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sábado, 10 de setembro de 2011

UM E TRÊS: A TRINDADE

O Antigo Testamento insiste constantemente na afirmação de que há somente um Deus, o Criador que se revela a si mesmo, que deve ser cultuado e louvado com exclusividade (Dt 6.4-5; Is 44.6 – 45.25). O Novo Testamento concorda (Mc12.29-30; 1Tm 2.5), mas fala de três agentes pessoais, Pai, Filho e Espírito Santo, que operam juntos para realizar a salvação (Rm 8; 1Pe1.2). A formulação histórica de Trindade não é uma tentativa de explicá-la, propósito que estaria além de nossa capacidade. Apenas oferece limite e salvaguarda aos nossos pensamentos a respeito desse mistério, que nos confronta, talvez, com o mais difícil pensamento que a mente humana pode elaborar. Não é fácil de entender, mas é verdadeiro.
A doutrina surge dos fatos históricos da redenção registrados e explicados no Novo Testamento. Jesus orou a seu Pai e ensinou seus discípulos a fazerem o mesmo. Contudo, Jesus os convenceu de que era pessoalmente divino. Crer na sua divindade e no seu direito de receber culto e orações é básico para a fé no Novo Testamento (Jo 20.28-31; At 7.59). Jesus prometeu enviar outro “Consolador”, é o Espírito Santo, que desceu no Pentecostes para cumprir seu ministério. Desde o início, ele foi reconhecido como a terceira Pessoa divina; mentir a ele – Disse Pedro não muito depois do Pentecostes – é mentir a Deus (At 5.3-4).
Cristo prescreveu o Batismo “em nome (singular: um Deus, um nome) do Pai, do Filho, e do Espírito Santo” – três Pessoas que são um único Deus a quem os cristãos se dedicam (Mt 28.19). Do mesmo modo, encontraremos as três Pessoas no relato do próprio Batismo de Jesus: o Pai reconheceu o Filho, e o Espírito Santo mostrou a sua presença na vida e ministério do Filho (Mc 1.9-11). A benção de 2 Co 13.14 é trinitária, como o é a oração por graça e paz do Pai, do Espírito, e de Jesus Cristo, em Ap 1.4-5. João inclui o Espírito entre o Pai e o Filho só porque ele ensina que o Espírito é divino no mesmo sentido em que o Pai e Filho são. Estes são alguns dos exemplos do ensino trinitário do Novo Testamento. Embora a linguagem técnica da teologia posterior não se encontre no Novo Testamento, a fé e pensamentos trinitários estão presentes em todas as suas páginas. Nesse sentido a Trindade é uma doutrina bíblica. No Antigo Testamento também existem várias referências à Trindade, como, por exemplo, no relato da criação em Gênesis.
A doutrina da Trindade exige que demos honra igual a cada uma das três Pessoas na unidade do Deus único. Além do mais, conhecer essa doutrina estabelece fé pessoal e enriquece não menos o forte senso de unidade com outros cristãos. 

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