TEMA DO LIVRO: Na sua busca por felicidade e pelo sentido da vida, este escritor, conhecido como “filósofo”, “Sábio” ou “pregador”, faz perguntas que continuam presentes na sociedade contemporânea.
Quem é Eclesiastes? A palavra significa "homem de assembléia", podendo ser o homem que convoca uma assembléia religiosa (Números 10:7), ou aquele que é seu porta-voz ou pregador. Nosso porta-voz não é um sacerdote que fizesse uso da lei, nem um profeta que fizesse uso da palavra, mas um sábio que fazia uso do conselho (Jeremias 18:18). Grande parte da obra se assemelha ao livro dos Provérbios.
Quem é o autor? De 1:1 se deduz que se trata de Salomão, o primeiro dos sábios de Israel; pelo menos parte do livro reflete as experiências do Sábio.
A quem se dirige o livro? Embora escrito em hebraico, os traços distintivos de Israel são poucos. Nunca se emprega o nome de Deus associado com o concerto ou aliança; Israel é mencionado uma única vez. O autor fala aos filhos dos homens, e por fim à humanidade toda. Apontando para a tolice natural do homem e sua ignorância, prepara o caminho para a sabedoria e para a luz do evangelho.
Não vemos aqui um otimismo cego: existem muitíssimos problemas sérios da vida para justificar otimismo. Não vemos aqui, tampouco, um pessimismo cínico, visto que o autor é crente no Deus da justiça. Temos aqui um penetrante realismo que faz frente à alegria e à fúria, aos triunfos e às derrotas, um jogo de luz e sombras, e termina afirmando que tudo é vaidade. Sem Deus tudo é ilusão e a vida não tem sentido; contudo, paradoxalmente, a vida toda do homem deve reverenciar e obedecer a Deus, uma vez que é a ele que finalmente prestaremos contas.
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