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domingo, 3 de dezembro de 2017

MENSAGEM

1º Domingo de Advento

       Salmo 118.24-28: Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele. Oh! Salva-nos, Senhor, nós te pedimos; oh! Senhor, concede-nos prosperidade! Bendito o que vem em nome do Senhor. A vós outros da casa do Senhor nos vos abençoamos.


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Advento aponta para o futuro. É tempo de espera. Aguardamos a vinda a chegada de alguém, a saber do nosso Salvador Jesus Cristo.
      No tempo do Antigo Testamento, o povo aguardaram a vinda do descendente da mulher, o Messias, o Salvador prometido por Deus (Gn 3.15).
      Após a queda de Adão e Eva em pecado, eles foram expulsos do paraíso. Perderam a imagem divina, este bem-aventurado conhecimento de Deus. Sua alma foi totalmente pervertida pelo pecado. Chamamos isso de Pecado Original: “O pecado original é a completa corrupção de toda a natureza humana, agora privada da justiça original, inclinada para todo o mal e sujeita à condenação“. Viviam, agora, espiritualmente, numa noite escura, como escravos de Satanás.
      Em seu profundo amor à Adão e Eva, à humanidade, Deus lhes prometeu um Salvador. Após anunciar-lhes o resultado de sua desobediência, seu pecado, e lhes anunciar o castigo: Maldita é a terra por tua causa. Anunciar-lhes que serão expulsos do paraíso e que sua vida na terra será cheia de sofrimentos, como consequência do pecado, e retornarão ao pó, do qual foram tomados, isto é, morrerão, Deus lhes anunciou a salvação, nas seguintes palavras: “Porém inimizade entre ti (Satanás) e a mulher, entre a tua descendência e o seu descente (singular, é Jesus). Este te ferirá a cabeça (a vitória de Jesus), e tu lhe ferirá o calcanhar (o sofrimento de Jesus) (Gn 3.15).
      A promessa era simples: O descendente da mulher (Jesus, nascido da virgem Maria), esmagaria a cabeça da serpente (Satanás). A confiança nessa promessa de Deus, os libertaria da maldição divina, da escravidão de Satanás e lhes daria perdão. Realmente, esta primeira promessa continha todo o plano da salvação, que Deus já havia elaborado desde a eternidade, como o afirma o apóstolos Paulo: “Bendito o Deus e Pai de nosso senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção, espiritual, nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos, santos e irrepreensíveis perante ele” (Ef 1.1-4).
Esta promessa da salvação era como um estrela brilhante na noite escura. Na medida que passava o tempo, Deus colocou uma estrela (promessa) após a outra no céu. Veja algumas das principais promessas:
       (A Adão e Eva: Gênesis 3.15; aproximadamente 1656 anos após a criação, a Noé: 9.9-13; após 427 anos após o dilúvio, a Abrão: 12.2-6; a Jacó: 49.1; após 2.742 após a criação (ou 1447 anos antes de Cristo) a Moisés: Dt 18.15; após 3.219 anos após a criação (ou 971 anos antes de Cristo) a Davi: 2 Sm 7.12; a Salomão: 1 Rs 8.20; Salmo 2.3; 7.14; 9.5-6; 89; antes de 722 anos de Cristo, ao profeta Isaías: 2.2-4; 40.1-3; 55.3; ao profeta Miqueias: 4.1-4; 5.2-4; antes de 400 anos antes de Cristo, ao profeta Malaquias: 3.1-3). Isto são algumas das promessas, que , como estrelas brilharam na noite dos 4 mil anos de espera. Cada promessa anunciava mais alguns detalhes sobre o Messias e a salvação. Os fiéis do antigo testamento se apegaram a essas promessas em fé para seu consolo e esperança. Até que numa noite os anjos anunciaram aos pastores dos campos de Belém da Judeus: “Hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador que é Cristo o Senhor” (Lucas 2.11). A partir daí a cristandade começou a contar o ano zero. Nós estamos hoje no ano 2017, após Cristo (a.C.) ou chamado também Ano do Senhor, em latim de Anno Domini (AD), Ano do Senhor.
 
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 II
       Agora, no Novo Testamento, nós não estamos mais na noite. Nós temos o sol, a luz do evangelho que nos relata sobre o cumprimento das promessas na pessoa e obra de Jesus Cristo. Podemos cantar: Agora temos salvação, de graça e por bondade. As obras não nos salvação, são vãs na adversidade. Na fé confiamos em Jesus, que tudo fez por nós na cruz, sofrendo em humildade (HL 373.1). Nasceu o Salvador. Na luz do cumprimento da promessa, dizemos com o salmista: “Este é o dia do Senhor; regozijemo-nos e alegremo-nos nele”.
      O evangelista nos conclama as palavras do profeta Zacarias: “Dizei à filha de Sião: eis aí te vem o teu Rei, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de animal de carga” (v. 5; Zacarias 9.9). Sim, o Rei de Israel, o Messias, queria vir “justo e salvador”. Em profunda humilhação, como nosso irmão na carne, cumpriu, em lugar de toda a humanidade, perfeitamente a lei de Deus, por sua morte na cruz, como Deus e homem, pagou pelos pecados de toda a humanidade, e por sua ressurreição mostrou que venceu pecado, morte e Satanás e Deus Pai acetou o seu sacrifício em favor da humanidade. Por esta obra vicário, reconciliou a humanidade com Deus. Após sua ressurreição ordenou que se pregasse em todo o mundo o evangelho, a boa nova da salvação, “para que todo o que nele crê não pereça (salvação subjetiva), mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Cristo nos conquistou: perdão, vida e eterna salvação. Notemos bem essas três palavras: Perdão e com o perdão a vida, isto é a fé na graça de Cristo, a nova vida em Cristo, o novo homem, renascemos em Cristo, e a eterna salvação, a eterna bem-aventurança. Em outras palavras, isto é, salvação presente e futura. Estas três palavras são inseparáveis: Perdão, vida e eterna salvação.
        Por isso a mensagem do anjo: Eis que vos trago boa nova de grande alegria. Uma alegria indescritível. É que hoje vos nasceu o Salvador, que é Cristo o Senhor. E então os anjos cantaram: Glorias a Deus nas maiores alturas e paz aos homens a quem Deus quer bem.
       Diante disso, cantamos: Abri as portas e aclamai / o Deus da glória festejai / o Rei dos reis, o bom Jesus, / que ao mundo inteiro, pela cruz, / traz vida e eterna salvação. / Exulte o vosso coração / Hosana ao meu Senhor, / meu sábio Criador! (Hl 14.1).
 
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       III
       Como vamos recebe-lo? Abrir o coração para sua palavra, ler, ouvir e meditar na mesma.
       E a epístola deste dia ainda nos diz: “E digo isto a vocês que conhecem o empo: já é hora de despertarem do sono, porque a nossa salvação está agora mais perto do que quando no princípio cremos. Vai alta a noite, e o dia vem chegando. Deixemos, pois, as oras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Vivamos dignamente, como em pleno dia, não em orgia e bebedeira, não em imoralidades e libertinagem, não em discórdias e ciúmes. Mas revistam-se do Senhor Jesus Cristo e não façam nada que venha a satisfazer os desejos da carne (Romanos 13.11-14)”. Estas palavras não precisam de explicação. Elas nos estimula para a vida santificada, não para completar a salvação, mas por sermos filhos de Deus e herdeiros do céu, queremos viver como tais, mesmo tendo, devido a nossas fraquezas que suplicar diariamente perdão e suplicar: “Cria em mim, ó Deus, um puro coração e renova em mim espírito reto. Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito santo. Torna dar-me a alegria da tua salvação e sustem-me com um voluntário espírito. Amém.”
Desejamos um abençoado tempo de Advento e Natal.  


                                                                       Horst R. Kuchenbecker

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