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quinta-feira, 7 de junho de 2018

ANIVERSÁRIO DA IELB - 114 ANOS

A lenda da Lagoa Vermelha

Os festejos dos 114 anos da IELB será nesta terra.

Conhecendo um pouco da história do surgimento do nome deste lugar:
Foto Lagoa Vermelha Taiz Reginini
Lagoa que deu origem ao nome do município, localizada às margens da BR 285 (Foto: Taiz Reginini)
      Conta-se que na época das Missões e Reduções Jesuíticas os padres perseguidos pelos mamelucos, procuravam esconder o seu gado e mais as relíquias das Reduções. Numa certa ocasião vinham eles com uma caravana de índios e alguns cargueiros com bruacas, conduzindo ouro e outros objetos da riqueza sacra das Reduções. Perseguidos pelos rapinadores num percurso de mais de cinquenta léguas, estavam na iminência de serem alcançados. Ao depararem com o perigo à vista, apertaram o passo e quando já quase na presença dos perseguidores, não tiveram dúvidas em meter os muares carregados lagoa adentro. Os animais sob o peso da carga, puxados pelos índios, entravam na lagoa, submergindo, morrendo e sepultando consigo no líquido da lagoa a preciosa carga.
      Daí então para cá, as águas tornaram-se de uma cor vermelho amarelada, que nunca mudou de tom, simbolizando o ouro sagrado. A Lagoa ficou perene em tudo, nunca mudou de cor, nunca aumentou de volume e também não diminui com secas; não transborda e a sua quietude no ambiente da plaga campestre constitui a proteção de uma riqueza inviolável e sagrada, confiada à sua perenidade. Até hoje, ninguém pode desvendar o mistério da lenda. A Lagoa é bem profunda, existe muito lodo no leito e a população respeita com amor religioso o preceito da lenda. Essa fé à lenda afasta os ambiciosos e ninguém se aventurou em profaná-la.
      Assim foi e assim será, porque, segundo a lenda, se um dia alguém esgotar a fonte sagrada, secará as águas dos rios e tudo se transformará em deserto.
Ao seu redor, cresceu uma bela cidade, que tomou seu nome – Lagoa Vermelha. E cada vez que um dos seus moradores passa na beira das águas coloradas, lembra que ali ninguém se banha, nem pesca, pois, conforme a lenda, a Lagoa não tem fundo.

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