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domingo, 1 de abril de 2018

PÁSCOA É RESSURREIÇÃO

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Encarando os sofrimentos corretamente!

      Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou (2 Coríntios 5.14-15 RA).
 


      Estamos na Semana Santa. Muitas pessoas contemplar a cruz de Cristo e meditam sobre os acontecimentos da paixão de Cristo. Nossa razão levanta perguntas e questiona os acontecimentos. O apóstolo Paulo afirma: Pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios (1 Co 1.23). Impressionante, os judeus, homens religiosos, conhecedores do Antigo Testamento e das profecias, contestaram as palavras de Jesus e se escandalizaram com a obra da salvação que Deus preparou em Cristo para a humanidade. Os gentios, por sua vez, julgam ser a mensagem do evangelho, loucura.
      Assim ainda hoje, muitos olham para a história da paixão, simplesmente, com sua razão e exclamam: Que crueldade! Que injustiça! Outros tentam por seus jejuns, penitências, o carregar de cruzes, ou até deixando-se amarrar ou pregar numa cruz, onde ficam por horas, julgando poderem conquistar o favor de Deus.
      Importante, no entanto, é suplicar a Deus Espírito Santo para que o mesmo nos guie, na meditação da palavra de Deus, à correta compreensão do que aconteceu ali na cruz. E, assim, em arrependimento e fé termos o proveito deste incompreensível mistério do amor de Deus em Cristo, no qual temos verdadeira paz e a esperança da vida eterna.
      Santidade, Justiça e Amor
      Ouvimos e gostamos de ouvir, que Deus é amor! Não podemos, no entanto, esquecer que Deus também é santo e justo. Uma coisa não anula a outra. Como santo e justo Deus afirma: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las (Gálatas 3.10 RA). Deus não pode ter comunhão com o pecador. Ele afirmou: Homem nenhum verá a minha face e viverá (Êxodo 33.20 RA).
      Agora precisamos olhar para nós. Quem somos diante da face de Deus? Por mais sábios e honrados que sejamos, quando nos defrontamos com o santo e justo Deus e sua lei nos iluminar, temos que reconhecer e confessar: Somos míseros pecadores, réus da eterna condenação. Deus diz: Não há justo, nem um sequer (Romanos 3.10 RA). Mesmo como cristão somos ainda pecadores. Nossas melhores obras estão manchadas de pecados. O apóstolo Paulo afirma: Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo (Romanos 7.18 RA). 
     Isto significa que sobre nós paira o juízo e a maldição de Deus. Não temos forças para nos purificar e reconciliar com Deus. Deus disse pelo salmista: Ao irmão, verdadeiramente, ninguém o pode remir, nem pagar por ele a Deus o seu resgate (Salmos 49.7 RA).
A salvação em Cristo.
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          Que solução o amor de Deus encontrou para salvar a humanidade? Em seu grande amor, Deus resolveu, já na eternidade, salvar a humanidade. Como? A lei tinha que ser cumprida, nossa culpa tinha que ser paga e nossos inimigos: pecado, morte e Satanás tinham que ser vencidos. Eis que o próprio Filho de Deus, Jesus Cristo, se dispôs a fazê-lo. Deus o anunciou, após a queda, a Adão e Eva e ao longo de quatro mil anos pela boca de muitos profetas. Até que: Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gálatas 4.4,5 RA). O apóstolo Paulo escreve: Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação (2 Coríntios 5.19 RA). Na cruz o Filho de Deus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem morreu pela humanidade. Se ali, tivesse morrido simplesmente um homem, não teríamos perdão e paz com Deus. Mas ali morreu o Filho de Deus.
        Ele reconciliou toda a humanidade com Deus. Ninguém pode dizer: Mas para mim não há salvação, ou meus pecados são grandes demais para serem perdoados. Em Cristo há salvação e vida eterna para todos. (João 3.16). Por isso a cristandade confessa com Lutero na explicação do Credo Apostólico: Creio que Jesus Cristo, verdadeiro Deus, gerado do Pai desde a eternidade, e também verdadeiro homem, nascido da virgem Maria, é meu Senhor. Pois me remiu a mim, homem perdido e condenado, me resgatou, e salvou de todos os pecados, da morte e do poder do diabo; não com ouro ou prata, mas com seu santo e precioso sangue e sua inocente paixão e morte, para que eu lhe pertença e viva submisso a ele, em seu reino e o sirva em eterna justiça, inocência e bem-aventurança, assim como ele ressuscitou da morte, vive e reina eternamente.  Isto é certamente verdade.
      Arrependimento e fé
      Ao nós nos colocarmos em espírito ao pé da cruz, reconhecemos, em primeiro lugar, a ira de Deus que pesa sobre todos os pecadores. Por isso Jesus disse às mulheres: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai, antes, por vós mesmas e por vossos filhos!... Porque, se em lenho verde fazem isto, que será no lenho seco? (Lucas 23.31 RA) Lenho seco somos nós pecadores que merecemos ser lançados no fogo eterno. Lenho verde é Jesus que não tem pecado, que carregou pecados alheios. Se a ira de Deus não poupou seu próprio filho (Rm 8.23), o que será de nós? Bem diz o poeta sacro: Eu, eu e meu pecado / havemos motivado / a tua grande dor, / os murros violentos, / mil outros sofrimentos, / que te enchem a alma de pavor. – Meu Fiador celeste, / na cruz teu sangue deste / por minha transgressão. / Por mim és desprezado, / de espinhos coroado, / paciente foste na aflição. (HL 94.3,4)
      Em segundo lugar, meditemos sobre o proveito do sofrimento de Jesus. Jesus, como substituto de toda a humanidade cumpriu perfeitamente a lei de Deus em meu e teu lugar. Por seu sofrer, ele pagou a nossa dívida junto ao Pai celestial. Por sua ressurreição, ele triunfou sobre nossos inimigos, pecado, morte e Satanás. E mandou anunciar isto à humanidade. (Ele) nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus (2 Coríntios 5.19, 20 RA).
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           Em profundo arrependimento e tristeza por termos causado tanto sofrimento ao Filho de Deus, Jesus Cristo, e confiantes em seu perdão, suplicamos: Tem compaixão de mim! Ao mesmo tempo jubilamos, cantando: Grato sou por tanto amor, meu bendito Salvador. (HL 93)

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