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terça-feira, 7 de março de 2017

REFLEXÃO


Todos vós vos escandalizareis!
       E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras. Então, Jesus lhes disse: Esta noite, todos vós vos escandalizareis comigo; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas. Mas, depois da minha ressurreição, irei adiante de vós para a Galiléia.
      Disse-lhe Pedro: Ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim. Replicou-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. Disse-lhe Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo (Mateus 26.30-35).
       Tendo cantado um hino, saíram. Com este hino Jesus encerrou a cerimônia do comer o cordeiro pascal, conforme a lei de Moisés. Neste momento, Jesus também instituiu o jantar do Novo Testamento, a Santa Ceia, e Jesus orou fervorosamente por seus discípulos, conforme o lemos na oração sumo sacerdotal, no evangelho de João capítulo 17. Os hinos cantados nesta ocasião foram, provavelmente, os Salmos 115 a 118. Leia-os com atenção. Então saíram. Era noite. Noite iluminada pela lua cheia.
       Jesus dirigiu-se com seus discípulos, como de costume, para o Monte das Oliveiras. E dali para a casa de Lázaro para pousar, como o fez já durante toda a semana.
       Caminharam pensativos. Jesus estava preocupado com seus discípulos, que ainda nada compreenderam o que estava por acontecer. Seja essa também nossa principal preocupação nesses dias da quaresma: a salvação da humanidade?
       Jesus lhes disse: Esta noite, todos vós vos escandalizareis comigo; porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas (Zacarias 13.7). Uma severa advertência. Os discípulos estavam há três anos na companhia de Jesus, mesmo assim, iriam fraquejar. Seria possível? O mestre o disse. Eles sabiam que a palavra do Mestre não falha, mesmo assim, não a aceitam.
       O que fazem os discípulos? Fazem o que nós muitas vezes também fazemos. Revidaram a advertência. Os que há pouco se assustaram com a palavra de Jesus: Um de vós me trairá, cônscios de suas fraquezas, perguntando: Mestre sou eu? Agora não aceitam a advertência. Pedro olha para seus colegas e conclui: Estes são fracos, deles nada se pode esperar, e diz a Jesus: Ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim.  
      Pobre Pedro! Jesus olhou para ele e lhe disse sob juramento: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. Em sua autoconfiança Pedro respondeu resoluto: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. E todos os discípulos disseram o mesmo (Mateus 26.32-35). Eles o disseram na sinceridade de seus corações, pois amavam o Salvador. Pobres discípulos.
       Como é necessário vigiar, para que nosso próprio coração não nos engane. Pensamentos e sentimentos são preza fácil de nossa natureza carnal, de onde procede a autoconfiança, o egoísta e a não aceitação da palavra de Deus, quer seja a advertência ou o consolo. Precisamos estar atentos à palavra de Deus escrita e pedir ao Espírito Santo que nos guie.
       Satanás por sua astúcia conseguiu enganar os discípulos. Firmaram-se em seus próprios pensamentos e suas próprias forças. A queda era inevitável. Por vezes o entusiasmo nos afasta de Jesus, outras vezes é o desânimo. Importa examinar sempre a razão de nosso proceder. Jesus orou por eles ao Pai, para que não permitisse que Satanás tivesse domínio sobre eles. Nesta oração também nós estamos incluídos.
       Devo agradecer-te tanto, ó Jesus, tamanha dor; / chagas, agonia, pranto, / penas e mortal horror. / Vivo e morro consolado / por teu sangue perdoado: / Grato sou por tanto amor, / meu bendito Redentor. (HL 93.5)

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