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quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

MENSAGEM

 Advento

      Mateus 11.2-10
Estamos no terceiro domingo de Advento.
No primeiro domingo de Advento vimos como a promessa da vinda do Salvador, na carne, se cumpriu em Jesus Cristo que veio humilde à terra, nasceu em pobreza, como filho da virgem Maria, em Belém da Judeia.
      No segundo domingo de Advento vimos como Jesus prometeu voltará, não mais pobre, mas em toda sua majestade e glória para julgar vivos e mortos. Os sinais de sua volta, indicados por Jesus, já se cumpriram. Eles podem variar de intensidade. Jesus poderá voltar a qualquer momento.
      Neste terceiro domingo de Advento, queremos contemplar a pergunta: Como Jesus chega ao nosso coração, quais são os meios pelos quais ele vem a nós? Como uma pessoa chega à fé e permanece na fé em Cristo? Vamos fazê-lo à base do texto de Mateus 11.2-10, onde temos a história de João Batista que enviou seus discípulos a Jesus com a pergunta: “És tu o que haverias de vir, ou devemos esperar outro” (v. 3). Na interpretação desse evangelho, vamos ater-nos à explicação de Lutero e de nossos pais.
      João Batista, o fiel precursor de Cristo, veio preparar o caminho para Jesus. Ele apontou para Jesus e disse: “Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo” (João 1.36). João Batista pregou destemidamente arrependimento e fé nas promessas de Deus. Ele teve que repreender o rei Herodes devido a seus pecados. A mulher de Herodes não gostou da pregação e pediu que Herodes lançasse João Batista no cárcere. Vários discípulos de João seguiram Jesus, mas alguns permaneceram com seu mestre, João Batista. Eles o visitavam e aparavam na prisão. Traziam-lhe também as notícias a respeito de Jesus. A missão de João Batista era dirigir todos a Jesus. Parece que os discípulos, que ficaram com João Batista, tinham uma dificuldade em aceitar ser Jesus o Messias prometido. Isto devido a humildade e pobreza de Jesus, e por ele, como parece, não se importar com a prisão de João Batista. Por isso João Batista os envia a Jesus com a pergunta: “És tu aquele que estava para vir, ou havemos de esperar outro”? (Mt 11.4). Aqui começa, para muitos interpretes uma pergunta: Essa dúvida era de João Batista, dos discípulos ou de ambos. Lutero e nossos pais, argumentam que, devido ao contexto e as palavras de Jesus sobre João Batista, a pergunta era dos discípulos, aos quais João Batista dirige a Jesus. Ali ouvirão e verão a Jesus.
      Ao os discípulos de João Batista chegarem a Jesus ouviram sua pregação, viram seus milhares. Mesmo assim – talvez já quase convencidos – lhe fazem a pergunta: “És tu o que haverias de vir ou devemos esperar outros”?
     Jesus não os censura nem os repelo; com muito amor, porém, responde para fortalece-los na fé. “Ide, e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo. Os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E, bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (v. 4-6). Assim Jesus os instrui e ao mesmo tempo repreende sua incredulidade, com a última frase.
      Tendo os discípulos partido, Jesus se dirigiu à multidão e lhes disse: “Que saístes a ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Bem, que saístes a ver? Um homem vestido de roupas finas? Ora, os que vestem roupas finas assistem nos palácios reais. Para que saístes? Para ver um profeta? Sim, eu vos digo, e muito mais que profeta. Este é de quem está escrito: Eis aí eu envio diante da tua face o meu mensageiro, o qual preparará o teu caminho diante de ti. Em verdade eu vos digo: Entre os nascidos de mulher ninguém apareceu maior do que João Batista” (v .7-11). Estas palavras deixam claro que João Batista não era uma “cana vacilante”. Ele é o maior dos profetas. Daí concluirmos que as dúvidas eram dos discípulos e que João agiu com eles como um professor, que manda seus discípulos à fonte para serem convencidos da verdade.
      Isto nos leva, neste tempo de advento, a duas perguntas: Como nós trabalhamos com nossas dúvidas, com as dúvidas de nossos familiares ou irmãos na fé?
      Sabemos que todos nós temos o nosso “velho homem”, nossa natureza carnal que nunca muda, ou para dizer em outras palavras: Esta nunca se tornará cristã. Dela brotam, até nossa morte, constantemente, dúvidas. “Este velho homem, conforme nosso Catecismo Menor, por contrição e arrependimento diários, deve ser afogado e morrer com todos os pecados e maus desejos, e, por sua vez, sair e ressurgir diariamente novo homem, que viva em justiça e pureza diante de Deus eternamente”.
     Por outro: Como lidamos com dúvidas? Só há um caminho o qual João Batista nos mostrou: Ir a Jesus. Jesus encontramos hoje em sua Palavra e seus sacramentos. A eles queremos apegar-nos. Ouvir Jesus em sua Palavra e meditar na mesma. Por esta Palavra o Espírito Santo gera e mantém a fé.
      Nossos pais determinaram as quatro semanas de Advento, para essa finalidade. Neste período queremos tomar-nos mais tampo para meditar na palavra de Deus, para crescermos no conhecimento da pessoa e obra redentora de nosso Salvador Jesus Cristo, para que Jesus possa morar em nossos corações, nos conceder sua paz e a esperança da vida eterna. Abençoado tempo de Advento.  
  HK

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