O exercício de amar.
Mateus 5. 43 - 48.
Deus criou todas as coisas, e criou o amor amando a sua criação. Sim, Deus é amor. E é a ausência do amor que produz a indiferença e o ódio. Contrariando o senso comum e a Lei de Talião, que sugere punir um mal provocando outro em igual proporção e intensidade, Jesus nos ensina a responder o mal com o bem e a ausência do amor, com o amor.
Sinceramente, amar é uma tarefa muito difícil. A tal ponto que uma religiosa cristã, Teresa de Calcutá, falou: “É fácil fingir amar os que estão longe. Mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado”. Essa afirmação é fácil de explicar: entre conhecidos e familiares sabemos bem os defeitos uns dos outros, os hábitos que irritam. Por isso, a convivência é difícil. É mais fácil demonstrar afeto e preocupação por alguém distante, que não nos provoca desconforto.
Jesus quer mudar essa situação. Ele disse: “Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês” (Mt 5.44). Ele nos convida, por seu amor, a amar o inimigo e orar pelos que nos perseguem ou desejam o nosso mal. O natural em nós seria desejar aniquilar o inimigo ou desafeto. Jesus nos propõe algo diferente, que contraria a lógica humana. É uma tarefa humanamente impossível. Sendo assim, estamos desobrigados a fazê-lo? Jesus diz que não e nos incentiva a amar. Primeiro, porque ele mesmo amou os seus inimigos e deu a sua vida por eles. Na cruz, pediu ao Pai que perdoasse aqueles que lhe maltratavam e ofendiam. Não esqueçamos jamais: Jesus deu a sua vida pela humanidade que era inimiga de Deus. Assim, ele nos transformou de inimigos em amigos de Deus. Exercitemos o amor, para transformar os nossos inimigos em amigos de Deus.
Oremos: Senhor, Deus de amor, tem paciência conosco que não sabemos amar. Ensina-nos a amar a todos, especialmente aos que nos têm por inimigos. Amém.
Rev. André Luis Bender
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