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domingo, 4 de março de 2018

MENSAGEM PARA DOMINGO

 
João 2.13-22 – Purificação do templo

     Jesus estava na Galiléia, na cidade de Cafarnaum. Como a festa da Páscoa estava próxima, ele resolveu ir, com seus discípulos, para Jerusalém, a fim de revelar-se ali, no templo, diante de todo o povo como o Messias, o Salvador da humanidade.
      Quando chegou ao templo, edificado pelo rei Josias de Judá, há 600 anos de Cristo, um templo majestoso de 200 metros de comprimento, com vários pátios para adoração, Jesus viu que os vendedores de animais, bois, ovelhas, pombas e os cambistas faziam ali, nos átrios do templo seus negócios, gritando ali suas ofertas.
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     Em si, nada de mal. Moisés (Dt 7.14-24) ordenou esses sacrifícios, que o povo deveria trazer ao culto. Os que vinham de longe e de outras províncias teriam que trocar seu dinheiro para o dinheiro em voga em Judá e comprar seus animais. No início estas compras eram feitas fora do templo. Mas não era só o lugar desse comércio que estava errado, todo o comércio do jeito e para que era feito estava errado. Havia surgido um culto falso. Julgava-se que pelo simples fato de trazer um sacrifício, sem arrependimento e fé nas promessas de Deus, seria possível receber o perdão de Deus.
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           Isto está no ser humano. Queimar uma vela, dar uma oferta para acalmar a consciência e conquistar assim o perdão de Deus sem arrependimento, sem fé, sem o resultado da fé, a misericórdia. Isso Deus já disse pelos profetas: “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito não o desprezarás, ó Deus” (Salmo 51.17). “Pois misericórdia quero, e não sacrifícios; e o conhecimento de Deus mais do que holocaustos” (Oséias 6.6).

          Os negócios floresciam ali. O caixa da igreja estava cheio. Diante desse culto hipócrita a ira de Jesus se ascendeu. Ele fez para si um açoite e se lançou ao meio dos cambistas, derrubou suas mesas de dinheiro, espantou os animais. O chicote atingia pessoas e animais.
      Os discípulos devem ter ficado chocado. Aquele que era o amor em pessoa. Que chamava os pecadores a si e lhes proclamava perdão, agora, de uma hora para outra mudou e cheio de indignação, sim de ira, gritou ao povo: “Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio. Lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me consumirá” ( v.17). Parece que ninguém tinha coragem de intervir.
      Esta foi a primeira purificação do templo, no início do seu ministério. A segunda purificação foi no final do seu ministério (Mateus 21.12.22).
De repente os fariseus perguntaram, sem dúvida com respeito: “ Que sinais nos mostras, para fazeres estas coisas?”(v.18) Jesus lhes respondeu:
“ Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei (v.19)... Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo” (v. 19,21).
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           Isto mostra que, Jesus ao purifica o templo, não se refia simplesmente ao lugar da venda dos animais, mas a um sentido é mais profundo. Ele se referiu ao culto como tal, a centralidade do culto, e mostrou: Aqui está aquele que veio prestar o verdadeiro sacrifício para remir a humanidade. Ele, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, daria sua vida em favor da humanidade. Ressuscitaria no terceiro dia. Todos os sacrifícios do Antigo Testamento apontavam para Jesus. Agora ele estava no meio deles. Com isso todo o culto do Antigo Testamento, com seus sacrifícios, chega ao fim. Começa o Novo Testamento. Jesus aponta para sua morte e ressurreição. Não importa mais o lugar de reunião. Em qualquer lugar onde cristãos se reúnem em nome de Jesus e sua Palavra e seus sacramentos são administrados como instituídos por Deus, Jesus está no meio deles. Ali o Espírito Santo leva ao verdadeiro arrependimento e fé na graça de Cristo. E desta fé brota o amor a Deus e ao próximo. Ali há misericórdia para com o próximo, amor à Palavra de Deus, amor à missão. Ali há ofertas voluntárias e generosas para manter e expandir a Palavra de Deus.
      Não temos nada contra reuniões de confraternização, almoços, café e jantas que, na verdade, isso têm preços, mas sendo de confraternização tem e também suas portas abertas para os que não podem pagar. E deve ficar claro que não é através de festas, rifas leilões, de vendas de produtos que a comunidade se sustenta ou ampara suas missões. O trabalho da igreja é realizado por ofertas voluntárias e generosas.
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          Diante deste texto surgem nos algumas perguntas: O que Jesus diria à nossa igreja se viesse hoje para nos visitar. Será que teria que dizer também: Tiram estas coisas daqui! Cada Comunidade, pequena ou grande de tempos em tempos precisa se reexaminar: Será que tudo o que fazemos está de acordo com a palavra Deus e do agrado a Jesus. Ou será que Jesus iria no censurar?
Por outro, o evangelista João já apontou ao fato: “Veio para o que era seu, e os seus não o conheceram” (João 1.11). Vejam, a Bíblia está hoje quase ao alcance de todos. E quantos ainda não a tem. Outros a tem, mas ela está deitado em uma gaveta e não é usada.
      Domingo é um dia em que cada cristão deveria estar em sua igreja, e ao entrar dizer: Jesus! Eu te agradeço por me teres convidado e chamado. Venho aqui para ouvir, adorar, crescer na fé e no servir. Guia-me por teu Espírito Santo. Eis, no entanto, que muitos ficam em casa e não dão atenção ao convite de Jesus. Vamos nós, seguir o exemplo de Jesus e mostrar nossa tristeza, sim, até indignação pelo anunciar a lei de Deus, quando vemos alguém que despreza a casa de Deus. E em amor insistir para que venha ouvir a voz de Jesus.
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           Por outro vamos lembrar: A purificação do templo, foi um ato de amor de Jesus. Cumpre-nos zelar pela casa de Deus, para não nos afastarmos da centralidade desta casa: A palavra de Deus em sua pureza e clareza e como membros nos apegamos à Palavra, testemunhando e ofertando generosa e abundantemente para a expansão do reino de Deus. Amém.

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