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domingo, 8 de julho de 2012

REFLEXÃO DE DOMINGO

As folhas caem no outono
     Fui catando do chão as folhas amarelas caídas, uma a uma, em ginástica forçada. Olhei então para a árvore que se desnudava impotente; não havia como lutar para retê-las, o outono chegara, o tempo se cumpria.
     Também para nós, as folhas/horas de verde/plenitude, vão se esvaindo sem que nada possamos fazer pois nos chega o outono da nossa vida. Por mais que queiramos reter o tempo, ele passa em igual medida como sempre passou, ainda que nos pareça mais rápido com o passar dos anos. E vamos nos desnudando de saúde, de memória, de vigor, de agilidade, de antigos afetos.
     As folhas/horas vão caindo e nos sentimos indefesos na luta para concluir a obra que sonhávamos realizar.
     Para nós, diferente da natureza, a primavera não torna mais, embarcamos de vez no outono que se aproxima do inverno triste e hostil.
     O que fazer? É a pergunta que não quer calar. O jeito é aproveitar e dar valor como nunca antes, aos dias em que o sol aquece, alegra, revigora; dias de carinho, de abraços e atenções. Cada um desses dias poderá a vir a ter, em nossa vida, horas inesquecíveis que produzem frutos sazonais, doces e únicos.
     Deus nos dá a vida, e com ela recebemos bênçãos de amor, família, realizações, alegrias, triunfos, assim como derrotas e também vitórias sobre elas.
     Deus em sua insondável sabedoria criou as estações que regem a natureza, e criou as diferentes fases da nossa existência. Vivamos pois cada fase que alcançamos de maneira plena, com o discernimento que o Senhor nos concedeu.
     Se por graça alcançarmos o outono de nossas vidas, agradeçamos cada folha/hora caída, toda a etapa vencida. E quando a última folha cair, e nós/árvore estivermos desnudadas ao fim do último outono e o inverno nos tocar, que estejamos prontos e cientes que a primavera cheia de flores e frutos nos aguarda junto à nossa Rocha Eterna, no jardim do paraíso. E lá será para sempre.
Elaine Ikkert Stahlhoefer

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