TEMA DO LIVRO: Depois de uma praga de gafanhotos, Joel admoesta o povo para que se arrependa.
O nome “Joel” significa o Senhor é Deus, e era nome comum, de origem hebraica, no tempo do Antigo Testamento. As numerosas referências que Joel faz acerca de Jerusalém parecem indicar que ele residia nessa cidade. Não podemos determinar a data da praga dos gafanhotos, a qual constitui o pano de fundo histórico deste livro.
Uma praga de gafanhotos havia devastado a terra de Judá. Enquanto Joel, filho de Petuel, meditava nesta calamidade, veio-lhe a Palavra do Senhor. Transformou-se em um grande profeta que proclamava a seu povo as divinas implicações desta catástrofe. O livro, que traz o seu nome, registra o sermão de Joel nesta ocasião.
O profeta descreve a praga comparando-a a um exército humano que, em seu avanço, deixa atrás de si terra assolada. Joel sabe que no ataque desta praga Deus estava operando. Sim, é o exército do Senhor, e o dia da invasão é o Dia do Senhor - o dia do juízo de Deus contra um povo pecaminoso. O profeta insta o povo a que se converta, e ao mesmo tempo expressa a esperança de que Deus se arrependa e se abstenha de castigar.
Não há dúvida de que o ministério de Joel teve maior êxito do que o de muitos dos outros profetas, visto como o perdão de Deus indica que o povo se arrependeu de coração. "E aquele que é do norte (isto é, os gafanhotos) farei partir para longe de vós... E restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto" (2.20, 25) são promessas que o profeta faz em nome de Deus.
Todavia, o sermão de Joel ainda não havia terminado. Havia pela frente juízos ainda mais terríveis para o mundo que não reconhecia a sabedoria de Deus nem tampouco aceitava os padrões comuns de ética dos gentios. Deus, misericordiosamente, enviará seu Espírito sobre toda a carne, porém as nações pagãs serão julgadas e castigadas. O povo de Deus será libertado desta ira. Então, Judá e Jerusalém gozarão de maravilhosa prosperidade e serão abençoadas eternamente com a presença divina.
Mediante estas palavras, Joel expressa a esperança humana e a promessa divina de que Deus é soberano neste mundo, e fará que sua vontade se cumpra na terra como no céu. Os reinos deste mundo "vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre" (Apocalipse 11:15).
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