça neles a vontade de contrair casamento e saibam que é um estado abençoado e agradável a Deus.
       O sexo é algo bom, pois foi criado por Deus, mas que Deus quer que seja usado apenas dentro do casamento. O sexo não é para diversão ou passatempo.

       

       Para concluir: este mandamento não só exige que cada um viva de maneira pura, em ações, palavras e pensamentos, no seu estado, principalmente no estado matrimonial, mas também que ame e tenha em apreço o cônjuge, dado por Deus. É importantíssimo no casamento que homem e mulher convivam em amor e concórdia, para que um queira ao outro de coração e com fidelidade integral. Deus também quer que todos, casados e solteiros, vivam uma vida pura e decente, em pensamentos, palavras e atitudes
(Mt 19.6; Mt 5.28; Cl 3.17-19; Ef 5.22,25; Hb 13.4).
  Para debate:
             1 - Há muitas pessoas que fazem voto de castidade perpétuo em razão de exigências religiosas. No entanto, frequentemente ouvimos sobre escândalos envolvendo tais pessoas. A verdade é que poucos podem manter-se castos fora do casamento. A maioria, apesar de evitar o casamento, vive em pecados secretos. Alguns até conseguem se abster do ato, mas o coração está abarrotado de pensamentos impuros e maus desejos, um eterno arder que na vida conjugal se poderia contornar. Qual é a tua opinião?
             2 - De acordo com a Palavra de Deus o divórcio pode acontecer somente em determinados casos: adultério, abandono, maus tratos (violência). Entretanto, muitas vezes as razões que têm levado muitos casais a romperem são levianas. Por que isso tem acontecido?

(OBS: Estudo baseado no Catecismo Maior de Martinho Lutero).

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