Reflexão: Jo 17.1-5 -
Glorifica o teu Filho
“Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao
céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te
glorifique a ti, assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim
de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti,
o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu te glorifiquei
na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer; e, agora,
glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes
que houvesse mundo”. (João 17.1-5).

Chegara a hora do sofrimento, da paixão e
da morte de Jesus. A hora em que a serpente feriria o descendente da mulher (Gn
3.15), pensando, em sua ilusão, que venceria. Este atrevimento trouxe a derrota
a Satanás. Jesus lhe esmagou a cabeça, libertando desta forma os que andavam
pelo vale da sombra da morte (Sl 23.3). Jesus veio para destruir as obras do
diabo (1 Jo 3.8). A hora da luta final chegara. Jesus se prepara com oração
para este momento. Orou ao Pai: Glorifica o teu Filho, para que o Filho te
glorifique a ti. Que glória é essa?
Vejamos exemplos. A glória de um atleta são suas lutas e vitórias. A
glória de um carpinteiro é sua obra, uma mesa, um armário, etc. A glória de
Jesus é seu sofrimento, sua morte, sua ressurreição, sua obra salvífica, a
salvação da humanidade. Sim, Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3.16).
O mundo, desde a queda
de Adão
e Eva, está deitado em pecado, escravizado por Satanás, condenado à eterna
condenação. Por mais que se elogie a sabedoria e a honra do ser humano, ele
está perdido. Ninguém o pode salvar. A justiça de Deus é fulminante: A alma que pecar, essa morrerá (Ezequiel
18.20). Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no
Livro da lei, para praticá-las (Gálatas 3.10).
Deus, por ser um Deus justo, não
pode voltar atrás. Anjos não podiam ajudar. O homem não pode se ajudar a si
mesmo, ele estava eternamente perdido. Mas eis que o Filho de Deus se
prontificou a sofrer pela humanidade e libertá-la. Por seu sofrimento a
libertou. Possibilitou a volta do pecador a Deus. O restabelecimento da
comunhão com Deus, pela fé na graça de Cristo.

É isto o que agora mais apreciamos,
louvamos e glorificamos em Deus, sua obra salvífica por Cristo. Que Deus nos
amou e salvou por seu Filho unigênito, Jesus Cristo. Esta é a glória de Jesus:
Sua obra salvífica. Todos os feitos de Deus, a criação, a manutenção, os
milagres são gloriosos, mas nenhuma obra divina é tão gloriosa e glorifica e o
Pai e o Filho como este feito da salvação da humanidade, a salvação pela cruz.
Esta glória o mundo não vê. Os fariseus, Pilatos, Herodes não a viram, apesar
de terem Cristo diante de seus olhos. Até os discípulos ficaram perturbados
diante da humilhação de Cristo. Somente no dia de Pentecostes, quando o
Espírito encheu seus corações e os iluminou, compreenderam as Escrituras e a
magnitude da obra de Cristo.
Ainda hoje muitíssimos não veem a glória de
Cristo. O malfeitor na cruz, no entanto, viu a glória de Cristo. Em adoração
suplicou: Jesus, lembra-te de mim quando
entrares no teu reino (Lc 23.42). Ele viu, mesmo no momento da maior
humilhação, que este a seu lado, era seu Salvador, no qual encontrou perdão,
vida e eterna salvação. Isto não lhe foi revelado por carne e sangue, por sua
inteligência, seu raciocínio, mas o Espírito Santo o lembrou do que aprendera
na infância, comparando isto com o que ouviu de Jesus e viu nele, o Espírito Santo
o conduziu ao arrependimento e a fé na graça de Cristo.

Diz
Jesus, Senhor bondoso: / Minha glória abandonei / por amor ao Pai gracioso; /
ao desprezo me entreguei / para serdes redimidos / de pecado e maldição; /
trouxe, pois, a vós perdidos / sempiterna salvação. (HL 86.1).
Pastor
Horst Kuchenbecke
0 comentários:
Postar um comentário