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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

MENSAGEM

2º Advento - O fim dos tempos
      Neste segundo domingo de Advento, queremos ocupar-nos com a segunda vinda de Cristo em glória e majestade, para julgar vivos e mortos. Vamos ater-nos às palavras de Jesus.
      Na terça-feira da Semana Santa, após Jesus ter ensinado no Templo em Jerusalém, ele saiu dali à tardinha com seus discípulos e se dirigiu para Betânia, a fim de descansar. Ao passarem, na saída, pelo templo, os discípulos admiraram as majestosas construções e chamaram a atenção de Jesus sobre isso. Ao que Jesus lhes respondeu: Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra, que não seja derrubada (Mt 24.2). Em primeira linha, essas palavras se referiam à destruição de Jerusalém pelo romanos, nos anos 70, mas eram também uma figura do juízo final, sobre o que Jesus tinha falado pouco antes (Mt 23.37-39), a saber de sua volta em glória, para juízo final. Chegando ao monte das Oliveiras, onde descansaram um pouco, os discípulos se achegaram a Jesus e lhe perguntaram: Dize-nos quando sucederão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e da consumação dos séculos (Mt 24.3).  
      Eles haviam aprendido, dos ensinamentos de Jesus, de que o reino de Deus estava a caminho e que este reino significava um novo céu e uma nova terra, e que este mundo, com tudo o que nele existe, estava a caminhos do fim. Daí a pergunta: Quando virá o fim? Que sinais o anunciarão?
       Jesus dirigiu os olhos de seus discípulos para o futuro (Mt 24.4-13). Esta visão se diferencia muita da visão que as pessoas têm do futuro. Vejam, estamos novamente diante do fim de um ano. Como o mundo olha para o futuro e o que esperam? Prosperidade, dias melhores que a maravilhosa ciência e tecnologia lhes promete. De fato a tecnologia nos proporcionou muitas facilidades, mas sempre depende do espírito de quem as usa. Se for um espírito mau, ela será usada para poluição, destruição e guerras. Se é o Espírito de Deus, será usada para o bem da humanidade. Será que no futuro o bem vencerá o mal ou será o contrário? Basta abrir um jornal ou escutar as notícias e teremos a resposta.
       As promessas de Jesus, porém, quanto ao futuro são bem diferentes do que as aspirações do mundo. Nós estamos, nesses tempos finais, em meio a uma terrível guerra entre Satanás e Deus.
       Sabemos que o diabo foi vencido. Ele perdeu suas melhores armas, de acusar os cristãos diante de Deus e exigir sua condenação conforme a lei. Agora ele não pode mais acusar os fiéis diante do trono de Deus (Ap 12.10). Cristo venceu pecado, morte e a Satanás. Jesus é nosso advogado diante do Pai (1 Jo 2.1). O diabo foi expulso de diante da presença de Deus. Ele luta agora desesperadamente aqui na terra, à qual ele precipitou pela queda de Adão e Eva em pecado. Nesta amarga luta, ele mobiliza todas as forças para manter a humanidade no pecado, para arrancar as pessoas da fé, como o apóstolo João o revela no seu livro Apocalipse. As guerras são cada vez mais cruéis, as perseguições aos cristãos se espalha pelos países. A agressão à palavra de Deus é cada vez mais ousada e sofisticada pelos meios de comunicação. O poder de gerar dúvidas com respeito à palavra de Deus nos jovens é cada vez mais agressiva.
       O que Jesus disse com respeito aos tempos do fim tem hoje grande significado para nós. Cada dia acontecem coisas novas que apontam para catástrofes. Cristãos, em grande maioria, estão abandonando a fé cristã. Mesmo que aqui ou acolá surja um reavivamento – pelo que somos gratos a Deus – mas o cumprimento dos sinais indicados por Jesus, de forma cada vez mais intensa e ampla estão nos dizendo: O fim está próximo.
       Alguns temem uma catástrofe atômica. Mas Jesus disse: Esta geração não passará, antes que isto aconteça (Mt 24.34). De modo que não são os homens com suas armas que provocarão o fim do mundo. Um dos sinais , indicados e registrados em Apocalipse é que Gogue e Magogue, inimigos opostos de Cristo, se darão as mãos e dirão: Agora vamos dar um fim ao cristianismo (Ap 20.7-10), então virá o fim, o juízo final. Isto nos mostra que haverá cristãos, mesmo que seja um pequeno grupo, até o final e os inimigos tentarão eliminá-los, então Cristo aparecerá em grande glória, para o juízo final e redimir sua igreja.
       Alguns acham sua vinda demorada (2 Pe3.8,9). A contagem dos dias para Deus, no entanto, é diferente da nossa. Mil anos para ele são como um dia. Se ele prolonga o tempo da graça é para que mais pessoas sejam alvas. Quando o último dos eleitos chegar à fé, virá o fim (Mc 13.20; Ap 7.4).
       Aos que vivem nesses dias finais, Jesus dá uma advertência: “E por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que perseverar até ao fim, este será salvo. E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim” (Mt 24.12-14). Por isso: “Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca vos suceda que os vossos corações fiquem sobrecarregados com as consequências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós repentinamente como um laço. Pois, há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a terra. Vigiai, pois, a todo tempo, orando para que possais escapar de todas estas coisas que tem de suceder, e estar em pé na presença do Filho do homem” (Lucas 21.34-36).
       Jesus disse: Ninguém sabe quando será este dia, somente o Pai (Mc 13.32). Portanto toda a especulação a respeito é inútil. Valem, no entanto, para todos nós as advertências de Jesus: “O que, porém, vos digo, digo a todos: Vigiai!” (Mc 13.37) E: Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição... Nós, porém, que somos do dia, sejamos sábios, revestindo-nos da couraça da fé e amor, e tomando como capacete, a espada da salvação (1 Ts 5.3,8).
       Naquele dia Jesus dirá aos fiéis: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei: entre no gozo do teu Senhor” (Mt 25.21). Advento é tempo de espera. Nas crianças cresce a expectativa pelo Natal. Que cresça em todos nós a expectativa pela vinda de Cristo em glória. Abençoado tempo de Advento no aguardar da volta em glória de nosso senhor Jesus Cristo. Amém.
    
                                                     
                                                               Horst R. Kuchenbecker

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