Dos vinte e
sete livros do Novo Testamento, vinte e um são cartas escritas a igrejas
individuais, a grupos de igrejas, ou a pessoas específicas. A arte de escrever
cartas tem, portanto, um lugar proeminente no Novo Testamento. Contudo,
começando com o apóstolo Paulo, os cristãos não somente usaram como também
modificaram as convenções epistolográgicas tomadas da cultura helenista.
Essas cartas
foram escritas para ensinar e orientar os cristãos das igrejas daquele tempo. Elas
tratam, por exemplo, de questões ligadas à vida dos cristãos, respondem
perguntas sobre a segunda vinda de Cristo e dão orientações quanto à ordem nos
cultos das igrejas. Um dos temas que aparece com destaque em algumas Cartas é a
relação entre as leis do Antigo Testamento (a Bíblia dos cristãos daquele
tempo) e aquilo que Jesus fez e ensinou.
Alguns desses
problemas de fé e vida não eram fáceis de resolver. No entanto, os vários
autores dessas Cartas, cada um do seu jeito, mas todos guiados pelo Espírito
Santo procuraram deixar bem claro qual era a vontade de Deus para a sua Igreja.
As cartas do Novo Testamento se dividem e três grupos: 1) As Cartas do apóstolo
Paulo; 2) A Carta aos Hebreus; 3) As cartas gerais ou Universais.
As Cartas de
Paulo: Essas treze Cartas não aparecem, em nosso Novo Testamento, na ordem em
que foram escritas, pois a primeira a ser escrita parece ter sido 1 Tessalonicenses,
e a última, 2 Timóteo. As Cartas de Paulo estão em ordem decrescente de tamanho,
começando com a mais longa, Romanos, e terminando com a mais curta, Filemom.
A carta aos
Hebreus: Este escrito é mais um sermão do que uma carta propriamente dita. Foi
escrita por um autor desconhecido e enviada a uma igreja cristã de um local
desconhecido. O que se sabe é que esses cristãos, judeus de nascença, estavam
sendo tentados a abandonar a fé cristã e voltar para a religião dos seus
antepassados. Com muitos argumentos, o autor os ensina a que mantenham os seus olhos
fixos em Jesus.
As Cartas
Universais: Foram escritas a todos os cristãos em geral e não a determinadas
igrejas ou pessoas. Ainda que essas Cartas tratem de assuntos que, hoje,
parecem não ter grande importância, ou falem sobre acontecimentos que não se
repetem em nossos dias, mesmo assim elas são importantes para os cristãos de
hoje. Em primeiro lugar, porque elas entraram no cânon do NT e são Palavra de
Deus para a Igreja de todos os tempos. Mas, acima de tudo, porque elas mostram,
com clareza, que Jesus de Nazaré, o Messias e o Filho de Deus, é aquele por
meio de quem Deus nos salva.
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