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sábado, 4 de agosto de 2012

Conheça a Bíblia - SALMOS

ESTAS 150 ORAÇÕES FORAM USADAS PELOS HEBREUS (ISRAELITAS) PARA EXPRESSAR SUA RELAÇÃO COM DEUS. ABRANGEM TODO CAMPO DAS EMOÇÕES HUMANAS, DESDE A ALEGRIA ATÉ O ÓDIO, DA ESPERANÇA AO DESESPERO.


O AUTOR. Segundo os títulos, Davi foi o autor de 73 salmos; Asafe, de 12. Os filhos de Coré, 11; Salomão, 2; Moisés e Etã um cada um. No caso de 50 salmos, não se menciona seu autor. A versão dos Setenta ou Septuaginta acrescenta Ageu e Zacarias como autores de 5 salmos. Então, metade dos Salmos é atribuída por suas inscrições a Davi, o rei cantor de Israel, que em geral procedem da idade áurea de Israel, por volta do ano 1000 a.C. Sem a menor dúvida, alguns foram escritos mais tarde, na época do cativeiro (por exemplo, o Salmo 137).

A reputação de Davi como músico é mencionada repetidamente (II Samuel 23:1; I Samuel 16:18; Amós 6:5). Os livros das Crônicas explicam com clareza que Davi organizou coros no templo e compôs salmos para eles (I Crônicas 16:4, 5; 25:1-5). O próprio Senhor Jesus Cristo fundamentou um importante argumento sobre a validez do título do salmo 110 (Marcos 12:36).

A PECULIARIDADE DA POESIA HEBRAICA. A poesia hebraica não consiste no ritmo, mas principalmente na repetição de pensamentos apresentados em cláusulas paralelas, como, por exemplo: "Não nos tratou segundo os nossos pecados, nem nos retribuiu segundo as nossas iniquidades" (103:10). Se prestarmos atenção a este paralelismo, poderemos, às vezes, interpretar palavras obscuras mediante o paralelo mais claro. Outro recurso que se emprega com freqüência no artifício poético é a dramatização. Davi não escreve para si próprio. Escreve para outros. O salmista escreve para todos nós, e podemos apropriarmos de que aqui também Davi escreve às vezes na primeira pessoa do singular; não obstante isso, proporciona-nos pormenores vividos das experiências do Messias.

O CONTEÚDO. Os salmos expressam verdades profundas num estilo poético, com a intenção de penetrar os recônditos do coração. Devem ensinar-nos que o conhecimento intelectual não é suficiente; o coração deve ser alcançado pela graça redentora de Deus. Cerca da metade dos salmos pode ser classificada como orações de fé proferidas em épocas de angústia. Salmos tão preciosos como os de número 23, 91, 121 e muitos outros, sustentam-nos nos momentos de necessidades mais urgentes, nos fortalece quando a hora da provação nos apanha de surpresa. Mais ou menos 40 salmos são dedicados ao tema do louvor.

É difícil fazer uma classificação minuciosa dos salmos, visto como são obras profundamente poéticas, e um salmo pode tratar de assuntos diferentes. Os salmos do homem justo são representados pelos de números 1, 15, 101. 112 e 133. Seis poderiam denominar-se salmos messiânicos: 2, 21, 45, 72, 110 e 132. Os salmos 32 e 51 são chamados, de modo geral, penitenciais, juntamente com partes dos salmos 38, 130 e 143. Os salmos imprecatórios pedem vingança sobre os inimigos de Deus; são eles: 69, 101, 137 e parte dos salmos 35, 55 e 58. Há, pelo menos, quatro salmos históricos: 78, 81, 105 e 106. Dois ressaltam a Palavra e a Lei de Deus: 19 e 119.

OS SALMOS MESSIÂNICOS. Os salmos messiânicos que se referem a Cristo, no Novo Testamento, são: 2, 8, 16, 22, 40, 41, 45, 68, 69, 89, 102, 109, 110 e 118. Alguns destes são tipicamente messiânicos, isto é, escritos a respeito de nossas experiências em geral, mas aplicados a Cristo. Outros são diretamente proféticos. Os salmos 2, 45 e 110 predizem o Rei messiânico. No salmo 45:6, o Messias é Deus; no 110, é ele o Sacerdote, Rei e Senhor de Davi; no salmo 2, é o Filho de Deus que deve ser adorado. Outros salmos fazem referência a seus sofrimentos (22), seu sacrifício (40), sua ressurreição (16:10, 11). No salmo 89, ele é quem completa a aliança davídica em cumprimento das esperanças de Israel.


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