Autor: Dr. Jô Furlan | Artigos de motivação e reflexão
Vivemos numa era com todas as facilidades da comunicação. Diariamente um turbilhão de informação invade nossa vida, com verdades temporárias e mentiras bombásticas. Pergunto-me que tipo de geração estamos construindo. A falta de lideranças que inspirem valores respeitáveis e éticos é evidente, pois ao invés de assumir a responsabilidade dos fatos e iniciar uma apuração seria do que realmente aconteceu, observamos a inversão conceitual, numa jogada quase publicitária transferindo a responsabilidade para a imprensa. Noticiar os fatos transformou-se em alardear o inexistente. Ficção e realidade se confundem num jogo perigoso e cruel, tendo na sociedade um peão descartável que pode ser sacrificado a qualquer momento em prol de uma boa jogada.
Treino lideranças na área publica e privada, em universidades e corporações, há muitos anos e vejo todos os dias com preocupação a carência do setor. Muitos dos líderes que inspiraram tantas pessoas no passado recente, não sobreviveram em sua maioria a lente minuciosa que observava suas ações.
Temos a obrigação moral e ética de continuar a cobrar, questionar, lutar, e também a acreditar em pessoas, idéias e projetos sérios e até mesmo naqueles aparentemente utópicos. “ A Utopia não será atingida, mas buscá-la aprimora o mundo em que vivemos”. Com esse pensamento convido a todos a praticar o que chamo de liderança comportamental – a autoliderança. Assumir a responsabilidade pela parte que cabe a cada um de nós, senhores de nossas crenças, convicções e sentimentos. Que a responsabilidade, coragem e a ética possam ser alguns dos valores dominantes e fundamentais na criação de nossos novos líderes.
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