TEMA DA EPÍSTOLA: Esta carta foi escrita
para confortar os cristãos da igreja primitiva que estavam sendo perseguidos por
causa de sua fé.
A carta foi escrita por Pedro, provavelmente, enviada de Roma aos crentes da Ásia Menor,
entre os anos 62 e 69 d.C. Existe uma extraordinária semelhança de pensamentos
entre esta carta e a epístola de Paulo aos Romanos (ano 56 a 57 d.C.) e a
epístola anônima aos Hebreus (provavelmente em derredor do ano 60 d.C.). Pode
ser que o apóstolo Pedro possuísse ambas as cartas quando se encontrava em
Roma.
Esta
bela carta foi escrita aos crentes da Ásia Menor, a fim de criar neles uma
jubilosa esperança diante da perseguição que ameaçava cair sobre eles. Era
intenção do apóstolo que esta carta circulasse entre os crentes de herança
predominantemente gentia, em congregações localizadas nas províncias do Império
Romano onde, provavelmente, o jugo imperial seria mais severo. A igreja não
desconhecia a perseguição. Desde as primeiras perseguições no tempo de Estêvão
e a dispersão que se seguiu, até à constante flagelação de que era alvo o
apóstolo Paulo por onde quer que fosse, os crentes da igreja primitiva haviam
experimentado na própria carne a fadiga e a tensão provocadas pelo antagonismo
do Cristianismo com o Império Romano. E agora a ira do demente imperador Nero
estava prestes a explodir em Roma, a expensas da igreja.
Portanto,
o apóstolo Pedro procurou preparar a igreja na Ásia Menor para o desastre
iminente que se avizinhava nestas províncias orientais, onde a opressão se
espalharia, sem dúvida, de sua origem em Roma. Inspirado de um espírito de
pastor fiel e bispo das almas, o apóstolo Pedro envia esta carta pastoral para
confirmar seu rebanho na esperança consoladora da presença do Espírito Santo.
Uma vez que estão arraigados em Cristo, devem abster-se dos desejos da carne.
Caso se encontrem em uma sociedade hostil, seus sofrimentos por amor à justiça
serão, em realidade, uma bênção.
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