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quarta-feira, 18 de abril de 2012

AINDA É PÁSCOA

  UMA BOA NOTÍCIA QUE PRECISA SER COMPARTILHADA.

Vocês já pensaram em como seria a vida humana se Cristo não tivesse ressuscitado? Já pensaram como seria a nossa vida se a morte fosse o fim de tudo? Certamente, viveríamos incessantemente atrás das alegrias e prazeres do mundo, tentando aproveitar ao máximo o pouco tempo de vida que temos e, especialmente, na velhice viveríamos uma angústia muito grande com a proximidade do fim. Que bom que podemos crer e confiar num Salvador que não ficou na cruz nem na sepultura. Que bom crer e confiar num Salvador que vive.
     Mas, qual o valor que damos à ressurreição de Jesus e a nossa própria ressurreição? Como isso influencia nossa vida pessoal e como igreja? A Igreja Cristã é uma igreja que celebra a vida. Somos promotores da vida em Cristo? Temos alegria em mostrar aos outros que Cristo vive em nós?
     A Bíblia nos conta a história de Pedro. Pedro foi um discípulo de Jesus que prometeu sempre acompanhá-lo por onde quer que ele fosse. Chegou a afirmar: “Mesmo que eu tenha que morrer com você, eu nunca lhe negarei”, Mt 26.35. Mas, sabemos o que aconteceu. Horas depois de fazer essa promessa, Pedro negou Jesus três vezes. E nós podemos imaginar o sofrimento de Pedro quando também vê Jesus pregado na cruz. Com certeza, foi grande o peso de consciência sentido por aquele homem, já que não teria a oportunidade de pedir desculpas e desfazer sua traição. Jesus estava morto.
     Mas, aí vem a boa notícia. Quando as mulheres, no domingo de manhã foram ao sepulcro, não encontraram o corpo de Jesus. Viram então um anjo que anunciou que Jesus havia ressuscitado. E o anjo disse: Agora vão e deem este recado a Pedro e aos outros discípulos: Ele vai adiante de vocês para a Galiléia. Lá vocês vão vê-lo, como ele mesmo disse”.
     Nem tudo estava perdido para aqueles que acompanharam a trajetória de Jesus e para aqueles que confiaram em suas palavras e promessas. Nem tudo estava perdido para Pedro, que teria então a oportunidade de se explicar, de pedir perdão para livrar-se do sentimento de culpa. E o reencontro dos discípulos com Jesus foi, de fato, maravilhoso.
     "Deus não deseja que nossos pecados do passado ou que nossa falta de lealdade e amor a ele nos mantenham distantes dele". Agora vão e deem esse recado a Pedro e aos outros discípulos. É interessante que dentre todos os doze discípulos, apenas o nome de Pedro foi mencionado. Por que não foi dito: Agora vão e deem esse recado a Pedro, Tiago e João e aos outros. Jesus, com certeza, sabia o que Pedro estava sofrendo e o que se passava em sua mente e coração. Por isso, estas palavras revelam a compaixão de Jesus até mesmo por aquele que o negou.
     "Entretanto, essas doces palavras não são dirigidas apenas a Pedro - elas são para você e para mim, também. Na verdade, nós até poderíamos escrever o nosso nome bem junto ao de Pedro, nesse versículo da Bíblia. A compaixão de Jesus também tem como alvo a minha e a sua vida, apesar de muitas vezes o abandonarmos".
     Agora vão e deem esse recado a Pedro e aos outros discípulos. Estas palavras, além de tornar explícita/evidente a compaixão de Jesus para com todos, revelam também um caráter missionário. "Elas evidenciam que Jesus não apenas nos perdoa, mas também confia aos seus a missão de sua igreja". Agora vão e deem esse recado é a mesma mensagem que Jesus proferiu quando enviou os seus discípulos dizendo: “Vão pelo mundo inteiro e anunciem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”, Mc 16.15-16.
     Jesus está vivo. Não podemos viver como se Ele estivesse morto! Quem crê que Jesus vive é capaz de colocar em prática a sua fé, levando a mensagem da vida de Cristo para seu semelhante. Esse é o compromisso que nós assumimos desde o dia de nosso batismo, desde o dia em que a vida de Cristo passou a existir em nós. E esse mesmo compromisso foi reafirmado pela grande maioria de nós que fomos confirmados.
     Naquele dia, assim como Pedro, prometemos jamais abandonar a Jesus, mesmo que tenhamos que sofrer a morte. Mas, infelizmente, assim como aconteceu com Pedro, nós também o negamos. Quantas vezes, vivemos como se Jesus ainda estivesse morto. Nem sempre damos um bom testemunho diante das pessoas. Muitas vezes nos apegamos mais aos cuidados deste mundo e não damos o devido valor às coisas espirituais. Outras tantas vezes, vivemos agindo de forma errada e inconveniente, mesmo sabendo que estamos errados.
     Mas, mesmo assim, continuamos sendo alvos do amor de Jesus. Jesus morreu por causa dos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação. Ele quer nos fazer entender que nossa vida é muito mais do que os poucos anos que passamos neste mundo e quer nos ver compartilhando essa mensagem com todos que podemos alcançar. Jesus morreu e ressuscitou por nós, mas também por toda a humanidade. E convém lembrarmos que, de fato, somente aquele que crer em Cristo como seu único e suficiente Salvador será salvo.
     Pedro deve ter se sentido o homem mais feliz do mundo quando soube que Jesus estava vivo. Além de ver cumpridas todas as promessas de seu Mestre e Salvador, Pedro teve a oportunidade de se reencontrar com aquele a quem tinha negado e deve ter aproveitado muito bem a oportunidade para se desculpar diante de Jesus. E, com certeza, Pedro jamais se esqueceu de tudo isso.
     E vem de Pedro dois conselhos dirigidos a igreja, posicionando assim cada cristão quanto a missão que tem diante de si. Em At 4.20, encontramos o apóstolo Pedro afirmando, junto com o apóstolo João, diante de ameaças, em Jerusalém: “Não podemos deixar de falar daquilo que temos visto e ouvido”. Mais tarde, em sua carta dirigida à várias igrejas da Ásia Menor, escreve: “Vocês foram escolhidos para anunciar os atos poderosos de Deus, que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz”, 1 Pe 2.9b.
     Que este seja o nosso desejo. Jesus está vido! Ele nos deu a vida. Nisto podemos confiar. E esta é uma boa notícia que precisamos compartilhar para a salvação de muitos. Amém.
Pastor Cleydes Kloss

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