As muitas imagens da guerra na Faixa de Gaza são tristes. Mas quero focar aqui nos sons – dois barulhos que causavam impacto: o barulho das bombas caindo, e o barulho das sirenes avisando que um míssil estava se aproximando.
Fico imaginando como se sente aquele povo quando a sirene começa a soar, despertando o sentimento de que uma bomba pode cair de uma hora para outra sobre a cabeça. O curioso é que apesar de gerar ansiedade, a sirene nada mais é que um sistema de segurança.
Nos tempos bíblicos, não havia tanta tecnologia. Mas havia igualmente muitas guerras! A função de avisar a população da chegada dos inimigos era do atalaia (ver Ez 33). Atalaia era o vigia que ficava sobre uma torre e devia tocar a trombeta para avisar quando o inimigo estava chegando.
Deus comparou a função dos atalaias, vigias de antigamente, ou sirenes da atualidade, a função do profeta: anunciar o perigo do pecado, gritar pedindo arrependimento, e orientar uma corrida imediata para os braços de Deus, uma corrida imediata, para o verdadeiro refúgio que é a Graça Divina, construído com o amor e a misericórdia revelados em Jesus.
Cada pai, cada mãe, recebeu de Deus o privilégio de conceber e cuidar de uma vida. Podendo e devendo também ser atalaia, ser uma sirene que avisa e admoesta sobre a presença e aproximação do mal. Tarefa difícil é repreender, ensinar. Causa ansiedade, confronto. Mas é uma tarefa indispensável para uma vida melhor no futuro.
Por outro lado, depois de falar firme como uma sirene surge o momento de oferecer o abraço como refúgio, o colo como um lugar de carinho e de segurança.
Jamais esquecendo que os pais são legítimos representantes de Deus. São atalaias, vigias, prontos para velar e proteger!
Diante de tão importante e desafiadora tarefa, cumpre lembrar que Deus, o grande Pai do céu. Está sempre pronto a nos exortar, mas também a perdoar. Pois como diz o salmista: Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações (Sl 46).
Pastor Ismar L. Pinz
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