Tema: A paz e o ânimo que vem do Ressurreto!
Ler Atos 4.32,33
Autor: Rubens Schwalemberg, Cascavel, PR.
Introdução
Uma notícia na página policial desta semana me fez refletir sobre a premente necessidade da paz na sociedade! Uma avó perdia seu terceiro neto (este último era o caçula) para as drogas e a violência. Com o rapaz que recém havia saído da cadeia, estavam uma arma de brinquedo (sinal de morte) e uma Bíblia (sinal de vida). A avó testemunhou a respeito de sua firme intenção e ânimo em mudar de vida. Infelizmente, não houve mais tempo...
Nossa paz é Jesus. Por meio de Cristo temos paz com Deus, pois nele fomos reconciliados com Deus Pai. Em Cristo nós temos a paz de Deus, a paz que excede todo o entendimento. Paz com Deus tem a ver com relacionamento. A paz verdadeira é resultado da paz com Deus quando estamos unidos pela fé em Jesus Cristo. Essa paz o mundo não conhece, não pode dar nem pode tirar. Essa paz vem do céu, do Salvador e é fruto do Espírito Santo. Você conhece essa paz? Você já desfruta dessa paz? Seus pensamentos, desejos, palavras e ações refletem a paz de Deus em sua vida, família, igreja e sociedade?
1. O desânimo, o medo e a fragilidade dos discípulos...
No próprio domingo da Páscoa e no domingo seguinte, vemos a ternura de Deus que perdoa. Os seguidores de Jesus (homens e mulheres) sofrem ao verem imagens de violência, ao ouvirem palavras de ódio e ao serem testemunhas do sofrimento e morte do Senhor. Eles estão carentes de paz e reconciliação, de ternura e de perdão, de fidelidade e de confiança. Estavam ainda vivendo uma situação de total insegurança (o “anoitecer”, as “portas fechadas”, o “medo”), quando Jesus se coloca no meio deles (Jo 20.19b). Jesus assume-se como ponto de referência, fator de unidade, videira à volta da qual se enxertam os ramos. A esta comunidade fechada, com medo, mergulhada nas trevas de um mundo hostil, Jesus transmite duplamente a paz = Ler Jo 20.19 e 21: é o “shalom” hebraico, no sentido de harmonia, serenidade, tranquilidade, confiança, perdão, segurança, providência e vida plena. Jesus venceu aquilo que os assustava (a morte, a opressão, a hostilidade do mundo). No amor de Deus não há razão para se temer ou descrer: “Pare de duvidar e creia!” (Jo 20.27d).
Em seguida (v.22), Jesus “soprou” sobre os discípulos reunidos à sua volta. No Gênesis, o ser humano recebeu o sopro de vida e passou a ser alma vivente. Aqui foi o sopro do perdão e da paz que os fortaleceu na fé, no ânimo e no amor. As trevas cederam lugar Àquele que é o Verbo Eterno e que trouxe Vida e Vida Eterna ao mundo. Agora Ele desafia e convida os cristãos a fazer a coisa certa: “Andar na luz”. É o testemunho que será visto por aqueles que ainda estão desanimados, desorientados e cegos por não conhecerem o Salvador Jesus e Sua paz (1 Jo 1). Não basta saber das maravilhas da criação que louvam o Criador! É urgente conhecer o amor e a paz de Deus. É necessário saber e crer que Ele ama AS PESSOAS DESTE MUNDO em seu Filho Jesus Cristo (Sl 148.1, 7, 11-14).
2. Uma mudança significativa na vida dos seguidores do Ressurreto!
LER Atos 4.32,33 e também Atos 2.42-47
A igreja é e deve continuar sendo uma família de irmãos na fé, reunida à volta de Cristo, animada pelo Espírito Santo e que tem por missão testemunhar a salvação do Senhor. O perdão que Jesus nos dá vem oferecer uma vida nova a cada um que crê. A comunidade cristã tem de ser/ter uma proposta diferente, que mostra a todos como a paz de Jesus se refletem numa vida cristã de bondade e amor sinceros, doação e serviço voluntário, simplicidade e alegria, coragem e ânimo contagiantes.
3. E a vivência da paz, do amor e do ânimo no Ressurreto na nossa vida e congregação?
Temos que ser sinceros: nem tudo anda bem...
Na vida pessoal, familiar e comunitária podemos estar hoje vivendo o espírito da paz ou da desunião; das mágoas ou do perdão; da fofoca, brigas e disputas ou liderança (membros e pastores) focada na missão de levar Cristo para todos... Tomé representa aqueles que vivem fechados em si próprios (que estão fora) e que não estão percebendo com clareza os sinais de vida nova que recebemos de Cristo... Temos a obrigação evangélica de trazer os nossos “Tomés” (membros afastados e desanimados) de volta à pregação da palavra e à comunhão dos irmãos na fé, mas antes a mudança precisa começar em cada um de nós!
A minha congregação e família é assídua nos cultos e nos estudos bíblicos, buscando crescer no conhecimento de nosso Salvador Jesus Cristo e na doutrina bíblica pura e verdadeira? Temos discernimento e sabedoria bíblica suficientes para orientar nossos congregados e outras pessoas a respeito das “doutrinas estranhas” de falsos “apóstolos” que entram em nossos lares através da mídia, literatura e novelas?
A minha igreja é uma comunidade que se constrói à volta da Palavra de Deus, que escuta e que testemunha a palavra de Deus? O culto público dirigido pelo pastor e os estudos bíblicos dirigidos pela liderança são valorizados e contam com a nossa efetiva participação?
A celebração da Santa Ceia é para nós o momento especial do amor renovado de Deus? O “partir do pão” era acompanhada às vezes de uma refeição fraterna, de leitura bíblica e pregação, de orações e da Santa Ceia. Era um momento de alegria, em que a comunidade celebrava a sua união a Jesus e a comunhão fraterna que daí resultava. A certeza do perdão dos pecados nos liberta para que em comunhão com os irmãos na fé, estejamos mais dispostos ao testemunho cristão do amor de Cristo, do serviço, do dom da vida… O cristão não pode, portanto, viver fechado no seu egoísmo e consumismo, indiferente à luta dos outros irmãos necessitados de bens materiais e espirituais. Da comunhão com Cristo, resulta a comunhão dos cristãos entre si; e isso tem implicações práticas - a renúncia ao egoísmo, ao orgulho próprio que não nos deixa perceber o outro.
Devemos pedir ao Espírito Santo que nos fundamente a fé e o amor cristão reunidos em Cristo, pois a “fé vem pela pregação da palavra de Jesus”; que Ele nos dê a dimensão de um povo peregrino, que caminha e testemunha unida, voltada sempre para o seu Senhor e tendo Deus Pai como a sua referência; que Ele nos conceda uma abertura de coração para com o próximo necessitado através do aconselhamento, do apadrinhamento e da ajuda material como ato voluntário, reafirmando a motivação deste amor – a paz do Ressuscitado.
Da comunhão com Cristo resulta uma igreja que dá testemunho. Os gestos de amor e paz realizados pelos seguidores de Jesus revelavam em todos aqueles que os testemunhavam a inegável certeza da presença de Deus e de sua salvação. Além disso, a piedade e o amor fraterno, a alegria e a simplicidade dos crentes provocavam a admiração e a simpatia de todo o povo; esse jeito de viver fazia com que aumentasse todos os dias o número dos que aderiam à proposta de Jesus e à comunidade da paz e do ânimo renovados (At 2.47).
Conclusão
A vida cristã pessoal, da família e da igreja constrói-se à volta de Jesus e dele recebe vida, amor e paz. Sem Jesus estaremos secos e estéreis, incapazes de encontrar a vida em plenitude; sem Ele, seremos um rebanho de gente assustada, incapaz de enfrentar o mundo e de ter uma atitude construtiva e transformadora; sem Ele, estaremos divididos em permanente conflito, e não seremos uma comunidade de irmãos na fé tendo como exemplo os cristãos da igreja primitiva após a Páscoa e do Pentecostes. O livro de Atos apresenta-nos este belo projeto de vida da primeira comunidade cristã: escutar o ensino e a boa doutrina de Jesus, viver em comunhão fraterna, partir o pão, participar nas orações, ajudar os irmãos em necessidade.
A vida cristã pessoal, da família e da igreja constrói-se à volta de Jesus e dele recebe vida, amor e paz. Sem Jesus estaremos secos e estéreis, incapazes de encontrar a vida em plenitude; sem Ele, seremos um rebanho de gente assustada, incapaz de enfrentar o mundo e de ter uma atitude construtiva e transformadora; sem Ele, estaremos divididos em permanente conflito, e não seremos uma comunidade de irmãos na fé tendo como exemplo os cristãos da igreja primitiva após a Páscoa e do Pentecostes. O livro de Atos apresenta-nos este belo projeto de vida da primeira comunidade cristã: escutar o ensino e a boa doutrina de Jesus, viver em comunhão fraterna, partir o pão, participar nas orações, ajudar os irmãos em necessidade.
Em que devemos melhorar hoje?
A sua família e igreja pode contar com cada um de nós - membros e pastores?
Que sejamos como Barnabé que viveu a paz e o amor cristão, justificando o significado do seu nome – “Aquele que dá ânimo” (At 4.37). Amém
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