TEMA DA EPÍSTOLA: Esta carta exorta os
novos cristãos a não observarem mais rituais e cerimônias tradicionais, pois,
em Cristo, eles já foram cumpridos.
Não
se menciona o nome do autor. Com exceção da epístola aos Hebreus e da primeira
epístola de João, todas as demais epístolas do Novo Testamento designam seu
autor, seja pelo nome, seja pelo título. A data mais aceita para a escritura
desta epístola oscila entre os anos 68 e 70 d.C.
“Posto
que Deus tenha falado aos pais pelos profetas, agora falou por intermédio de
seu Filho”. O prólogo afirma o caráter distintivo do Filho. Ele é antes da
história, está na história, é superior à história, é a meta da história.
Compartilha a essência da Deidade e irradia a glória da Deidade. Ele é a
suprema revelação de Deus (1:1-3).
A
passagem seguinte (1:4-14) declara de forma inequívoca a preeminência de
Cristo. Ele é superior aos anjos. Estes ajudam os que serão herdeiros da
salvação. Cristo, em virtude de sua identidade, de sua nomeação divina e do
quer realizou, ergue-se por cima deles. Quão trágico é descuidar a grande
salvação que ele proclama. Ele cumprirá a promessa feita ao homem de que todas
as coisas estarão harmoniosamente sujeitas ao homem. Pode fazê-lo, porque é
verdadeiro homem e realizou a expiação pelos pecados. É superior a Moisés.
Moisés era servo entre o povo de Deus. Cristo é um Filho que está sobre o povo
de Deus. Quão trágico é deixar de confiar nele! Por causa da incredulidade, uma
geração toda de israelitas não entrou na terra de Canaã. Os crentes são
advertidos contra tal incredulidade. Acentua-se a fé como meio para se entrar
no eterno descanso de Deus.
O sacerdócio
de Cristo é também desenvolvido por comparação (4:14 - 10:18). Os requisitos,
as condições e as experiências do sacerdócio araônico se enumeram em comparação
com Cristo como sacerdote. Antes de desenvolver com maior amplitude este
assunto, o escritor adverte os leitores sobre sua falta de preparação para um
ensino mais avançado. Somente a sincera diligência nas coisas de Deus os tirará
da imaturidade. Cristo, como sacerdote, à semelhança de Melquizedeque, é
superior ao sacerdócio levítico, uma vez que sua vida é indestrutível; foi ao
mesmo tempo sacerdote e sacrifício; seu sacerdócio é eterno. Seu santuário está
no céu e seu sangue estabelece a validez do novo concerto, a aliança que é
igualmente eterna.
A
perseverança dos crentes nasce da comunhão com Deus, da atividade em favor de
Deus, da fé nele e da consciência do que o espera (10:19 - 12:29). A cruz como
altar cristão e a ressurreição do Grande Pastor são as bases para a ação
divina. Estes acontecimentos históricos e redentores estimulam o crente à ação
(13:1-25).
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