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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

ARTIGO PARA REFLEXÃO


TEMA:Caixa 2 e o Natal

     Caixa 2 é roubo, falcatrua, desonestidade. Caixa 2 é povo traído, abandonado, desolado. É presente que ninguém quer no Natal, mas que aparece bem debaixo do pinheirinho. Caixa 2 é uma grande desgraça, mas que tem solução.
     Caixa 2 é irmão da mentira. E a mentira é filha do Diabo. O Diabo sempre fez caixa 2, um fato gravado naquela conversinha safada na sombra da árvore: “É verdade que Deus mandou que vocês não fizessem isto? Não acreditem, nada vai acontecer de ruim. Vocês conseguirão tudo o que quiserem se me obedecerem”. E deu no que deu. Foi o início dos desvios e nunca mais as coisas seguiram de um só jeito, sempre com jeitinhos.
     E logo vieram as delações. “A mulher que tu me deste, ó Deus, ela é culpada”, disse o homem. Depois foi a mulher: “A serpente me enganou”. Engraçado, os culpados sempre são os outros. Mas o Criador não entrou na conversa, e imediatamente pensou no Natal, o descendente da mulher que esmagaria a cabeça da serpente para acabar, de vez, com o caixa 2.
     O tempo se cumpriu, e apareceu o veredicto: “Todos pecaram e estão afastados da presença gloriosa de Deus. Mas, pela sua graça e sem exigir nada, Deus aceita todos por meio de Cristo Jesus, que os salva” (Romanos 3.23,24). Como assim, sem exigir nada? Sim, é presente, presente do Natal.
     Mas, agora vem o caixa 2 bem ao lado da manjedoura. Os desvios, as propinas, os outros presentes. Ou seja, a mesma conversa de sempre do “tem um outro jeito”. Com a diferença da infinidade de caixas, de pacotes, de presentes. Que, na verdade, nunca são presentes. São dívidas. Porque logo depois vem a cobrança. Igual no toma-lá-dá-cá das negociatas desonestas.
      Mas é Natal, a data, a oportunidade. Um registro no calendário que a voz do deserto insiste e persiste: “Escutem! Este é o tempo em que Deus mostra a sua bondade. Hoje é o dia de ser salvo” (2 Coríntios 6.2).
     É tempo de livrar-se dos presentes que não são presentes, das comidas que não são comidas, das alegrias que não são alegrias. Porque ainda é Advento, a chance de mudar, de sair e chegar, e se perder e ser encontrado. Natal é caixa 1.
Marcos Schmidt
marcos.ielb@gmail.com
Pastor da Igreja Evangélica Luterana do Brasil

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