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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

REFLEXÃO


TEMA:Muros e fronteiras

      O assunto são os muros. Trump, com a sua América em primeiro lugar, promete erguer um muro com o México e com o mundo. No presídio de Alcaçuz, um muro para separar as facções rivais. No presídio de nossas casas, muros contra os bandidos que não tiram férias. Com a morte de Teori Zavascki, um muro pichado com pontos de interrogação sobre a Lava Jato, a justiça, a sabotagem. Sem contar os muros do desemprego, das dívidas, das contas, que separam a sociedade entre ricos e pobres. E ainda tem as cercas eletrificadas que afastam marido e mulher, pais e filhos, a família, divisões erguidas pelas pedras do orgulho, infidelidade, desrespeito, ódio e até violência, pior que os containers de Alcaçuz. Ah, lembrei dos muros do Big Brother, esta casa cercada de exibicionismo e voyeurismo, de gente que se mostra e de gente que expia, algo estranho e meio doentio do ser humano, coisa que acontece bastante no Face e redes sociais.

      Muros protegem e muros separam. E sempre indicam que vivemos num mundo de perigo, guerra, confusão, interesses, poder, ganância, domínio de território. Imaginem um lugar sem cercas, divisões, fronteiras, portas, enfim, nada que impeça alguém entrar e sair? Utopia, longe da realidade. E quando a tecnologia avança e ergue pontes imponentes e acessos ilimitados, os paredões ficam mais sofisticados e intransponíveis. E o ser humano mais isolado, preso e infeliz.
     Tudo por culpa do paredão com Deus. Tem gente que não acredita, mas todos os muros neste planeta são erguidos por causa da separação com Deus. Num tempo quando as muralhas de Jerusalém já dividiam israelenses e palestinos, conflito atual no Oriente Médio que pode trazer a Terceira Guerra Mundial, o apóstolo Paulo indicou a solução para as divisões: “Mas agora, unidos com Cristo Jesus, vocês, que estavam longe de Deus, foram trazidos para perto dele pela morte de Cristo na cruz. Pois foi Cristo quem nos trouxe a paz, tornando os judeus e os não judeus um só povo. Por meio do sacrifício do seu corpo, ele derrubou o muro de inimizade que separava os judeus dos não judeus”. (Efésios 2.13,14). Este é o mundo sem fronteiras.
Marcos Schmidt
marcos.ielb@gmail.com

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