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domingo, 30 de outubro de 2016

REFLEXÃO

     Lucas 18.9-17. A parábola do fariseu e do publicano. – “Dois homens foram ao templo para orar”. Quantas pessoas será que foram ao templo no domingo passado? Quantos de sua congregação? – Ouçamos estas duas pessoas falarem com Deus. O fariseus, homem religioso e cumpridor da lei, “em pé, orava de si para si mesmo”. Agradece a Deus, não pelo que recebeu de Deus, mas apresenta a Deus suas obras. O publicano, um cobrador de impostos, que trabalha para a nação opressora, por isso era odiado por seus irmãos, no reconhecimento de sua indignidade, exclama: “Ó Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador” (v.13). – Após isso, Jesus diz: “Digo a vocês que este [publicano], desceu justificado para a sua casa, e não aquele, fariseu (v.14).
       O que significa ser justificado por Deus? Católicos respondem: Uma pessoa é justificada por Deus em parte pelo perdão de Cristo, que Deus lhe oferece e em parte por suas boas obras que complementam a salvação. Para isso o Papa Francisco decretou no ano passado o “Jubileu da Misericórdia” de 08/12/2015 a 20/11/2016. “Um caminho extraordinário para a salvação. Espero – diz o Papa – que a indulgência jubilar chegue a cada um como experiência genuína de misericórdia de Deus”. Para viver e obter a indulgência os fiéis são chamados a realizar uma breve peregrinação para a ”Porta Santa” aberta em cada Catedral... entre outros passos ... “esta será para eles o modo de obterem a indulgência jubilar”. E a partir dela “o compromisso de viver a misericórdia para alcançar a graça do perdão completo e exaustivo pela força do amor do Pai que não exclui ninguém”. “A indulgência jubilar poderá ser obtida também para quantos faleceram”. A Bíblia diz algo bem diferente: “Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos seus pecados, e vocês receberão o dom do Espírito Santo” (At 2.38).
       Os Pentecostais dizem: “Se queres ser justificado, ore e lute até que consigas um coração novo e sintas que o recebeste e foste aceito por Deus”. Baseiam a certeza de sua salvação no seu sentimento e não na palavra de Deus, que chamam de letra morta. Ora, o sentimento é instável. Eles têm fé em sua fé. Que triste. – Vemos que a maioria dos cristãos esperam ser justificados por Deus pela graça de Cristo e suas próprias boas obras. É comum a afirmação: Deus fez sua parte, você precisa fazer a sua.
      Justificação do pecador diante de Deus é um ato exclusivamente de Deus, por amor a Cristo. Cristo, por sua obediência à lei, seu sofrer e morrer na cruz, reconciliou toda humanidade com Deus. Pela ressurreição de Jesus, Deus Pai declarou que aceitou o sacrifício de Jesus para reconciliação da humanidade. O perdão é um ato no coração de Deus. É ele que perdoa. O mesmo nos é anunciado pela palavra de Deus. É um ato jurídico, uma declaração. O documento que nos garante o perdão é a palavra de Deus escrita, o evangelho na Bíblia. Aceitamos isto por fé. A fé em si não salva, mas o que ela agarra, a graça de Cristo, esta nos salva. Há momentos em que sentimos a alegria, jubilamos. Há moimentos em que nos sentimos miseráveis, em que nossa consciência nos acusa. Então precisamos nos apegar à Palavra do evangelho, contra as acusações de nossa consciência, quer o sinta ou não. Firmado na palavra, posso dizer a minha consciência: Deus amou o mundo. Deus me ama em Cristo. Creio na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna.
HK

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