Seu nome não é
mencionado em nenhuma outra parte das Escrituras Sagradas, com a possível
exceção da linha genealógica citada em Lucas. Tudo o que dele sabemos é que
viveu em Judá, provavelmente em Elcos, localidade que não se pode indicar com
certeza, e que foi contemporâneo de Jeremias. A palavra Naum significa consolo.
De acordo com os melhores cálculos, o livro foi escrito por volta do ano de 620
a.C.
A causa imediata da
profecia foi a questão da justiça de Deus e sua fidelidade às promessas.
Assíria, grande potência militar e econômica, havia dominado os destinos das
nações limítrofes, inclusive Judá. Ao impor pesados tributos e exigir dura
escravidão, aquela potência havia transformado Judá em um estado quase vassalo.
A fim de proteger-se, Judá estabelecera alianças com outras nações,
esquecendo-se da promessa de Deus de que ele protegeria a nação bem como seu
povo.
Portanto, era fraca a
vida nacional de Judá. Sua vida espiritual enfraquecia-se cada vez mais e sua
segurança territorial corria constante perigo por causa das incursões
procedentes de Nínive. Surgiu, pois, a pergunta: "Esqueceu-se Deus de
Judá? Por que prospera esta nação perversa da Assíria enquanto nós sofremos?
São vazias as promessas de Deus?" E enquanto Judá não recebia resposta a
tais perguntas, o desânimo se apoderava do povo.
De repente, ouviu-se a
voz retumbante de Naum, que dizia: "Nínive cairá. Deus preservará seu
povo." Esta profecia parecia inacreditável para os de limitada compreensão
espiritual. O propósito da profecia era duplo: predizer a destruição de Nínive
por causa de seu pecado; e aliviar a aflição e desesperança de Judá,
assegurando-lhe que a promessa de Deus é fiel. A profecia tem um único assunto:
Nínive cairá, Judá será vindicada.
Em seu estilo
literário, o livro é um momento poético e outro profético, harmonizado
linguagem metafórica com o estilo direto da declaração profética. O primeiro
capítulo é antes de tudo um salmo, ao passo que os capítulos 2 e 3 são
proféticos.
Naum começa sua
mensagem mediante uma declaração relativa à natureza e que assume represália, o
Senhor toma vingança e é cheio de furor: “o
Senhor toma vingança contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus
inimigos" (1.2). Este tema impregna o livro. Considerando que a
Assíria pecou ao desprezar a Deus, será totalmente destruída. Judá foi desleal
por não confiar exclusivamente em Deus, estabelecendo aliança com outras
nações. A queda e destruição de Nínive deve ser uma advertência para ela.
A mensagem de Naum é
aplicável a todas as eras. Os que com arrogância resistem a Deus e não confiam
na sua provisão e cuidado sentirão inevitavelmente sua ira; por outro lado, os
que nele depositam sua fé, esses serão preservados em virtude do amor divino.
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